Alex Lifeson revela o maior desafio para reunir o Rush; "Tocar dissipou as nuvens"
Por Bruce William
Postado em 12 de outubro de 2025
Depois de anos sem Rush no palco e do luto pela perda de Neil Peart, Geddy Lee e Alex Lifeson voltaram a tocar juntos - primeiro em privado, sem pressa. O que começou como um encontro entre amigos virou ensaio de verdade. A partir daí, a conversa sobre "e se...?" ganhou outro tom.
Começou despretensioso: encontros na casa do guitarrista, café, jam e risadas, retrata a Ultimate Guitar. "Ele vinha aqui, tomava meu café, ficava por perto, fazia uma jam, e a gente ria. E então, um dia, não sei por quê, começamos a tocar algumas músicas do Rush por diversão. Caramba, a gente ria tanto e estava curtindo tanto, que foi quase como se tocar aquelas músicas tivesse dissipado as nuvens escuras."


Ao revisitar o repertório, Lifeson percebeu o tamanho do desafio técnico depois de um período afastado. "Eu amo tocar demais. E eu continuei, nesses últimos anos, fazendo outros projetos. Mas quando sentamos e começamos a tocar algumas coisas do Rush, percebi como era difícil tocar essas músicas. Quando você faz isso todo dia por 40 anos, não é grande coisa, de verdade. Você se acostuma."

A distância deixou tudo mais nítido. "Mas quando você fica longe disso, e fica um pouco mais objetivo sobre a intensa complexidade da música, a sensação e as novas nuances e todas as coisas que entram na criação de uma música e de uma performance do Rush, ser desafiado por isso de novo foi muito, muito empolgante. E quanto mais começamos a ensaiar e tocar, mais eu simplesmente me apaixonei pela ideia de tocar de novo."
A decisão de retomar também passou pelo luto pela perda de Neil Peart. "Em primeiro lugar, por causa do que isso implica em termos de trabalho, mas também pelo que havia acontecido, sabe, perder um integrante como o Neil é devastador. Foi um período muito triste, e levou tempo até para considerarmos. Esta é uma decisão relativamente recente, e eu diria que ficou meio fora de cogitação por muito tempo por causa dessas circunstâncias - e como você substitui alguém que é insubstituível?"

Com o avanço dos ensaios, a dupla definiu que a bateria ficará com Anika Nilles. A proposta agora é celebrar a história no palco, com um set que respeite o peso técnico do material, exatamente o tipo de "complexidade intensa" que, segundo Lifeson, reacendeu a vontade de tocar. A nova formação não pretende "substituir" Neil Peart, e sim sustentar as partes com precisão e personalidade, deixando claro que o foco está em tocar bem e em paz com a própria história. O restante - ordem das músicas, duração dos shows, eventuais surpresas - virá do próprio processo; por ora, bastou voltar a ligar os amplificadores para que a conversa saísse do campo das hipóteses e virasse trabalho. Se o obstáculo era técnico, foi a técnica, ironicamente, que abriu a porta.

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