Khallice: "Apesar da influência temos uma cara própria!"
Por Daniel Silva
Fonte: Estética Musical
Postado em 18 de maio de 2010
Alirio Bossle Netto, o talentoso vocalista do Khallice, grupo de metal progressivo de Brasília nos conta em uma entrevista simpática detalhes da sua carreira.
Matéria originalmente publicada no site Estética Musical
Daniel Silva: Olá, Alirio. Obrigado por conceder essa entrevista. Para começo de conversa, como você está? Como foi abrir para o Guns N' Roses em Brasília?
Alirio Netto: Estou bem, brother. Obrigado por perguntar. Minha vida aqui em Brasília é muito bacana, tenho muitos amigos e a cidade me acolheu muito bem. Em relação a abrir pro Guns, foi um sonho pra nós e pra mim, pois quem me conhece sabe o quanto gosto dessa banda. Além do mais o Bumblefoot foi muito legal e adorou o nosso show. Ficamos quase todo o tempo com ele, no final do show a gente se divertiu muito com o Sebastian, que é um dos caras mais sangue bom que já conheci.
Daniel Silva: Com o lançamento de The Journey, em 2003, o Khallice foi apontado como banda revelação e uma grande expectativa em torno do grupo foi criada. Como vocês lidaram com essa badalação e o status de Dream Theater brasileiro?
Alirio Netto: Confesso que no começo foi muito legal essa coisa de Dream Theater brasileiro. A gente realmente conseguiu um espaço muito bom na mídia e tal, mas depois começou a incomodar um pouco, por que apesar da influência, o Khallice tem uma cara própria. Isso fica mais claro no Inside Your Head, em que a banda pode explorar muito a veia mais Hard Rock.
Daniel Silva: Em 2008, vocês gravaram o ótimo EP Inside Your Head. Qqual a intenção da banda em lançá-lo?
Alirio Netto: Pra começar a gente lançou esse EP no Rio, quando abrimos pra Dream Theater. Distribuímos mil EPs para o público presente e naquele momento a intenção era mostrar que a banda estava na ativa e produzindo. Só pra completar a Magna Carta lançou o The Journey em 2007 em várias partes do mundo, o que também foi um impulso pra gente botar algo novo na praça.
Daniel Silva: Qual o motivo para a demora no lançamento de um segundo disco do Khallice, Alirio? Ele vai sair mesmo? Se sim, pode nos adiantar alguma coisa?
Alirio Netto: A demora acontece por vários motivos, mas o principal foram as trocas de baterista. Nos últimos cinco anos foram quatro! Acho que somos muito chatos (risos). De qualquer forma, todos nós temos outros projetos além da banda, sejam eles na música ou não, e isso acaba atrasando tudo. Não vamos usar nada do Inside Your Head, o que dará mais trabalho. Já temos muitas ideias em andamento e, se tudo andar como planejado, a gente lança esse CD em 2010.
Daniel Silva: Quem são os teus ídolos na música? Quais são as tuas influências?
Alirio Netto: Virei cantor por causa do Freddie Mercury do Queen, pra mim ele é o cara, mas gosto muito do Steve Perry do Journey, Steven Tyler, Sebastian Bach, Dio, Glenn Hughes e todos esses caras que cantam muito. Gosto muito de pop em geral, desde Michael Jackson até coisas como o Josh Groban, e os musicais da Broadway também têm uma grande influência na minha música. Gosto muito dessa coisa do teatro.
Daniel Silva: Relate para nós como foi a experiência de encenar Jesus Christ Superstar no México. O que isso contribuiu na tua carreira e na tua forma de cantar?
Alirio Netto: O lance do Jesus Christ começou em Brasília em 1999, quando eu fiz o papel pela primeira vez em uma produção local. Em 2000 mandei um vídeo pro México onde estavam fazendo audições para uma produção oficial, a partir desse vídeo eles me chamaram para os testes. Fui selecionado para o papel de Jesus entre 1500 candidatos de vários países e foram quase dois anos de temporada que acabaram por causa do atentado às torres gêmeas. Voltei pro Brasil em 2003 pra gravar com o Khallice e o resto é história.
Daniel Silva: Conte um pouco da tua relação com Floripa. Vens sempre para cá? Como é a vida de um manezinho da Ilha em Brasília?
Alirio Netto: Cara, Floripa é o melhor lugar do mundo! Se eu pudesse nunca sairia daí, sempre que posso dou uma passada aí porque tenho muitos amigos e família em Floripa. A vida de um mané em Brasília é muito boa, principalmente na parte da grana, que é um pouco mais justa. Aqui se paga um pouco melhor pela arte, e é quase tão legal quanto Floripa. Quase! Só faltam as praias, o clima, o povo, a comida, o Figueira e as praias novamente (risos).
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