Site americano lista melhores álbuns de estreia do rock progressivo da história
Por Gustavo Maiato
Postado em 15 de outubro de 2025
O portal norte-americano Loudwire divulgou uma lista especial dedicada aos melhores álbuns de estreia do rock progressivo de todos os tempos, reunindo discos clássicos e surpresas mais recentes que ajudaram a moldar o gênero. A seleção, assinada pelo jornalista Jordan Blum, traz 11 títulos fundamentais - de "In the Court of the Crimson King" (King Crimson) a "The Songs & Tales of Airoea – Book I" (The Chronicles of Father Robin).
Melhores e Maiores - Mais Listas

Logo na introdução, Blum explica o conceito da lista: "Nem sempre uma banda acerta de primeira. Muitas vezes, o álbum de estreia é um período de experimentação, quando os músicos ainda buscam consolidar o próprio som. Mas há casos em que o grupo simplesmente acerta em cheio na primeira tentativa - e é disso que trata essa seleção."

Os melhores álbuns de estreia do progressivo
O autor convida o leitor a revisitar discos que marcaram época e também a descobrir obras menos conhecidas, mas igualmente revolucionárias: "Se você conhece a história do rock progressivo, vai reconhecer alguns desses títulos. Mas há tantos outros, mais obscuros, que são tão impactantes quanto e merecem um lugar na coleção de qualquer fã do gênero."

Entre os destaques, King Crimson lidera a lista com o lendário "In the Court of the Crimson King" (1969), considerado por Blum "não apenas o melhor álbum da banda, mas também uma das maiores obras de arte do rock progressivo". Ele destaca a faixa "21st Century Schizoid Man" como "a responsável por estabelecer o que o prog poderia - e deveria - ser", unindo riffs icônicos, vocais corrosivos de Greg Lake e passagens instrumentais inovadoras.
Outro clássico lembrado é "Gentle Giant" (1970), estreia da banda homônima britânica que, segundo Blum, "já apresentava todas as peças essenciais do som do grupo: vocais interligados, contrapontos instrumentais e influências medievais e barrocas". O crítico também ressalta a faixa "Funny Ways" como um exemplo de beleza e complexidade emocional.

O autor celebra ainda "Kansas" (1974), álbum que colocou o rock progressivo norte-americano no mapa: "Com harmonias corais e violinos elétricos, o Kansas mostrou que os Estados Unidos podiam rivalizar com o que vinha do outro lado do Atlântico."
Entre as descobertas menos conhecidas, Blum destaca "Crack the Sky" (1975) - eleito pela revista Rolling Stone como o melhor disco de estreia de 1975 - e "Excavations of the Mind" (2010), do grupo holandês Sky Architect, descrito como "uma mistura fascinante de prog setentista com jazz fusion e passagens oníricas".

A lista também abrange diferentes eras e vertentes do gênero. O neo-prog dos anos 1980 aparece representado por "Script for a Jester's Tear" (1983), do Marillion, que "reacendeu a chama do prog com emoção teatral e letras poéticas". Já nos anos 1990, o destaque vai para The Light (1995), do "Spock's Beard", "um disco de energia juvenil e ambição épica".
Nos anos 2000, o autor menciona o explosivo "De-Loused in the Comatorium" (2003), do The Mars Volta, que une "a intensidade do pós-hardcore com a complexidade do prog e o toque latino da banda". Outro destaque é o supergrupo Frost*, com "Milliontown" (2006), definido como "um dos melhores álbuns progressivos da década, cheio de brilho e virtuosismo".

Encerrando a seleção, o jornalista escolhe o debut conceitual "The Songs & Tales of Airoea – Book I" (2023), do septeto norueguês The Chronicles of Father Robin, uma "aventura folk e mitológica que mistura a grandiosidade do Jethro Tull com o frescor da nova geração escandinava".
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