Tony Iommi relembra a época "frustrante" da trajetória do Black Sabbath
Por Mateus Ribeiro
Postado em 25 de julho de 2024
A lendária banda inglesa de Heavy Metal Black Sabbath surgiu no final dos anos 1960 e lançou discos que mudaram a história da música pesada, como o debut autointitulado, "Paranoid", "Master Of Reality", "Sabotage" e "Sabbath Bloody Sabbath". Em sua primeira década de existência, o grupo liderado pelo guitarrista Tony Iommi se consolidou como um titã do Metal, status que se manteve intacto quando o vocalista Ozzy Osbourne foi substituído pelo fenomenal Ronnie James Dio.
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Se o início da trajetória do Black Sabbath foi promissor, o mesmo não pode ser dito a respeito do que aconteceu com a banda a partir do início dos anos 1980. Dio saiu da banda e foi substituído (de maneira inusitada) por Ian Gillan, o icônico vocalista do Deep Purple. Gillan gravou apenas um disco com o Sabbath ("Born Again", de 1983), e foi substituído por Glenn Hughes, curiosamente, outro músico com passagem pelo Deep Purple.
Hughes saiu do Sabbath em março de 1986, durante a tour de divulgação de "Seventh Star". Para o lugar de Hughes, foi recrutado o talentoso Ray Gillen. Pronto, os problemas da banda se resolveram e o "troca-troca" de vocalistas acabou, certo? Não.
Ray Gillen deu linha na pipa durante as gravações do álbum "The Eternal Idol". Sendo assim, Tony Iommi recorreu a um então desconhecido cantor chamado Tony Martin, uma indicação de Albert Chapman, que por sua vez, havia trabalhado com o Black Sabbath nos gloriosos anos 1970.
"Albert Chapman era meu melhor amigo, estudamos juntos e ele era empresário da The Alliance [banda que contava com Tony Martin]. Chegamos a um ponto com Ray Gillen em que havia um problema, e Albert me lembrou de Tony. Ele era ótimo. O cara realmente cantava e, uma vez a bordo, as coisas cresceram a partir daí", relembrou Tony Iommi, durante entrevista concedida à Classic Rock.
Tony Martin gravou "The Eternal Idol", disco interessante que foi lançado em novembro de 1987. Aparentemente, o Black Sabbath tinha um vocalista fixo, porém, as trocas de integrantes não paravam. O baixista Bob Daisley e o baterista Eric Singer saíram da banda e foram substituídos por Laurence Cottle e Cozy Powell.
Com um bom vocalista e um renomado baterista em seu time, Tony Iommi gravou "Headless Cross", lançado em 1989. Após as gravações do álbum, Laurence saiu e cedeu lugar a Neil Murray (ex-Whitesnake). Martin, Iommi, Murray, Powell e Geoff Nichols (teclado) gravaram "Tyr", disco que chegou às lojas em 1990.
Bem, deu para perceber que a segunda metade da década de 1980 foi um período movimentado na trajetória do Black Sabbath, e que se arrastou por alguns anos. Além de movimentada, essa época foi frustrante, ao menos na opinião do guitarrista que criou o conjunto.
"Eu realmente amo as coisas que fizemos naquela época com Tony Martin e Cozy [Powell], mas foi uma época frustrante. As pessoas tiveram que realmente tentar aceitar o que estávamos fazendo. E embora fosse uma ótima banda e tivéssemos músicas muito boas, esses álbuns não pegaram muito. Como o homem que dirigia [a banda], achei isso difícil", contou Iommi à Classic Rock.
Apesar do período frustrante, Iommi não pensou em desistir. "Como eu disse, sempre houve coisas terríveis para enfrentar, a vida é assim. É a ideia de manter as coisas funcionando e chegar ao próximo nível que o impulsiona. Você desiste ou luta contra isso, e eu não desistiria. Isso faz parte do meu caráter, de um jeito ou de outro eu sempre quero continuar", pontuou o guitarrista.
Entre altos e baixos, pausas e recomeços, o Black Sabbath continuou com sua trajetória, que aparentemente, foi encerrada de forma definitiva no dia 4 de fevereiro de 2017, quando o grupo realizou um show em Birmingham (Inglaterra), onde tudo começou.
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