Metallica: Obedeça, obedeça e obedeça
Resenha - Master Of Puppets - Metallica
Por Lucas Vicenzo Mariano
Postado em 19 de março de 2024
Antes de Eddie Munson tocar aquele Riff: ("TAN, TAN TAN TAAAAAN"), no mundo invertido de Stranger Things, o Metallica já era gigante, mas ele ajudou a ser mais ainda.
Uma banda de Thrash Metal, vindo do underground, lançar um álbum, não fazer vídeo clipe (na época a MTV tinha relevância) e vender 8 milhões de álbuns, apenas com seus shows, e "boca a boca" do público, era algo a ser estudado. James Hetfield (Vocal e Guitarra), Lars Ulrich (Bateria), Cliff Burton (Baixo) e Kirk Hammett (Guitarra), chegaram ao auge criativo naquele momento.
Um álbum como esse, se você é jovem, com medo do mundo, e procura algo que se identifique, o efeito é irreversível.
"Battery", abre um com um violão, e logo vem a bomba de energia, capaz de fazer você sair chutando tudo, a letra descreve algo como energia inesgotável que temos, cada um com a sua. "Master of Puppets" vem em seguida, não preciso dizer nada, certo?. Ela fala com você que tem qualquer vicio, se não largar, já era. "Welcome Home (Sanitarium)", é um "boas-vindas" a um "hospício", um lugar onde o tempo não passa, a vida é monótona, todos entram, mas ninguém sai, parece mais um dia no seu trabalho, não é? "Disposable Heroes", é uma crítica ao exército, mas também a quem nasceu para só obedecer, você só será usado e descartado, como todos os outros, o refrão é certeiro. "Leper Messiah", é a realidade de como funciona a igreja "pague, e você conseguira um lugar melhor, ajoelhe agora, e sofra para minha glória" minha favorita do álbum, é um sincero "ABRE O OLHO, PORRA". "Damage, Inc", é só tiro, porrada e bomba, e se você até agora, não entendeu a mensagem, sinto muito.
Em setembro de 1986, o Metallica estava na Europa, tocando em ginásios lotados. Uma das noites seria trágica. Após um jogo de cartas, que decidiu quem ia ficar com a melhor cama do ônibus, Cliff Burton ganhou, e teve o maior azar da sua vida. No trajeto, o ônibus derrapou na neve e capotou, Cliff foi arremessado para fora, e o ônibus caiu em cima dele. ali partia um dos maiores baixistas da história, mas além disso, um dos caras com mais atitude e personalidade que já passou aqui, ele tinha só 24 anos. É um dos meus maiores ídolos, até hoje, uso dois anéis de caveira nos dedos todo dia, assim como Cliff usava, para me inspirar nele, e sua atitude de sempre ser você mesmo, e não se enganar com as armadilhas do mundo.
"Orion" a faixa instrumental do álbum, é última faixa que Cliff compôs com seus colegas.
Um marco, um clássico, para eternidade, o efeito causado em mim, foi mortal, quando preciso de um choque de realidade, sempre volto a ele. Metal faz bem e salva vidas, todo dia, bom, pelo menos a minha sim.
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