O depoimento de quem assistiu o Black Sabbath no início da carreira pelo valor de um sanduíche
Por Bruce William
Postado em 02 de outubro de 2025
Era 16 de fevereiro de 1970, apenas três dias depois do lançamento do primeiro disco do Black Sabbath, relatou o jornalista Kris Needs à Classic Rock, então um jovem de 15 anos de idade. Naquela noite, em Aylesbury, o guitarrista de blues Freddie King havia cancelado a apresentação, e um quarteto desconhecido de Birmingham foi escalado como substituto. O detalhe é que a entrada custava apenas 30 pence, metade do valor do ingresso normal, e que seria equivalente a uns trinta reais nos dias de hoje.
Nas palavras de Kris, ao entrar no pequeno salão do Friars Aylesbury, a impressão era de ter cruzado para dentro de um filme de terror da Hammer. Sob luzes brancas e estrobos intermitentes, três músicos vestidos de preto, dois deles com grandes crucifixos no peito, soltavam um riff lento e sombrio. O vocalista, com olhos arregalados e cabelos longos, declamava versos de forma quase ritualística. A música, intitulada "Black Sabbath", parecia anunciar um novo território sonoro.
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Na sequência, a banda emendou uma jam com influências de Cream. Tony Iommi, de bigode e empunhando uma Gibson SG, disparava frases velozes enquanto Bill Ward castigava a bateria com tamanha força que parecia querer atravessar o palco. Ninguém se arriscou a ocupar as cadeiras da frente, mas vários presentes começaram a dançar de maneira frenética, como se aquela estranheza tivesse encontrado acolhida.
Entre as músicas, o grupo mostrou uma versão estendida de "Warning", de Aynsley Dunbar, antes de encerrar o show. Na saída do palco, foram recebidos com aplausos entusiasmados do pequeno público. O jovem fã que mais tarde relataria a experiência ainda teve tempo de se aproximar do vocalista e dizer: "Grande show!". Ozzy respondeu com um sorriso: "Valeu, cara".
Com apenas um álbum recém-lançado e pouca divulgação na imprensa, o Sabbath ainda era praticamente desconhecido. Mas no dia seguinte, aquele garoto que presenciou o que estava acontecendo correu à loja de discos para comprar o LP de capa sombria e levou para casa os riffs que havia testemunhado ao vivo. Poucos meses depois, "Paranoid" já dominava as vitrolas dos pubs locais.
Décadas mais tarde, Geezer Butler recordaria - ou talvez não - o episódio ao site do Friars Aylesbury: "Infelizmente, não me lembro muito desse show. Mas tenho certeza de que ficamos felizes em ser chamados para tocar, já que naquela época não havia tantos convites. Nós sempre fomos gratos pelas oportunidades."
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