Pink Floyd: Um diamante nas seis cordas
Por Ricardo Bellucci
Postado em 01 de fevereiro de 2025
Syd Barret foi sem dúvidas um gênio do rock psicodélico, vítima do consumo excessivo de drogas. Qual teria sido seu legado? Pergunta difícil, sem sombra de dúvida. Como teria sido o rumo do Pink Floyd se ele tivesse permanecido na banda? Outra excelente pergunta. No entanto, no mundo real não há espaços para o "se".
Sua saída, por motivos já conhecidos, abriu espaço para outro tipo de gênio, um gênio mais técnico, delicado no toque das seis cordas, um músico que não procurava se tornar "o maior" guitarrista de todos os tempos, ou o mais "rápido" de todos os tempos. Não. Seu toque sereno e suave das cordas revela uma introspecção profunda. Uma preocupação com cada nota. Uma construção lenta, serena, que ganha forma na melodia elaborada. Um gênio do drama musical, do drama que emociona, profundamente o ouvinte. Esse é seu dom, emocionar.
Ele deu uma nova sonoridade e um novo ritmo ao Pink Floyd. Um rumo mais progressivo técnico do que psicodélico, se é que você me entende. Compare Shine On You Crazy Diamond, do álbum Wish You Were Here com a faixa Marooned, do álbum The Division Bell. Ok. São álbuns diferentes, em contextos diferentes, são. No entanto mergulhe atentamente na sonoridade, na essência de cada uma delas. Além de tecnicamente perfeitas (minha opinião, ok), qual a "semelhança" essencial. O Drama, a capacidade de tocar a alma lá no fundo. São músicas que ecoam nas profundezas da alma. E isso é único, como uma é uma assinatura pessoal ou uma digital. Isso é a essência da sonoridade de Gilmour. Nada de complexidades ou rapidez extrema. Somente uma técnica refinada, e muita, muita sensibilidade desse gênio das seis cordas.
Agora é a sua vez, convido você a essa jornada sonora e melódica, convido a mergulhar na sonoridade desse genial guitarrista, David Gilmour.
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