Greg Mackintosh abre o jogo sobre demissão de ex-baterista do Paradise Lost; "Foi um pesadelo"
Por Mateus Ribeiro
Postado em 17 de setembro de 2025
A banda inglesa Paradise Lost mantém 80% de sua formação original intacta desde o final da década de 1980. Ao longo de sua história, as únicas alterações na estrutura do quinteto ocorreram no cargo de baterista. A mudança mais recente foi a demissão de Guido Zima, anunciada em maio deste ano.
Guido se juntou ao Paradise Lost no final de 2022 e passou pouco mais de dois anos como integrante. Em uma entrevista ao portal Blabbermouth, o guitarrista e cofundador Greg Mackintosh esclareceu por que o ciclo foi encerrado de forma prematura.
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Greg afirmou que Guido entrou em conflito com diferentes pessoas ligadas ao grupo, o que inclusive resultou em um desligamento. O guitarrista ainda tentou defender o colega.
"Eu fui o último defensor do Guido. Ele entrou em conflito com muitas pessoas na turnê. Tudo começou há bastante tempo, com nosso técnico de bateria, que saiu por causa do Guido. Ele foi para o Opeth. Na época, achei que poderia ter sido um conflito de personalidades. Não dá para atribuir isso a nada parecido. Depois, isso aconteceu dentro da banda também, muitos conflitos. Sabe, quando eu estava passando por momentos difíceis, essa era a última coisa com que eu precisava lidar, toda essa política da banda que era desnecessariamente estressante. Não precisava ser assim. Fui eu quem disse: 'Vamos lá, dêem uma chance a ele'."

Na sequência, Greg relatou que a situação continuou a piorar. O baterista seguiu criando problemas durante as gravações do novo disco do Paradise Lost. A situação ficou insustentável e a única solução foi romper os laços profissionais.
"Gravamos o álbum, e foi um pesadelo. Em todos os álbuns que fizemos recentemente, levava três dias para gravar a bateria. Ele levou duas semanas. Então, eu e ele entramos em conflito (...).
Houve até uma discussão que eu ouvi, entre o engenheiro [de som], Lawrence [Mackrory], e Guido, e ele disse para Guido: 'Você sabe que o Greg já fez isso muitas vezes. Você está falando como se ele tivesse acabado de começar'. Saí do estúdio e falei: 'Não consigo mais gravar com ele'. Eu disse a ele, sem rodeios: 'Olha, essa é a última vez que fazemos qualquer gravação. Ao vivo? Não sei. Vamos ver como fica'. Fizemos as datas na América do Sul e nos Estados Unidos, e foi a mesma coisa."

Apesar das dificuldades, Greg considera seu ex-parceiro de banda uma pessoa legal. Para o guitarrista, o problema foi a incompatibilidade.
"Quando você tira tudo isso, ele é um cara legal. Ele é talentoso. Acho que era uma peça quadrada tentando se encaixar em um buraco redondo. Às vezes, não dá para fazer as coisas funcionarem, por mais que você se esforce (...). O que era para ser algo temporário acabou virando alguns anos. Eu deveria ter percebido antes que não estava dando certo.
Passamos muito tempo juntos. Viajar pode ser brutal às vezes, e quando você está cansado e com fome, a última coisa de que precisa são discussões inúteis que viram problemas desnecessários."

Jeff Singer, que fez parte do Paradise Lost de 2007 até 2008, foi recrutado como novo baterista e já fez algumas apresentações. Ele e seus parceiros de banda voltarão à estrada em outubro, quando começam a turnê de divulgação do álbum "Ascension", cujo lançamento está programado para o dia 19 de setembro.

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