Baixista dos Rolling Stones relembra choque com os abusos químicos de Keith Moon
Por André Garcia
Postado em 21 de junho de 2024
Bill Wyman, por ter sido o baixista original dos Rolling Stones, conviveu intimamente por décadas com Keith Richards — que teria sido na época um atleta olímpico se o consumo de drogas fosse um esporte.
Na nos 70, especialmente, o abuso químico (especialmente álcool e heroína) do guitarrista saíram totalmente de controle. Na época rolou até um bolão de qual seria o próximo rockstar a aparecer morto por overdose: e ele ficou em primeiro lugar (seguido por Lou Reed).
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Mesmo assistindo de camarote o tanto de substâncias que Richards ingeria, Wyman ficava pasmo com o que Keith Moon usava rotineiramente:
"Eu costumava passar muito tempo na casa de Moonie [Keith Moon].", relembrou ele, conforme publicado pela Classic Rock. "Ele era um cara maravilhoso, mas, meu Deus, como ele passava dos limites. O médico ia [na casa dele] e levava um montão de remédios — três dias depois, Keith já tinha tomado tudo. Tinha Valium, pílulas para dormir, pílulas para acordar, estimulantes… e ele tomava o tempo todo. De manhã ele tomava champanhe… e com conhaque! Eu ficava vendo aquilo pasmo."
Keith Moon foi lendário pela forma como tocava bateria e também por seus excessos fora do palco. Além de seu consumo sobre-humano de drogas, ele ainda era conhecido por fazer pegadinhas com todos a seu redor.
Conforme publicado pela Classic Rock, em entrevista para a Rolling Stone em 1972 ele próprio relembrou uma das peças que pregou na assessoria do The Who:
"[Eu contei para eles que] estava atravessando a Oxford Street e um ônibus da linha oito de Shepherd's Bush me acertou em cheio e me fez girar pelo Oxford Circus. Aí eles disseram que iriam cancelar a entrevista, mas eu disse que não, pedi que tivessem a gentileza de me carregar por quatro lances de escadas até a rua. E eles me carregaram pelas escadas mesmo!"
"Enquanto estávamos atravessando [a rua], e um maldito caminhão apareceu e freou bruscamente na minha frente. Eu disse 'Espera aí, amigo, não posso ir rápido com essas pernas!' [Um dos assessores] brigou com o motorista do caminhão: 'Desalmado! Não vê que esse homem está ferido? Será que você não tem coração? Você não tem alma, seu desgraçado! Onde já se viu querer atropelar um aleijado!' Nós chegamos na entrevista e, no meio dela, depois de quatro doses de conhaque, eu simplesmente arranquei todo o gesso, pulei na cadeira e comecei a dançar [risos]!"
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