Black Sabbath, era Tony Martin, "Cross Purposes"
Resenha - Cross Purposes - Black Sabbath
Por Isaias Freire
Postado em 14 de julho de 2024
Após um hiato de quatro anos desde o lançamento de "TYR", a era Tony Martin retorna com "Cross Purposes" que é o décimo sétimo álbum de estúdio do Black Sabbath e foi lançado em janeiro de 1994. Este trabalho marca a continuação de uma era tumultuada para a banda, com mudanças frequentes na formação e como já dissemos, a volta do vocalista Tony Martin, que já havia trabalhado em álbuns anteriores e este é único álbum em que Gezzer Butler toca com ele.
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O álbum abre com "I Witness," uma faixa poderosa que define o tom para o resto do trabalho. A composição de Tony Iommi, como sempre, é impressionante, com riffs cativantes e solos que destacam seu talento inegável. "Cross of Thorns" é outro destaque, com sua introdução acústica que evolui para um som mais pesado e atmosférico. As letras abordam temas sombrios e introspectivos, características comuns nas obras do Black Sabbath. Canções como "Virtual Death" e "Dying for Love" exploram temas de alienação e desespero, ressoando com a angústia existencial que permeia grande parte do catálogo da banda. Tony Martin se destaca com uma performance vocal sólida, demonstrando versatilidade e poder. Embora seu estilo seja diferente do Ozzy Osbourne, Martin traz uma energia própria às faixas, entregando vocais emocionantes e potentes. Geezer Butler no baixo e Bobby Rondinelli na bateria formam uma seção rítmica firme e competente, proporcionando uma base sólida para os riffs e solos de Iommi.
"Cross Purposes" recebeu críticas mistas na época de seu lançamento. Alguns críticos elogiaram a coesão e a energia do álbum, enquanto outros sentiram que ele não atingiu as alturas dos trabalhos clássicos do Black Sabbath. No entanto, a recepção dos fãs foi, em grande parte, positiva, com muitos apreciando o retorno ao som mais pesado e estruturado após o experimentalismo dos anos anteriores. Com performances vigorosas e composições cativantes, o álbum prova que, mesmo após várias décadas e mudanças de formação, o Black Sabbath ainda era capaz de produzir música relevante e impactante. Para os fãs de heavy metal e da banda, "Cross Purposes" é um grande disco e vale a pena ser revisitado, ele oferece uma visão única de um período de transição na longa carreira do Black Sabbath.
Durante a turnê deste álbum, foi gravado e lançado um pacote de CD e DVD ao vivo chamado "Cross Purposes – Live". Hoje em dia este CD é raro e mostra a banda tocando ao vivo em um registro único que coloca Gezzer e Martin juntos no palco.
O álbum inclui uma mistura de faixas do álbum "Cross Purposes" e clássicos do Black Sabbath. Faixas como "I Witness" e "Cross of Thorns" do álbum de estúdio são bem recebidas ao vivo, mostrando que a banda ainda era capaz de criar músicas relevantes e cativantes em sua fase mais tardia. No entanto, são os clássicos como "Black Sabbath", "Iron Man" e "Paranoid" que realmente se destacam, recebendo uma resposta entusiástica do público. Essas músicas emblemáticas são entregues com a intensidade esperada, mas às vezes a comparação inevitável com as performances originais pode não jogar a favor desta formação.
A produção do álbum é decente, mas não excepcional. A gravação ao vivo captura a energia do show, mas pode parecer um pouco crua em alguns momentos. Há uma certa rusticidade que pode agradar aos puristas do rock ao vivo, mas para os ouvintes que preferem uma produção mais polida, pode deixar a desejar. A mixagem é equilibrada, permitindo que cada instrumento seja ouvido claramente, embora a bateria possa parecer um pouco apagada em alguns momentos. Tony Martin tenta envolver o público entre as músicas, mas a resposta varia. Embora haja uma boa conexão em alguns momentos, a interação não é tão carismática ou envolvente quanto a de outros frontmen da história do Black Sabbath.
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