Os dois bateristas brasileiros que Anika Nilles, nova baterista do Rush, mais admira
Por Gustavo Maiato
Postado em 06 de outubro de 2025
A nova baterista do Rush, Anika Nilles, falou recentemente sobre suas influências e revelou quais são os dois bateristas brasileiros que mais admira. Em entrevista ao canal TV Braba, a alemã - considerada uma das maiores expoentes da bateria moderna - destacou a qualidade e a versatilidade dos músicos do Brasil, país que ela afirma acompanhar há anos.
"Sim, Ramon Montagner é um dos bateristas brasileiros que eu conheço", contou. "Nós fizemos alguns trabalhos juntos na Polônia também. E, claro, Eloy Casagrande. Tem algum outro brasileiro que eu esteja pensando? Não, acho que são esses dois caras. Mas me deem sugestões, eu ficarei feliz em ouvir."


Durante a conversa, Anika também foi questionada sobre suas principais influências na bateria - e admitiu que é difícil resumir tantos nomes que marcaram sua trajetória. "Essa é sempre uma pergunta difícil de responder, mas eu diria três principais: Jeff Porcaro, Adam Deitch e Chris Coleman." Segundo ela, cada um desses artistas ajudou a moldar aspectos diferentes de seu estilo.
"Eu cresci ouvindo Toto, e talvez a primeira vez que estudei um baterista de verdade foi o Jeff Porcaro e seus grooves. Eu devia ter uns 12 ou 15 anos", relembrou. "Depois veio o álbum 'Überjam', do John Scofield, com o Adam Deitch na bateria - ele tem esse swing funkeado incrível, que me influenciou muito."

Outro nome marcante em sua formação é o do americano Chris Coleman, com quem ela chegou a estudar pessoalmente. "Tive uma aula com o Chris sobre compassos ímpares e foi uma experiência transformadora. Ele é incrível nisso. Isso me levou mais fundo nesse tipo de material."
Ao falar sobre o que tem ouvido ultimamente, Anika surpreende por fugir do óbvio. "Minha sugestão é ouvir muitos estilos diferentes de música, mas também ouvir com o coração. Às vezes, nós, músicos, escutamos de forma muito analítica, tentando entender o que está acontecendo - e esquecemos de apenas sentir." Ela acrescentou que esse equilíbrio entre técnica e emoção é o que mais busca em suas composições: "A música pode ser complexa, mas precisa tocar o ouvinte de alguma forma."

Hoje, a playlist pessoal de Anika, chamada "Anika's Favorites", já soma mais de 500 músicas. "Um dos artistas que eu ouço muito - e com quem estou tocando agora - é o Leif Vollebekk. A música dele é super simples, estilo folk, bem americana." Ela também mencionou nomes como Michael Mayo, Ghost Note, Lettuce e o pianista armênio Tigran Hamasyan: "Mesmo depois de tantos anos, eu ainda o ouço. É música bastante complexa, mas muito inspiradora."
Confira a entrevista completa abaixo.

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