The Night Eternal: "Fatale" é um bom disco lançado por um promissor novo grupo
Resenha - Fatale - Night Eternal
Por Mário Pescada
Postado em 18 de agosto de 2023
Nota: 9 ![]()
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Já escrevi em outra resenha como que o ano de 2023 tem sido marcado por ótimos discos de bandas novas, muitas estreando, inclusive. Durante mais uma caçada por novidades, deparei com "Fatale" (2023), segundo disco do THE NIGHT ETERNAL, mais um bom registro desse ano.

Como é provável que você não conheça o grupo, assim como eu até alguns dias atrás, um breve resumo: o THE NIGHT ETERNAL é um quinteto alemão oriunda da cidade de Essen. Formado em 2018, lançaram em 2021 seu debut, "Moonlit Cross", e em julho desse ano, o disco em questão.
Pela sombria capa, imaginei que fosse algo na linha do doom/black metal, mas não. Caracterizar o som do grupo não é tão objetivo quanto foi com a apresentação, mas vamos lá: as guitarras carregam nos cavalares riffs algo do heavy metal/NWOBHM, suportadas por uma robusta cozinha, além da potente voz de Ricardo Baum, criando um ambiente levemente soturno. Ok, vou ser mais direto: é como se o envolvente som que o DANZIG fez nos seus dois primeiros discos (saudades dessa época gloriosa) tivesse um direcionamento mais voltado ao heavy metal 80s.
Falando em DANZIG, ao ouvir o vozeirão de Ricardo, logo lembrei do marcante vocal de Glenn Danzig: forte, mas ao mesmo tempo dramático, ele dá uma cara especial a cada faixa, porém, que fique claro: Ricardo não é uma cópia de Glenn, seu singular jeito de cantar e talento é que está na mesma pegada do invocado baixinho.
É bem provável que para fugir dessas costumeiras comparações o grupo tenha enfatizado em entrevista que "nossa tentativa é fazer a banda soar cada vez mais como nós mesmos. Ela deveria ser reconhecida por qualquer um, logo após alguns segundos de audição". Uma parada difícil para qualquer grupo dada a quantidade imensa de bandas em qualquer estilo hoje em dia, mas, para mim, os caras estão indo pelo caminho certo, ainda que, instrumentalmente tenham me remetido em alguns momentos a outro grupo, o finado IN SOLITUDE.
Contando com bons músicos, o disco foi muito favorecido pela mão do produtor/músico Marco Brinkmann (CRUEL FORCE, EVOKED, LUZIFER, VULTURE e outros) que deu um ar propositadamente abafado a gravação, um peso extra aos tons da bateria e reverbs aos vocais de Ricardo, criando um ambiente bem propício a aura de ocultismo do grupo. Meus destaques vão para as faixas "Prince Of Darkness", com seus riffs cavalgados; "Ionean Sea" e as duas guitarras alternando; "Run With The Wolves" que tem um andamento mais lento e mais voltado ao heavy clássico e a mais pesada do disco, "Prometheus Unbound".
Lançado pelo selo alemão Ván Records, especializado em black, doom e ocult rock, "Fatale" (2023) fatalmente (redundante, eu sei) não será lançado no Brasil, salvo se alguma boa alma resolver lançar por aqui esse ótimo disco.
Formação:
Jones Nühlen: baixo
Aleister Präkelt: bateria
Rob Richter: guitarra
Henry Käseberg: guitarra
Ricardo Baum: vocais
Faixas:
01 In Tartarus
02 Prince Of Darkness
03 We Praise Death
04 Ionean Sea
05 Stars Guide My Way
06 Run With The Wolves
07 Prometheus Unbound
08 The Requiem (instrumental)
09 Between The Worlds
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