Jimmy Page: "Eu preferia coisas mais cruas"
Por Leandro Caldas Siqueira
Fonte: Blabbermouth
Postado em 05 de junho de 2008
RollingStone.com conduziu em junho de 2008 uma entrevista com Jimmy Page do LED ZEPPELIN, como parte de uma série de artigos chamados "Segredos dos Heróis da Guitarra".
RollingStone.com: Como suas experiências como guitarrista de estúdio nos anos 60 - tocando como suporte a diferentes cantores - influenciou seu modo de tocar e compor para o ZEPPELIN?
Page: "Eu fui muito inspirado pelos grupos (vocais) dos anos 50. Eu adorava o modo que eles trabalhavam, a perspectiva da guitarra dentro do som. O Blues foi a principal coisa no primeiro disco do ZEPPELIN. Mas nas sessões, eu tocava tanto a guitarra quanto violão, e estava ligado em pessoas como James Burton (guitarrista americano de estúdio). Eu não era ligado tanto no jazz - eu preferia coisas mais cruas".
RollingStone.com: Por um curto período, você e Jeff Beck tocaram juntos as guitarras principais no YARDBIRDS. Você alguma vez considerou seriamente a hipótese de ter um segundo guitarrista no LED ZEPPELIN?
Page: "No YARDBIRDS, quando Jeff estava lá, tocávamos os riffs em harmonia. Era parecido com uma 'big band' com metais - o poder daquilo aplicava-se às guitarras. No LED ZEPPELIN eu nunca considerei ter nada duplicado, pois éramos uma unidade completa. Sentíamos que poderíamos fazer qualquer coisa 'dentro de casa', certamente nos discos. Uma vez que uma canção pegasse a estrada, certas partes mudariam, especialmente onde haviam numerosas partes de guitarra no disco. Costumávamos tocar 'Ten Years Gone' (do 'Physical Graffiti'), que tem uma variedade de guitarras. Fizemos uma versão muito boa. Foi assim até eu ter tocado com o THE BLACK CROWES (em 1999), quando ouvi todas as partes ao vivo. Foi um tremor".
RollingStone.com: Jovens guitarristas aprendem a tocar agora estudando os seus riffs e solos. O que ainda há para você descobrir na guitarra?
Page: "Há um monte de coisas que eu posso e deveria estar fazendo. A principal delas é a qualidade. Eu sempre mantive um alto critério em tudo o que toco. Isso não vai mudar. A coisa importante é se comprometer em tocar. Você tem que extrair muito de dentro de si para fora. O legal sobre guitarra, quando eu tinha 12 anos, é que ela é portátil. Isto fez a música ser acessível para mim a toda hora. Poderia me encontrar com meus camaradas, e antes que me desse conta, já tinha pego o espírito da música - apenas garotos tocando uns poucos acordes. Hoje você pode fazer isso com computadores. Mas eu estou interessado em como tirar aquele espírito da guitarra. Pois este foi o instrumento que escolhi".
Leia a entrevista completa (em inglês) neste link.
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