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Summer Breeze B

Antestor: Brasil será uma aventura épica

Por Vicente Reckziegel
Fonte: Witheverytearadream
Postado em 03 de dezembro de 2012

Esta entrevista com a banda de Black Metal Antestor foi uma das mais interessantes que realizei, pois a honestidade foi à tônica durante todo o transcorrer da conversa. Mesmo nos pontos polêmicos, algo comum em bandas do estilo cuja temática é voltada para o cristianismo. E quem quiser poderá conferir o poderio da banda em Janeiro, onde irão apresentar-se no Brasil, onde inclusive estaria sendo montada toda uma operação para garantir a apresentação da maneira que sempre deveria ser, com a música acima de qualquer ideologia. Confiram o que o vocalista e guitarrista Lars Stokstad tem a dizer sobre tudo que diz respeito a carreira e a cena do estilo.

Bruce Dickinson

Vicente - Vocês virão tocar no Brasil em Janeiro. O que você espera desses shows aqui?

Lars - Além do calor intenso, tanto do tempo e dos fãs, esperamos muita picanha da boa também. E precisamos verificar alguns reais centros brasileiros de jiu-jitsu também. Basicamente, nós esperamos que o Brasil seja uma aventura épica e estamos ansiosos por essa viagem.

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Vicente - E o que os fãs daqui podem esperar do Antestor?

Lars - Eles podem esperar uma boa mistura de coisas antigas e novas em nossa apresentação.

Vicente - Conte-nos um pouco sobre as duas décadas de existência da banda. Quais são suas próximas metas?

Lars - Bem, as duas décadas não têm sido fáceis. Nós meio que "caímos" entre todas as categorias. Odiado por ambos os lados. Pessoas que deveriam nos apoiar trabalharam contra nós. Então, basicamente, as duas décadas tem sido uma viagem longa e solitária. Mas o lado positivo de todas as barreiras que precisamos derrubar com criatividade é o que vem de fora. Desenvolvemos a música através de nossa dor e isso funciona como terapia para nós. Nosso próximo objetivo é levar o Antestor para outro nível. Temos uma grande formação com bons músicos. Já tivemos cerca de 30 pessoas como membros anteriormente, o objetivo é manter o que a banda é agora, e tentar fazer a melhor música possível. O céu é o limite para o que podemos alcançar a partir deste ponto.

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Vicente - Seu último disco completo foi "The Forsaken" Como foi a gravação deste álbum?

Lars - Como sempre o dinheiro desempenhou um grande fator na gravação do álbum. Não tocamos como gostaríamos a produção. Mas isso é normal para todas as bandas nos dias atuais eu acho.

Lars - Nós precisávamos de um baterista e pedimos a nosso velho amigo Hellhammer se ele poderia tocar conosco. Nós mostramos-lhe o material e ele adorou, portanto, fiquei muito feliz que isso ocorreu, porque de certa forma derrubou muitas barreiras, já que ele veio da cena satânica norueguesa e nós viemos do "outro lado da trincheira".

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Lars - Nós sempre discordamos da forma como as pessoas nos vêem. Como na cena secular, somos também fascinados pela escuridão, pois ela está em todos nós. Mas nós escolhemos acreditar na esperança que Deus nos deu, mas isso não significa que temos menos dor e merda em nossa vida. Então nós ficamos extremamente contentes que Hellhammer pode ignorar todas as besteiras e só chegar e tocar a música que todos nós amamos. O álbum e a gravação ficaram muito bons no final, e as memórias são tudo de bom neste momento.

Vicente - E a reação dos fãs foi como vocês esperavam?

Lars - Nossa gravadora deve ter feito a pior promoção na história do planeta Terra. Então, nós não chegamos perto da divulgação que é necessária.
Mas, não levando em conta este fato, os fãs que realmente chegaram a ouvi-lo ficaram muito satisfeitos com o resultado. Ouvimos que o álbum teve alguns bons números de vendas, mas uma vez que o gerente de gravadora anterior mudou-se para o Congo na África ou algo assim, eu acho que nunca vou saber. Continuamos a receber cartas de fãs que dizem que o álbum mudou suas vidas, então para nós isso faz tudo valer a pena.

Bruce Dickinson

Vicente - Um novo álbum em breve, certo?

Lars - SIM! 30 de novembro (a entrevista foi realizada no inicio de novembro). E estamos tão animados para iniciarmos um novo começo e conseguir algo novo no mundo inteiro. O que faz com que seja ainda mais legal é que o primeiro concerto do novo lançamento será no Brasil. O álbum é brutal. Nós decidimos trazer mais peso para nossa música. Nós não quisemos revolucionar o metal extremo, só queríamos ter mais agressividade. Temos feito tudo por nós mesmos, com orçamento zero, por isso estamos satisfeitos com o resultado e fizemos tudo o que possivelmente poderíamos fazer para que ele soasse bem.

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Vicente - Qual é a real história sobre as ameaças de morte que a banda recebeu de Euronymous, Varg Vikernes e Faust?

Lars - Na verdade, nós os ameaçamos... (risos) Bem isso realmente aconteceu. Eles não queriam a gente ao redor e houve uma serie de confrontos desagradáveis que nos obrigou a nos reforçar naquele momento. Mas a cena cresceu, mudou e as próprias pessoas amadureceram. Foi um ponto na revolução do Black Metal escandinavo que tudo era tão novo e excitante e por isso a nossa presença causou raiva, porque de certa forma nós invadimos o seu território. Mas Antestor existia desde 1989 (então chamada Crush Evil) Então, nós sentimos que tínhamos todo o direito de estar onde quer que o pessoal nos queira. Mas é claro que, em algum nível, entendemos por que eles reagiram como fizeram já que a nossa mensagem é diferente do que a deles. Mas nós entendemos que a expressão "black metal" se encaixa perfeitamente em nossas vidas e descreve a luta interna e a dor da vida. Para nós, O Black Metal é sobre tudo isso. Nós não nos importamos se alguém quiser cultuar Satã com sua música. Nós temos nossa própria razão para fazer o que fazemos, e isso vem de um lugar honesto e verdadeiro. Falando de ameaças de morte, nós tivemos centenas delas do Brasil por causa da nossa turnê em janeiro. E isso é péssimo, porque já estamos preocupados com a forma calorosa que vamos subir no palco e agora temos de acrescentar coletes à nossa roupa. Nós viemos de um país com temperatura sub zero, de modo que será um desafio. Mas a verdade foi dita, esperávamos que, desde que a cena do Black metal escandinava mudou um pouco, o resto do mundo, incluindo o Brasil, seguiriam esse amadurecimento e deixassem que as pessoas tocassem e desfrutassem de música como sempre deveria ser. Mas eu acho que, infelizmente, ainda temos um longo caminho a percorrer antes que todo mundo possa colocar a música acima do ódio e medo do desconhecido.

Como consegui viver de Rock e Heavy Metal

Vicente - Quando você começou na música, quais foram as suas maiores influências, que inspiraram você a seguir este caminho?

Lars - Quando jovem fui muito inspirado pelo compositor norueguês Edvard Grieg, o que explica muito das músicas populares noruegueses que estão integradas no som do Antestor. Além disso, há várias bandas que tem sido de grande influência. Nós gostamos de bandas que tem "culhões" e alma, e há poucas bandas que ainda se encaixam nessa descrição. Nos velhos tempos, bandas como Satyricon, Emperor e DarkThrone mereciam todo o respeito que tenho por causa da quantidade de criatividade genuína que eles trouxeram para todos. Mas a cena underground não é mais tão desconhecida assim, agora a maior parte é só pop comercial, se você me perguntar. Todos, exceto o Gorgoroth. Eles ainda são loucos (risos).

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Vicente - Em poucas palavras, o que você pensa sobre essas bandas:

Slechtvalk: caras legais, mas não sei muito sobre a sua música além de que eles fizeram um cover de nossa música "kongsblod".

My Dying Bride: Ótima banda. Eles são uma das bandas com alma. Ótimo para ouvir com mais um copo de vinho durante a leitura de um livro. Eles também inspiraram Ronny nosso vocalista liricamente.

Emperor: Por Deus! Grande banda. Acho que o seu último trabalho épico foi "Anthems" e meio que perdi o interesse após isso, mas eles continuam a ser uma das maiores bandas de todos os tempos do BM.

Bruce Dickinson

Enslaved: Eles fizeram um bom nome para eles próprios, mas não faz nenhuma diferença para nós.

Dimmu Borgir: Na verdade, usamos a mesma sala de estúdio que o Dimmu outro dia. Gravamos Martyrium enquanto eles ainda usavam fraldas (risos). Dito isto, eles realmente conquistaram um nome e fizeram alguns trabalhos incríveis. Eles estiveram no lugar certo, na hora certa e criaram algumas grandes obras-primas. Tiramos o chapéu para eles. Esperamos que um dia eles venham a abrir um de nossos shows (risos).

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Sobre Vicente Reckziegel

Servidor público, escritor, mas principalmente um apaixonado pelo Rock e Metal há pelo menos duas décadas. Mantêm o Blog Witheverytearadream desde Dezembro de 2007. Natural e ainda morador de uma pequena cidade no interior do Rio Grande do Sul, chamada Estrela. Há muitos anos atrás tentou ser músico, mas notou que faltava algo simples: habilidade para tocar qualquer instrumento. Acredita na música feita no Brasil, e gosta de todos os gêneros, desde Rock clássico até Black Metal.
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