O primeiro álbum em que o Rush "acertou em cheio", segundo o exigente Neil Peart
Por André Garcia
Postado em 17 de junho de 2024
Para a maior parte dos fãs do Rush, o crème de la crème de sua discografia foi a sequência de álbuns que marcou sua fase progressiva — de "Caress of Steel" (1975) a "Hemispheres" (1978). E não é para menos, já que pega clássicos como "2112", "Xanadu", "Closer to the Heart" e "La Villa Strangiato".
A fase mais bem-sucedida do trio — em termos comerciais e radiofônicos, pelo menos — foi a que veio logo após eles deixarem o rock progressivo para trás: "Permanent Waves", "Moving Pictures" e "Exit Stage Left" (lançados todos entre 1980 e 81).
Segundo o exigente e saudoso Neil Peart já disse em entrevista, foi com "Moving Pictures" que o Rush pela primeira vez "acertou em cheio" encontrando o equilíbrio perfeito entre seu virtuosismo e melodias simples o bastante para caírem no gosto da massa.
"Quando o punk e a new wave surgiram, éramos jovens o suficiente para incorporar aquilo aos poucos em nossa música em vez de ser reacionário — como os músicos que diziam 'Vou ter que desaprender a tocar, agora?' Éramos fãs [de bandas new wave como The Police] o bastante para dizer 'A gente quer fazer isso também'."
"E com 'Moving Pictures' nós acertamos em cheio: aprendemos a ser complexos e ao mesmo tempo a compactar um arranjo grandioso em um formato conciso."
Em certa entrevista para promover sua autobiografia Geddy Lee disse que "se você for apresentar alguém ao Rush, provavelmente 'Moving Pictures' seria a porta de entrada mais fácil". Antes disso, no entanto, ele hesitou.
"Sabe, o Rush é tão um gosto adquirido [com o passar do tempo], e tem coisas na nossa banda que são meio… grosseiras, é preciso se acostumar. Tem gente que não curte muito a minha voz, por exemplo, como menciono no livro."
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