O dia que o Pink Floyd quase quebrou o nariz de um crítico por ter falado mal deles
Por André Garcia
Postado em 10 de janeiro de 2025
Quando o Pink Floyd lançou o "Meddle" (1971) os críticos exaltaram: a Rolling Stone aplaudiu como "o surgimento de David Gilmour como força que molda a banda"; a Sounds exaltou a épica faixa "Echoes" como uma das "mais completas canções já feitas pelo Pink Floyd".
Já Michael Watts, fã de longa data da banda e editor da Melody Maker não gostou do que ouviu e escreveu uma crítica destoante. Ele descreveu "Meddle" como "lamacento" e detonou seus vocais como "fraco" e instrumentais como sendo "certamente antiquados".
Segundo o livro Nos Bastidores do Pink Floyd, de Mark Blake, como "agradecimento" pela crítica a banda quase quebrou o nariz dele. Mas não foi indo até a Melody Maker para ameaçar dar porrada nele — isso seria muito banal para o Pink Floyd. A vingança de Roger Waters e companhia tinha que ser algo mais… sofisticado.
Segundo o livro, no mês seguinte à publicação da crítica Michael recebeu na redação da Melody Maker um pacote que, por ser dezembro, ele julgou ser um presente de Natal. Quando ele abriu, viu uma caixa de madeira pintada com tinta vermelha brilhante e fechada com um trinco. Intrigado, ele abriu o fecho e, para sua surpresa, saltou lá de dentro uma luva de boxe presa a uma mola — no melhor estilo desenho animado — que por pouco não o acertou bem no meio da cara.
Cortesia do Pink Floyd.
Ser crítico musical nos anos 70 era uma profissão de risco, e exigia equipamentos de segurança como proteção facial. Hoje os tempos são outros, e críticos precisam lidar apenas com haters pelas redes sociais reclamando do que ele disse que era bom e fãs reclamando do que ele disse que era ruim.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps