Quando Humberto Gessinger seguiu os passos de Cazuza e Renato Russo na crítica social
Por Gustavo Maiato
Postado em 06 de março de 2025
O álbum "A Revolta dos Dândis", dos Engenheiros do Hawaii, sempre foi lembrado por suas letras afiadas e pelo tom de contestação presente em suas músicas. Durante uma live no canal Pitadas do Sal, a obra foi analisada em profundidade, e especialistas destacaram como Humberto Gessinger demonstrava uma visão política tão afiada quanto a de ícones como Renato Russo e Cazuza.
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Para Julliany Mucury, autora do livro "Renato, o Russo", a faixa "A Revolta dos Dândis Parte 2" é um exemplo claro da crítica sutil e ousada que o vocalista dos Engenheiros trazia em suas composições. "Esse disco é uma reverberação da política daquele tempo, por isso é importante analisar o disco como um resgate histórico. É a mesma coisa que o Cazuza e o Renato Russo trouxeram com suas obras", destacou.
Segundo ela, a música expõe a polarização política como uma farsa e questiona o jogo de interesses dos três poderes: "Ele diz que nossos sonhos são os mesmos há muito tempo, mas não há muito mais tempo para sonhar. Todos estão juntos nessa inquietação. Essa descoberta do sujeito sobre a verdade. Até que ponto ficamos nos polarizando por eles e todos ficam bebendo drinks juntos?".

Sal, do canal Pitadas do Sal, também refletiu sobre como as letras dos Engenheiros traduziam um olhar crítico e profundo sobre a sociedade. "Hoje, nós falamos da polarização, mas sou reticente. Tem coisas de um lado que não acontecem do outro. Não vejo como polarização, mas, avaliando essas letras, acho cada vez mais difícil retomar uma conversa mais profunda sobre essas questões fundamentais que eram narradas na música sem nos perdermos nessas divisões. Hoje está meio fla x flu."
Confira a live completa abaixo.

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