O único que pode ser tão reconhecível quando B. B. King, segundo Joe Bonamassa
Por Gustavo Maiato
Postado em 08 de novembro de 2025
Em tempos em que a técnica muitas vezes se sobrepõe à emoção, Joe Bonamassa segue como um defensor do blues tradicional, onde a alma fala mais alto do que a velocidade dos dedos. O guitarrista norte-americano, considerado um dos grandes nomes contemporâneos do gênero, conversou com o site Ultimate Guitar sobre seu novo projeto, "B.B. King's Blues Summit 100", e aproveitou para refletir sobre o legado dos três lendários "reis" da guitarra blues: B.B., Albert e Freddie King.
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Bonamassa, que cresceu ouvindo e tocando o repertório de B.B. King, refutou a ideia de que o lendário músico de Indianola não fosse um virtuose. "Discordo da premissa. O virtuosismo se manifesta de várias formas. B.B. King é provavelmente um dos poucos guitarristas reconhecíveis instantaneamente por uma única nota", afirmou. O guitarrista provocou: "Cite outra pessoa que você conseguiria dizer 'Esse é o B.B. King' com uma única nota. O Clapton, talvez também? Seria muito difícil".
Para Bonamassa, a genialidade de B.B. King ia muito além da técnica. "Ele não era sobre exibição, embora fosse enganosamente rápido, especialmente naqueles primeiros discos dos anos 50. O que o tornava único era a intenção por trás do tempo. Essa era a verdadeira genialidade", explicou. Segundo ele, a simplicidade do mestre era um desafio: "Os licks são do B.B. King, mas o que é difícil de replicar é a emoção, o espaço, o peso de cada nota".
Joe Bonamassa e B. B. King
O guitarrista também comentou a evolução de B.B. ao longo das décadas. "No começo, você ouvia muito mais de T-Bone Walker em sua forma de tocar. E então, por volta de 1964 ou 1965, tornou-se algo como 'Este é o estilo dele'. Foi quando B.B. King virou B.B. King", destacou.
Ao comparar os três "Kings" do blues, Bonamassa preferiu não escolher um favorito. "Todos têm atributos diferentes. Albert King é provavelmente o 'guitarrista da Imaculada Conceição', como disse Warren Haynes. Ninguém tocava como ele antes, e todo mundo tocou como ele depois. Freddie era mais duro, mais pesado, parecia uma pessoa mais intensa. E o B.B. teve o maior sucesso comercial. É impossível escolher um favorito porque os três são muito diferentes", afirmou.
Bonamassa ainda relembrou a experiência de ter excursionado com B.B. King aos 12 anos de idade. "Ele era uma alma muito gentil e generosa com seu tempo, sua experiência e seu palco. Você via como uma banda de blues profissional trabalhava - eram totalmente profissionais, até na maneira como se vestiam. Tudo isso vinha dele. Aprendi muito sobre o que é ser músico de verdade", concluiu.
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