O verdadeiro motivo da separação dos Beatles de acordo com John Lennon
Por André Garcia
Postado em 10 de julho de 2024
Os Beatles formaram um núcleo coeso até meados dos anos 60. A partir de 1965, eles foram se cansando do caos que cercava a banda e foram descobrindo interesses pessoais que não envolviam os demais. Dessa necessidade de respirar novos ares que eles começaram a sentir que a grama parecia mais verde do lado de fora.
O crescimento de John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr em direções diferentes foi o responsável pela assombrosa riqueza musical atingida por eles de "Rubber Soul" (1965) a "Magical Mystery Tour" (1967).
Mesmo musicalmente cada mais divergentes, eles ainda estavam de certa forma unidos sob a liderança de seu visionário empresário Brian Epstein, só que com a morte dele em 1967, o Fab Four ficou à deriva. Daquele vácuo de liderança surgiu uma disputa entre Lennon e McCartney e, para piorar, eles ainda meteram os pés pelas mãos também nos negócios ao fundarem a catastrófica Apple.
No ano seguinte, com o "White Album" a coisa ficou tão escancarada que mais parecia um compilado de faixas solo dos quatro reunidas com o nome da banda na capa. Em entrevista para a Rolling Stone, conforme publicado pela Far Out Magazine, o próprio John Lennon atribuiu à morte de Epstein a separação da banda.
"Depois que Brian morreu, entramos em colapso. Paul assumiu o controle e supostamente nos liderou, mas que liderança é essa se andamos em círculos? Foi aí que nos separamos, esse foi o motivo da desintegração. Eu estava tão envolvido com a minha própria dor que nem estava percebendo o que acontecia, na verdade. Eu só fazia aquilo como se fosse um emprego. Os Beatles se separaram depois que Brian morreu".
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