John Paul Jones sobre o relacionamento do Led Zeppelin: "Não éramos amigos"
Por André Garcia
Postado em 07 de junho de 2024
Quando o rock surgiu, na segunda metade dos anos 50, era sempre um cantor em destaque e o restante no fundo do palco como uma mera banda de apoio. Esse paradigma foi alterado no começo da década seguinte quando surgiram os Beatles.
Desde então se tornou hegemônica a ideia de banda como uma gangue de amigos que se trabalha e se diverte junta, movida pelo espírito do "um por todos e todos por um". A realidade é que são poucos os casos que são realmente assim, como o Rush e os Paralamas do Sucesso. Na maioria dos casos é mais comum que com o passar do tempo a relação entre os integrantes se torne meramente profissional (isso quando não vira uma relação de ódio). Até com John Lennon e Paul McCartney foi assim.
Mick Jagger e Keith Richards possuem uma relação meramente profissional há décadas — e o mesmo vale para a Gene Simmons e Paul Stanley, Steven Tyler e Joe Perry, Roger Waters e David Gilmour, Roger Daltrey e Pete Townshend e tantos outros.
Conforme publicado pela Far Out Magazine, em entrevista de 2007 para a publicação britânica Q, John Paul Jones revelou que os membros do Led Zeppelin também não eram amigos uns dos outros.
"A gente se dava bem, a questão é que nunca saíamos juntos. Assim que a turnê acabava, a gente não se via mais — o que sempre considerei ter contribuído para a longevidade e a harmonia da banda. Não éramos amigos, nem éramos uma banda que se desenvolveu junta e depois fez sucesso."
"O Led Zeppelin pode não ter sido fabricado [por um empresário ou gravadora], mas foi montado por Jimmy [Page]. Por mais que eu o encontrasse no estúdio todo dia, nunca socializamos. A regra dos músicos de estúdio na época era não contratar seus amigos."
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