Axl Rose defende álbum injustiçado do Black Sabbath; "Você não pode ouvir o que a mídia diz"
Por Bruce William
Postado em 27 de julho de 2025
Causou surpresa a escolha de repertório feita pelo Guns N' Roses durante sua participação no Back to the Beginning, em Birmingham, pois dentre as músicas que a banda tocou estavam duas do álbum "Never Say Die" de 1978: a faixa-título e "Junior's Eyes". Além delas, a banda tocou ainda "It's Alright" do álbum anterior ("Technical Ecstasy", 1976) e "Sabbath Bloody Sabbath", do álbum homônimo de 1973.
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Outro fato curioso sobre o evento de despedida do Sabbath foi o encontro entre Axl Rose e Ozzy Osbourne nos bastidores, já que os dois rockstars até então nunca haviam se encontrado pessoalmente.
"Never Say Die!" encerrou a primeira fase da banda com Ozzy nos vocais. Produzido em meio a brigas internas e problemas com drogas, ele foi recebido de forma fria pela crítica, que não viu com bons olhos as experimentações e o afastamento parcial do som pesado dos anos anteriores. Apesar disso, faixas como "Johnny Blade" e a própria "Never Say Die" resistiram ao tempo e acabaram sendo redescobertas por novas gerações.

O Guns N' Roses acabou incluindo a música no setlist de sua atual turnê. E em um dos shows, realizado em Viena, Axl fez questão de relembrar a importância do disco para ele e para Slash nos primeiros anos da formação musical de ambos. "Slash e eu começamos a ouvir esse disco do Black Sabbath", disse em um vídeo amador feito por um fã, com transcrição da Alternative Nation. "Foi um daqueles álbuns que a mídia dizia que não era bom."
Em seguida, o vocalista aproveitou para fazer uma defesa do disco e da importância de se formar a própria opinião, sem seguir cegamente os críticos. "Você não pode ouvir o que a mídia diz, tem que fazer sua própria escolha." Ele ainda descreveu "Never Say Die" como uma canção sobre "não desistir da porra toda".

Se o disco era, de fato, subestimado por parte do público, o apoio inesperado de Axl Rose ajudou a reacender o debate sobre seus méritos, algo que talvez nem o próprio Black Sabbath esperasse ver em pleno 2025.
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