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Gentle Giant: 50 anos da estreia de uma das bandas mais interessantes de rock progressivo

Resenha - Gentle Giant - Gentle Giant

Por Timoteo Fassoni
Postado em 19 de abril de 2020

Nota: 8 starstarstarstarstarstarstarstar

No meio do "bum!" progressivo do final dos anos 60 e início dos anos 70 surgiram bandas que são tidas como grandes referências para o estilo até os dias de hoje, como GENESIS, YES, KING CRIMSON, PINK FLOYD e JETHRO TULL. No meio disso tudo, surgiram também conjuntos menores (muitos tidos como "undergrounds"), como o GENTLE GIANT: um grupo cujo som buscava ter uma originalidade e elaboração fora do comum, de forma tal que, apesar de não terem feito muito sucesso na época, são considerados uma das melhores pérolas do gênero atualmente.

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O primeiro disco do Gigante completa 50 anos em novembro desse ano e acho válido relembrarmos a estreia de um dos grupos mais interessantes do rock progressivo. O álbum, homônimo à banda, não é um de seus melhores discos, mas, apesar disso, é realmente um trabalho impressionante. Isso é bem descrito por Anderson Frota numa matéria do site 'roadie-metal.com': "A grande maioria de suas músicas transitam naquela faixa entre quatro a seis minutos [...], o que, de certa forma, reforça a admiração que seu trabalho inspira, pela capacidade de conseguir, de forma tão natural, inserir tantos elementos dentro de uma composição concisa sem fazê-la parecer uma colcha de retalhos."

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E não só as linhas dos instrumentos são muito bem aliançadas como também há coesão entre os elementos líricos e musicais das canções, misturando harmonias vocais ora com guitarras pesadas, como em 'Nothing At The All', ora com riffs densos tocados por sintetizadores, guitarra e baixo, como em 'Alucard', sempre colaborando para algo que acrescenta muito à proposta lírica da canção. Acho que isso tem uma importância realmente grande. Num gênero musical onde muitas vezes os instrumentais são muito pomposos com pouca, ou mesmo nenhuma, relevância para o lirismo, uma banda que consegue ter uma elaboração instrumental tão própria e finamente ajustada, ao passo que a complexidade musical realmente acrescenta ao lírico, é, no mínimo, surpreendente.

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O disco abre com 'Giant', uma música carregada por um clima épico e pela anunciação de uma criatura de tamanho descomunal. A letra faz referência ao personagem 'Pantagruel', um gigante gentil; a banda aproveita a figura para se apresentar e anunciar sua própria chegada: "He is coming/ Hear him coming/ Are you ready/ For his being?/ See the Giant/ Feel the Giant/ Touch the Giant/ Hear the Giant." 'Funny Ways' vem de maneira mais lenta, numa composição mais acústica - quase um progressivo folk, se assemelhando um pouco à fase do 'Songs From The Wood' do TULL. A letra fala do fim de um relacionamento em que o eu lírico se propõe a investir numa vida despretensiosa por ter se visto preso à rotina que se tornou insuportável para ele.

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A terceira faixa, 'Alucard', é, na minha visão, o ponto mais alto do disco: um riff pesado de sintetizador, guitarra, baixo, metais e bateria abrem a música dum jeito que só o Gigante sabe fazer – veja 'Wreck', 'Prologue', 'The Boys In The Band', 'In a Glass House', 'Proclamation' e 'Free Hand' para mais alguns riffs tão marcantes assim ao longo da carreira da banda. Ademais, os vocais invertidos fazendo alusão ao nome da música e ao acontecimento relatado pela letra, um eu lírico prestes a ser mordido por Drácula, é simplesmente incrível.

Após a energética terceira faixa, novamente uma mais acústica e tranquila. 'Isn't it Quiet and Cold' trata de uma caminhada solitária nas ruas à procura de alguém para conversar na madrugada, quando todos já se retiraram para dormir. É uma faixa interessante, mas tem um brilho especial o violino de 'Ray' e o jeito que 'Phill' canta a faixa, encarnando sublimemente o sentimento que ela pede. 'Nothing At The All' começa como sua antecessora: calma e bem acústica; mas uma virada de bateria quebra essa serenidade, trazendo um riff pesado de guitarra, além de uma seção instrumental de piano e bateria mais à frente. A letra conta de uma mulher às margens de um rio, observando a paisagem em volta, mas se lamentando e lembrando de seu amor perdido, com quem terminou. "little girl who had everything finds/ She's nothing at all."

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'Why Not?' completa as reflexões sobre relacionamentos do disco, usando de um riff agressivo da guitarra bem distorcida de Gary acompanha de um vocal em conjunto da banda para questionar sobre por que não refletir sobre o relacionamento terminado. Vale falar que o fim da faixa é com certeza um dos pontos mais altos de todo o disco: um solo nervoso, distorcido e rasgado de Green finaliza de forma inesquecível essa faixa. Para fechar, 'The Queen'. Um comentário de 'Joey Kelley', crítico do site 'progarchives.com', descreve bem o que essa música me parece ser: "The Queen is a lame track, which I'm sure some considered fairly neat at the time (modernizing of political songs trend), but it really adds nothing to the work, other than some more time to the record."

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Esse é, de fato, um bom disco para se ouvir. Ele serve como uma prévia para os próximos trabalhos do Gigante, sendo todos os 6 próximos discos considerados como essenciais para o Rock Progressivo. Claro, é importante falar que não é de fácil escuta – bem como os outros álbuns da banda; exige atenção e mais de uma ouvida para realmente aproveitar o trabalho dela. Mas uma coisa é certa: para aqueles que se permitem viajar e curtir o som denso e detalhado deles, temos um grande tesouro sonoro aqui.

Para acabar, deixo logo a baixo a história contida no encarte do disco, escrita por 'Tony Visconti', produtor da banda durante 1970 e 71, contando de maneira fantasiosa o surgimento do conjunto – agradeço à minha amiga Morgana por ter traduzido o conto de forma excepcional. O texto em inglês pode ser lido no site da banda, cujo link se encontra no fim, junto às outras fontes.

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"Estória Elevada – 'A Tall Tale' no original;

O Gigante observou as longas sombras e decidiu retirar-se para o pomar de maçãs durante o dia. Ele espreguiçou, deu quarenta passos e cobriu o quarto de milha até a boca de sua caverna. Sentou-se e puxou de um jarro de duzentos galões uma cortiça de cheiro doce. Scrumpy *(1) foi o que ele derramou em uma caneca com a mesma capacidade de uma banheira.

Ao passo que emborcava a bebida, percebeu que havia algo estranho no ar, agitando a serenidade do condado rural de Somerset. Ele lentamente ergueu-se em toda sua altura e sussurrou: "Ah, há um bom som flutuando no vento leste. Eu acho que vou investigar."

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Você precisa entender que o Gigante não sai muito, exceto quando vê sua namorada (ela é a filha de Gargântua*(2)) na França de vez em quando - duas vezes por século!

Agora ele tinha outra boa desculpa para quebrar a rotina de seu trabalho no pomar.

Ele viajou apressadamente através da noite, evitando cuidadosamente áreas povoadas. Quando chegou à planície de Salisbury, decidiu ver se seu anel de pedra*(3) ainda estava de pé. Ele o fez quando menino, apenas por diversão. Quando ele se aproximou, dois jovens de cabelos compridos, sentados contra uma laje, ergueram os olhos. Um deles disse, "Cara, essa aqui é boa. Eu acabei de alucinar com um grande, bizarro gigante por lá."

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O outro disse, "Bizarro, cara, eu vejo ele também."

Eles ficaram imóveis por alguns momentos, e então o gigante virou-se e continuou sua busca em direção ao sul. Quando ele estava fora de vista, o primeiro sussurrou de olhos arregalados: "Isso é demais, cara, a gente tendo a mesma alucinação". O outro jovem havia desmaiado.

Com certeza, o som vinha do caminho de Portsmouth*(4). Para deleite do Gigante, veio de uma cabana no campo, longe do centro da cidade. Lá dentro, seis músicos dedicados estavam tocando uma versão de 'Why Not?' a mil watts - é o suficiente para rasgar o topo da cabeça de alguém. De todos, exceto os gigantes. - Ele apenas deitou de bruços, descansou a cabeça nos braços cruzados e aproximou uma orelha de cada janela aberta para ouvir bem.

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A banda parou depois de três horas e Ray disse a Kerry: "Vamos sair e desenterrar as estrelas". Eles abriram a porta da frente e quase subiram pelas narinas do gigante. Saltaram de volta para dentro, tremendo, e ambos disseram ao mesmo tempo: "Tem um enorme rosto lá fora, é enorme, é enorme - oh!"

Os outros notaram imediatamente que algo estava errado, então todos saíram para dar uma olhada. Eles viram a cabeça de um grande gigante dormindo em paz. Phil estava à frente do grupo. Virou-se e disse: "Gary, você batizou nosso chá de novo?"

Só então o gigante abriu os olhos. "Haveriam de ser os meninos que 'tavam fazendo aquele som bom?"

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Martin, ao mesmo tempo que tranquilizou-se pelo sotaque amigável, respondeu: "Sim, éramos nós. Sinto muito se fizemos muito barulho. Veja bem, nós nos mudamos para cá para não incomodar ninguém e -"

"Incomodar alguém? Mas essa é a música mais gentil que eu já ouvi, afora as trovoadas."

Não será preciso dizer que todos se deram muito bem depois que o Gigante disse isso. Frank, o 'roadie', moveu os instrumentos para fora e eles tocaram o resto da noite para ele. Em algum lugar de Portsmouth, um sismógrafo registrou um leve terremoto quando o Gigante dançava.

De manhã, fui de Londres em direção sul com o 'manager' do grupo, Gerry, e meu amigo George, o artista. Dirigimos até a parte de trás da cabana e ficamos boquiabertos com o grupo deitado na grama ouvindo histórias do passado distante do Gigante. Derek correu até nós quando o carro deu ré e nos mandou parar. Ele explicou tudo e logo estávamos ouvindo as coisas incríveis que o Gigante tinha a dizer.

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Antes que o Gigante partisse, foi sugerido que ele posasse para uma foto com o grupo. Não importa como eu angulasse minha polaroid, eu simplesmente não conseguia colocar todos na foto. Eu tenho algumas fotos de seis caras e uma bota grande, seis caras, um olho grande e parte de um nariz grande: mas eu não conseguia tirar uma foto decente do Gigante e da banda juntos. George teve mais sucesso. O Gigante o colocou no topo de uma árvore alta e em quinze minutos George fez um esboço.

Bem, aí está. A história do Gigante Gentil. Você pode achar fantástica, mas a música também é."

Nota do tradutor:
*(1) espécie de cidra forte originária do oeste da Inglaterra;
*(2) personagem de uma série de romances francesa escrita no século XVI por François Rabelais, que fala das aventuras de dois gigantes, Gargântua e seu filho, Pantagruel;
*(3) referência ao santuário de Stonehenge, um dos principais monumentos arquitetônicos do período Neolítico, localizado na planície de Salisbury, no condado de Wiltshire, próximo a Londres, na Inglaterra. A falta de documentação e vestígios arqueológicos impede, até hoje, conhecimento aprofundado sobre a origem do santuário, bem como as funções desempenhadas por ele ao longo de sua existência, levando à criação de uma série de teorias e especulações, algumas delas míticas. No texto, é sugerido, de forma cômica, que foi o Gigante quem o construiu;
*(4) cidade portuária do condado de Hampshire, na Inglaterra, localizada no sul do país. É onde nasceu Ray Shulman, um dos criadores da banda Gentle Giant.

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Line-up / Músicos:
- Derek Shulman / vocais principais (1,2,3,5,6) & backing vocals, baixo (4)
- Gary Green / guitarras principais, violão de 12 cordas (2,4)
- Kerry Minnear / Hammond, Minimoog, Mellotron, pianos eléctricos, acústicos & honky-tonk, tímpano, xylophone, vibraphone, cello, baixo, vocais principais (3,6) & backing vocals
- Phil Shulman / saxes alto & tenor, trompete, vocais principais (2,3,4,5) & backing vocals
- Ray Shulman / baixo, violino (2,4), guitarra elétrica (5-7) & acústica (5), trianglo (2), backing vocals
- Martin Smith / bateria, percussão
Com:
- Paul Cosh / trompa tenor (1)
- Clare Deniz / cello (4)

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Músicas/ Track list:
1. Giant (6:22)
2. Funny Ways (4:21)
3. Alucard (6:00)
4. Isn't It Quiet And Cold? (3:51)
5. Nothing At All (9:08)
6. Why Not (5:31)
7. The Queen (1:40)

Fontes:

1) Site do Gentle Giant
https://www.blazemonger.com/GG/Gentle_Giant_(album)#Music_files

2) Prog resenhas
http://progresenhas.blogspot.com/2011/12/gentle-giant.html

3) Mofo
http://www.beatrix.pro.br/mofo/gentle.htm

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4) BeProg
https://beprogrock.com/radiografia-de-um-classico-gentle-giant-three-friends-1972/

5) Roadie Metal
http://roadie-metal.com/resenha-gentle-giant-gentle-giant-1970/

6) ProgArchives
http://www.progarchives.com/album.asp?id=1144

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