O rockstar que chamou David Bowie de patético, e ainda proibiu parceiro de gravar com ele
Por Bruce William
Postado em 25 de junho de 2025
Ritchie Blackmore nunca teve fama de ser um cara fácil de lidar. Ainda nos tempos de Deep Purple, enquanto lotava arenas com solos pesados, também colecionava desafetos. Se para alguns músicos o normal é envelhecer e começar a implicar com tudo que é novo, no caso de Blackmore esse ranço sempre fez parte do pacote. E poucos nomes foram alvo de tanta birra dele quanto David Bowie.
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Apesar de reconhecer méritos em artistas como Jimi Hendrix e Led Zeppelin, o guitarrista parecia perder a paciência só de ouvir falar em glitter rock e figurino espalhafatoso. Em entrevistas resgatadas pela Far Out, ele não economizou no desprezo e citou um caso específico: "Parece que tudo na música hoje é falso. Esse negócio de glitter, eu não suporto. David Bowie é patético. Simplesmente patético. Serve pra quem é ingênuo e perdido, eu imagino, mas pra mim é tudo muito falso."
A implicância era tamanha que chegou a respingar dentro do Deep Purple. Glenn Hughes, que assumiu o baixo na fase "Mark III", contou que foi convidado para gravar vocais em "Young Americans", mas Blackmore vetou. "Ele era totalmente contra. Achava que faria mal pra imagem do Purple. Fiquei bem irritado com isso", revelou Hughes anos depois à Classic Rock.

Na prática, o veto pouco resolveu: o Deep Purple se afundava em brigas internas e acabaria separando a formação em 1976, voltando só em 1984. E se Blackmore não morria de amores por Bowie, a recíproca parecia parecida: segundo Hughes, quando o guitarrista abandonou o Purple, a sugestão de Bowie foi clara — arrumem outro guitarrista que soe o menos parecido possível com ele. Ou seja, antipatia de mão dupla, do jeito que o rock gosta de lembrar.

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