O membro fundador do Kiss que os sabotavam na cara dura, segundo Regis Tadeu
Por Gustavo Maiato
Postado em 18 de agosto de 2025
Durante uma live em seu canal no YouTube, o crítico musical Regis Tadeu relembrou histórias nada honrosas de Peter Criss, baterista original do Kiss. Segundo ele, o músico chegou a sabotar os próprios companheiros de banda em plena apresentação, em uma atitude que, apesar de insólita, teria sido confirmada por quem estava nos bastidores. O conteúdo foi resgatado pelo canal CortesCrimson.
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"É uma história sensacional, confirmada por todos os envolvidos", disse Regis. Ele explicou que Criss, insatisfeito e irritado com os rumos da banda, simplesmente fazia o contrário do que os colegas pediam no palco. "Gene Simmons dizia: ‘Mais rápido’, e ele tocava mais lento. Aí, em outro show, Paul Stanley pedia: ‘Mais lento’, e ele tocava mais rápido". A sabotagem explícita, segundo Regis, escancarava o desgaste da convivência entre os quatro integrantes originais.
Sérgio Martins, jornalista que também participava da conversa, acrescentou que Peter acreditava que jamais seria demitido por ser um dos fundadores da banda. "Ele falava: ‘Eles nunca vão me mandar embora. Eu sou da formação original, eu sou o Catman’. Até a hora que os caras se encheram e falaram: ‘Meu amigo, vamos arrumar outro, não dá mais’".

Kiss e Peter Criss
Apesar de alegar posteriormente que saiu do Kiss por vontade própria, Regis Tadeu destacou que isso não corresponde à realidade. "Mentira, mentira", disparou o crítico. Na verdade, Criss foi dispensado em 1980, depois de anos de tensões internas e problemas de comportamento. Curiosamente, ao deixar a banda, o baterista se gabou dizendo que faria uma carreira solo de sucesso: "Eu vou vender o triplo de discos que o Kiss".
A trajetória de Peter Criss com o grupo começou bem antes do estrelato. Em 1972, Gene Simmons encontrou um anúncio na Rolling Stone com os dizeres: "Baterista, 11 anos de experiência, disposto a fazer qualquer coisa". Era Peter. Em depoimento à biografia oficial Kiss: Por Trás da Máscara, Criss contou que foi contratado mais pela aparência e atitude do que pela técnica. Gene teria dito já no primeiro ensaio: "Você tem aparência. Você é um astro". O trecho foi resgatado pela Sleaze Roxx.

O auge veio com álbuns como "Destroyer" (1976), mas a relação entre os membros rapidamente se deteriorou. Segundo Gene Simmons, até Ace Frehley — parceiro de Peter na ala mais rebelde da banda — votou pela saída do baterista. "Nós três — eu, Paul e Ace — votamos pela demissão de Peter", declarou o baixista em entrevista à revista Rock Candy.
Mesmo com a saída conturbada, Peter Criss permanece como uma figura essencial na história do Kiss. Afinal, foi sua bateria em músicas como Strutter e Detroit Rock City que ajudou a pavimentar o caminho da banda rumo ao estrelato mundial.

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