O curioso motivo que fez Tony Iommi esconder o rosto em foto de álbum do Black Sabbath
Por Bruce William
Postado em 14 de novembro de 2024
Apesar da capa de seu disco de estreia ser uma das mais marcantes da história do Rock, o Black Sabbath nunca foi uma banda que deu muita atenção a elas, inclusive poucas foram as que realmente estavam inseridas dentro do contexto do álbum que ela emoldurava. Tanto que o próprio Tony Iommi considera que "não faz nenhum sentido" a capa do segundo trabalho, "Paranoid", o que aconteceu pois o título original do disco seria outro: "A capa do álbum 'Paranoid' não tem nada a ver com a música 'Paranoid'. O disco se chamaria 'War Pigs', então, tínhamos um cara com escudo e espada, o que remotamente fazia sentido - mais do que 'Paranoid'."
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Mas há capas ainda piores, como a do "Sabotage", sexto álbum da banda, lançado em 1975 e que mostra os quatro integrantes do Sabbath em trajes extravagantes: "Um cara que trabalhava conosco era artista e teve uma ótima ideia: nós quatro refletidos em um espelho. Mas quando chegou o dia [de tirar a foto], alguém disse a Bill: 'O que você vai vestir?'. Ele vestiu este par de meias vermelhas de sua esposa. E acho que ele também pode ter pegado emprestada a cueca do Ozzy. Parecia ridículo. Definitivamente não saiu como queríamos", disse Iommi.
Houve até o caso de uma capa que foi oferecida para o Black Sabbath mas a banda rejeitou, e a imagem posteriormente foi usada em um álbum de outra banda: "Esse álbum foi desenhado pelo famoso pessoal da Hipgnosis, especialistas em capas de álbuns. No entanto, a primeira escolha deles foi rejeitada pela banda, e acabamos com a capa que conhecemos hoje. No entanto, essa arte da capa acabou sendo usada no álbum do Rainbow, 'Difficult to Cure,' cerca de dois anos e meio depois."
A incrível capa do "Sabbath, Bloody Sabbath" do Black Sabbath
Já no campo das capas que são consideras boas, uma das mais bem sucedidas da primeira fase do Black Sabbath é a do "Sabbath Bloody Sabbath", clássico quinto álbum de estúdio, lançado em dezembro de 1973 com uma sonoridade um pouco mais experimental, mesclando toques até de Rock Progressivo com o som pesado típico da banda.
Com petardos como a faixa título, "Sabbra Cadabra", "A National Acrobat" e "Killing Yourself to Live", o disco também se destaca pela chocante imagem da capa, concebida por Drew Struzan: "Drew foi um artista que dominou Hollywood nos anos 80 fazendo os cartazes de 'Blade Runner', 'De Volta para o Futuro', 'Rambo' e mais um sem-número de clássicos - a representação do homem tendo pesadelos com alegorias satânicas, emoldurada pela representação do número da besta junto ao crânio e os braços estendidos no topo do leito".
E como nota a Far Out, a foto da parte interna da capa dupla original (que não saiu nas edições em vinil no Brasil, já que ele foi lançado com capa simples no país), traz uma imagem translúcida que mostra os quatro integrantes, o guitarrista Tony Iommi, o vocalista Ozzy Osbourne, o baixista Geezer Butler e o baterista Bill Ward, em pé no que parece ser um quarto mobiliado.
Então, ao ser perguntado sobre o motivo que o levou a esconder o rosto sob os braços, Iommi deu uma curiosa explicação: acontece que, naquele instante, ele estava sem o famoso bigode, pois quando foi se barbear acabou cortando demais por acidente e decidiu que seria melhor raspar tudo e tentar esconder o erro na sessão de fotos. "Cortei muito de um lado. Tentei ajustar, e no fim pensei: 'Ah, foda-se!' e raspei tudo. Todos sentimos que ficou estranho, e não fiz isso de novo."
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