"Calling The Dogs" coloca o Citizen ao lado de nomes como Angel Du$t e Militarie Gun
Resenha - Calling The Dogs - Citizen
Por Patrick Raffael Comparoni
Postado em 29 de janeiro de 2024
Nota: 9 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
O pop-punk voltou aos holofotes com nomes como Machine Gun Kelly, que talvez só pioraram a reputação do estilo. O gênero, contudo, ganha contornos bastante interessantes nas mãos do Angel Du$t, cujo onipresente apelo pop se distancia do incômodo estereótipo consagrado pelo blink-182. "Life Under the Gun", álbum lançado em 2023 pelo Militarie Gun, acrescenta agressividade aos álbuns do Angel Du$t - a exemplo de seu ótimo "BRAND NEW SOUL", também de 2023 - em medida suficiente apenas para não associar o Militarie Gun ao pop-punk, mantendo, contudo, as duas bandas, Angel Du$t e Militarie Gun, realmente próximas.

"Calling the Dogs", que nos interessa aqui, foi lançado pelo Citizen também em 2023 e soa como uma ponte que pode aproximar ainda mais Angel Du$t e Militarie Gun. O Citizen, que lançou seu álbum de estreia há mais de 10 anos, é, acima de tudo, uma banda de indie rock, mas tem os pés atolados em subgêneros do punk rock.
O álbum inicia com "Headtrip", que, ao lado de faixas como "If You’re Lonely" e "Lay Low", funciona como ótimo argumento em favor da tal ponte. Porém, "Calling the Dogs" não é o pop-punk do Angel Du$t, nem uma obra do catálogo moderadamente mais agressivo do Militarie Gun.
"Can’t Take It Slow" e "Hyper Trophy" - duas das melhores faixas, com refrões deliciosos - revelam o Citizen como uma banda de indie rock que ecoa os hits alternativos "Underdog" e "Vlad The Impaler" lançados pelo Kasabian em "West Ryder Pauper Lunatic Asylum" há 15 anos. Com uma pegada dançante típica do indie rock, "Hyper Trophy" nos faz pensar que o Citizen teria conquistado o mainstream junto do Franz Ferdinand, se a faixa tivesse sido lançada uns 20 anos mais cedo.
Os elementos mais leves do álbum, que o deixam mais próximo do Angel Du$t, não provêm só do indie rock. Carregam, também, certa beleza e delicadeza que, em dosagem bem-vinda, parecem provir de um emo rock maduro de nomes como Mae e American Football.
Por outro lado, alguns momentos como "Dogs" - faixa cuja peculiaridade remete ao hit "The Hand That Feeds" do Nine Inch Nails - mostram a banda posicionada mais para os lados do Militarie Gun. Enquanto isso, "Needs" é outra excelente faixa a qual reforça a sensação de que a tal ponte foi construída buscando auxílio no Kasabian, e "Bad Company" nos recorda que alguma ajuda também vem do Franz Ferdinand.
Mais três músicas completam "Calling the Dogs", que não tem sequer uma faixa ruim. "Options" chama atenção por explorar mais intensamente as possibilidades dançantes do indie rock, mas "Takes One To Know One" encerra o álbum mostrando o Citizen apostando em uma simplicidade à lá Ramones em meio às opções do seu variado repertório.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Justin Hawkins (The Darkness) considera história do Iron Maiden mais relevante que a do Oasis
Show do System of a Down em São Paulo entre os maiores momentos do ano para revista inglesa
Ex-vocalista do Nazareth, Carl Sentance comenta saída
A farsa da falta de público: por que a indústria musical insiste em abandonar o Nordeste
Show do Slipknot no Resurrection Fest 2025 é disponibilizado online
A banda de rock nacional que nunca foi gigante: "Se foi grande, cadê meu Honda Civic?"
Iron Maiden bate Linkin Park entre turnês de rock mais lucrativas de 2025; veja o top 10
A música "complicada" do Pink Floyd que Nick Mason acha que ninguém dá valor
O músico que atropelou o Aerosmith no palco; "Ele acabou com a gente"
Max Cavalera afirma que Donald Trump o fez reativar o Nailbomb
O último grito na Fundição Progresso: Planet Hemp e o barulho que vira eternidade
Sleep Token ganha disco de ouro no Reino Unido com novo álbum
Novo álbum do Sleep Token é escolhido o pior do ano por tradicional jornal
Cinco músicos brasileiros que integram bandas gringas
O vocalista que o Black Sabbath deveria evitar, de acordo com Ozzy Osbourne

Edguy - O Retorno de "Rocket Ride" e a "The Singles" questionam - fim da linha ou fim da pausa?
Com muito peso e groove, Malevolence estreia no Brasil com seu novo disco
"Opus Mortis", do Outlaw, é um dos melhores discos de black metal lançados este ano
Antrvm: reivindicando sua posição de destaque no cenário nacional
"Fuck The System", último disco de inéditas do Exploited relançado no Brasil
Giant - A reafirmação grandiosa de um nome histórico do melodic rock
"Live And Electric", do veterano Diamond Head, é um discaço ao vivo
Slaves of Time - Um estoque de ideias insaturáveis.
Com seu segundo disco, The Damnnation vira nome referência do metal feminino nacional


