Metal para iniciantes: cinco álbuns perfeitos para começar a ouvir Black Sabbath
Por Mateus Ribeiro
Postado em 27 de dezembro de 2022
A série Metal para iniciantes está de volta e dessa vez, fala sobre a banda que pavimentou o caminho para o heavy metal se transformar no fenômeno de popularidade que é até hoje. É claro, óbvio e evidente que estou falando do Black Sabbath.
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O grupo fundado pelo mestre Tony Iommi é considerado um dos criadores do heavy metal e lançou álbuns que mudaram para sempre a história do estilo. Por se tratar de um nome tão importante, o capítulo do Black Sabbath conta com cinco álbuns, ao contrário das primeiras matérias desta coluna.
Agora que todas as apresentações foram feitas, é hora de apertar o play e conferir cinco álbuns perfeitos para começar a ouvir Black Sabbath.
"Paranoid"
O primeiro disco do Black Sabbath, que leva o nome do quarteto, é o início de tudo. Mas com "Paranoid", Tony Iommi e seus camaradas mostraram ao mundo que o heavy metal havia chegado para ficar.
A faixa-título, maior hit da história da música pesada, é o carro chefe de um disco que ainda tem em seu tracklist outros clássicos imortais, como "War Pigs", "Iron Man" e "Electric Funeral".
"Paranoid" é um dos maiores registros da história do metal e deve ser ouvido ao menos uma vez na vida.
"Vol. 4"
O quarto trabalho de estúdio do Black Sabbath é uma obra-prima do início ao fim e apresenta uma das melhores músicas da banda, a magnífica "Snowblind". Aliás, o álbum inicialmente seria chamado de "Snowblind", em uma clara alusão ao pó branco que os integrantes da banda gostavam de usar.
"O disco custou, eu acho, 65 mil dólares, e a conta da cocaína foi de 75 mil dólares. Tínhamos um traficante que costumava aparecer de vez em quando. Ele costumava ter essas caixas de sabão em pó, onde na verdade, havia cocaína. E ele literalmente esvaziou essas caixas de cocaína no meio da mesa. Era uma pequena montanha (...). Era cocaína 100% pura e isso era muito bom", afirmou o baixista Geezer Butler durante entrevista concedida à Rolling Stone.
Apesar do alto consumo de cocaína, Tony Iommi, Ozzy Osbourne, Geezer Butler e Bill Ward gravaram um disco memorável, que além de "Snowblind", tem como destaque a balada "Changes", "Supernaut" e "Wheels Of Confusion".
"Sabotage"
Lançado em julho de 1975, o sexto disco do Sabbath é pesado e "viajado" ao mesmo tempo. A porrada "Symptom Of The Universe" (que tem um dos riffs mais marcantes escritos por Tony Iommi) contrasta com o experimentalismo presente na épica "Megalomania". Até mesmo o pop dá as caras em "Sabotage", como pode ser ouvido na curiosa e cativante "Am I Going Insane (Radio)".
Além das três faixas acima citadas, outra música que merece ser lembrada é "Holy In The Sky", que abre "Sabotage" com maestria.
"Heaven And Hell"
Após oito álbuns, o casamento entre Ozzy e Black Sabbath acabou. O genial Ronnie James Dio, que fez parte do Rainbow, foi escolhido como o substituto do Madman. A troca de vocalista afetou a sonoridade da banda, que ficou mais melódica, enquanto as letras passaram a abordar temas fantasiosos.
"Heaven And Hell", "Children Of The Sea", "Neon Knights", "Die Young" e "Lonely Is The Word" mostraram outro lado do Sabbath e transformaram o nono disco da banda em um clássico absoluto do heavy metal.
"Dehumanizer"
A segunda passagem de Dio pelo Black Sabbath foi curta, mas durou tempo suficiente para o grupo gravar um dos discos mais pesados de sua gloriosa carreira, o afiadíssimo "Dehumanizer". É impossível ouvir as pedradas "TV Crimes", "Computer God", "I" e "Buried Alive" e não sair por aí batendo cabeça instantaneamente.
Tony Iommi e seus parceiros mostraram com "Dehumanizer" que mesmo após 20 anos de carreira, o Sabbath sabia dar aulas de heavy metal.
Para ouvir cinco músicas de cada disco, acesse a playlist abaixo. Não esqueça de começar a nos seguir no Spotify.
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