Kiss: O baterista Peter Criss conta como foi que ele entrou para a banda
Por André Garcia
Postado em 19 de março de 2022
No livro Kiss por trás da máscara - a biografia oficial autorizada, de David Leaf e Ken Sharp, Peter Criss conta como foi a sua entrada para a banda.
Em 1972, antes da formação do Kiss, o guitarrista Paul Stanley e o baixista Gene Simmons tocavam numa banda chamada Wicked Lester, mas não estavam satisfeitos com a falta de ambição dela. Stanley os definiu dizendo que pareciam "um grupo de gente esperando ônibus".
Já com a ideia do Kiss na cabeça, eles acabaram com o Wicked Lester, e pouco depois Gene Simmons viu na revista Rolling Stone um anúncio que dizia: "Baterista, 11 anos de experiência, disposto a fazer qualquer coisa". Era Peter Criss.
Ele estava numa festa quando recebeu a ligação de Gene dizendo: "Oi, sou Gene Klein. Eu juntei um pouco de dinheiro e eu tenho um parceiro, nós dois escrevemos letras e cantamos. Queremos montar a próxima super banda."
Peter revelou que "ele disse: 'Me diga uma coisa, você tem boa aparência?'. E eu disse: 'Espera aí'. Gritei para todos na festa: 'Ei, eu sou bonitão?'. E todos gritaram: 'Siiim!!!'. Depois ele perguntou se eu tinha cabelo cumprido. Fiz a mesma coisa."
Gene continuou: "Antes de a gente tentar musicalmente e ver se a gente combina, há outras coisas que são realmente importantes". Além de perguntar a Peter se ele era gordo, o baixista perguntou "se ele tinha barba ou bigode e, caso fosse loiro, se estava disposto a pintar o cabelo."
Dias depois, os três se encontraram para um teste no estúdio Electric Ladyland. "Eu me apresentei: 'Oi, sou Peter'. Gene disse: 'Está contratado!'. Eu respondi: 'Mas você nem me viu tocar!'. Ele respondeu: "Não importa. Você tem aparência. Você é um astro!'.
"Fizemos nosso primeiro ensaio e foi um desastre", recorda o baterista. "Eu tive que tocar com a bateria de outra pessoa e nossos gostos musicais entraram em conflito. Eles gostavam de Led Zeppelin e eu dos Stones, daí eles faziam coisas tipo Zeppelin e eu algo mais Charlie Watts. Então eu disse: 'Isso não está dando certo. De qualquer maneira, vamos fazer mais um ensaio. Tentar de novo."
"Na verdade, não quero te perder", respondeu o baixista. "Eu só quero que você não floreie tanto." No segundo ensaio tudo correu bem, e Peter descobriu que o anterior havia sido uma pegadinha:
"Na primeira noite, a primeira música que eles me fizeram tocar era uma porcaria. Era a música mais difícil que eles conheciam, a mais técnica. Fizeram aquilo para acabar comigo. Assim, no dia seguinte, eu disse: 'Será que vocês não têm algo mais rock, não?'. (...) Eles tocaram 'Strutter', e eu fiz a abertura na bateria. Foi ótimo!"
Após a entrada de Ace Frehley completar a banda, o Kiss lançou seu álbum de estreia, auto-intitulado, em 1974. Apesar da inexperiência do quarteto novaiorquino com gravação, o disco possui diversos clássicos que estão entre os mais pedidos nos shows da banda até hoje, como a própria "Strutter" e "Deuce".
FONTE:
Kiss por trás da máscara
A biografia oficial autorizada, de David Leaf e Ken Sharp
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