Jack the Joker: Engenhosidade, versatilidade e sensibilidade
Resenha - Mors Volta - Jack the Joker
Por Ricardo Cunha
Postado em 23 de fevereiro de 2020
Nota: 10 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
A BANDA
Fundada na cidade de Fortaleza/BRA em meados de 2012, a banda faz uma música moderna, vibrante e elaborada. Depois de lançar dois álbuns completos, a banda chamou a atenção em todo o mundo ao figurar em playlists do Spotify, que tem sido bastante tocada em países da América do Norte, Europa e América do Sul. Destacando-se em sua terra natal, a banda fez vários shows importantes como open-act para Nightwish, Soufly, Noturnall, André Matos e muitos outros. Também se apresentou em festivais como Garage Sounds e Forcaos. Em 2018, após o lançamento de Mors Volta, a banda passou por uma mudança de formação e agora conta com o baixista Ray Ângelo. A banda está na ativa e continua trabalhando com vistas a expandir seu alcance para o máximo de lugares possíveis.
O ÁLBUM
Quando se ouve uma banda – principalmente quando ela é da sua cidade – tende-se a compará-la com as similares no topo. E não há mal em comparar! Porém, há grande risco de comparar coisas que estão em planos diferentes e forçar uma situação que não serve a propósito algum. Nossa proposta, no entanto, é justamente a de enaltecer o esforço da banda neste disco. Dentre as similares, os nomes que mais apareceram noutras resenhas foram Dream Theater, Symphony X, e até Mastodon. Particularmente, citaria Circus Máximus e, talvez, Meshuggah, mas isso não vem ao caso já que, em todo caso, entendemos que a música aqui presente tem méritos para ser ouvida e reconhecida no mundo todo. Para este que vos escreve os músicos aprenderam com suas influências e transformaram esse conhecimento em algo – não diria novo, mas – com cara própria. Eles fizeram algo simplesmente surpreendente em relação as demais bandas nacionais. E isso fica claro durante a audição de Mors Volta: 1) a faixa de abertura, Volte Face, define o clima presente em todo o álbum: as guitarras são dinâmicas, a bateria lembra passagens marcantes de artistas famosos cujos nomes podem variar de acordo com a experiência de cada um. Os vocais também se destacam; 2) Black Karma Rider já tem um toque de heavy metal mais clássico, só que é moderna e pesada; 3) Brutal Behavior tem muitos elementos de groove e jazz. Ela é seguramente um dos destaques do disco; 4) Lady of Dunes lembra muito a Circus Maximus e Dream Theater, que devem ser influências difíceis de se desvencilhar, mas a música é tão boa que mais parece um plus em relação àquela feita pelos ídolos; 5) Venus & Mars é a última música do álbum e tem quase 25 minutos de duração. Com esta composição a banda se põe em pé de igualdade com os grandes. Complexa e melódica, com passagens acústicas e arranjos elaborados com flautas, clarinetes e piano. Os vocais só aparecem aos 4:50, contribuindo para a grandiosidade da canção. Nenhum instrumento parece deslocado, tudo se mistura e faz sentido. É uma viagem insólita que se constrói a cada momento da audição. O álbum em sua totalidade é prova incontestável do talento dos músicos.
Por fim, a formação que gravou o álbum conta com Lucas Arruda (baixo), Vicente Ferreira (bateria), Felipe Facó (guitarra), Lucas Colares (guitarra) e Rafael Joer (vocal).
O QUE TEM DE BOM
1) A produção de Adair Daufembach pode ser situada como algo entre o ótimo e o excelente; 2) As composições são matematicamente perfeitas; e 3) Há vida pulsando em todas as canções.
O QUE PODERIA SER MELHOR
A única coisa que, na minha vasta ignorância poderia mencionar seriam os excessos do estilo. No entanto, sendo estes, a tônica do mesmo, 1) não vejo como poderia ser melhor!
Outras resenhas de Mors Volta - Jack the Joker
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



As 5 melhores bandas de rock dos últimos 25 anos, segundo André Barcinski
Nicko McBrain admite decepção com Iron Maiden por data do anúncio de Simon Dawson
Os três álbuns mais essenciais da história, segundo Dave Grohl
A única banda de rock progressivo que The Edge, do U2, diz que curtia
O guitarrista consagrado que Robert Fripp disse ser banal e péssimo ao vivo
Não é "Stairway" o hino que define o "Led Zeppelin IV", segundo Robert Plant
Como Angra trocou Toninho Pirani por Monika Cavalera, segundo Rafael Bittencourt
Mat Sinner anuncia que o Sinner encerrará atividades em 2026
A opinião de Tobias Sammet sobre a proliferação de tributos a Andre Matos no Brasil
Por que Andreas Kisser e sua esposa perderam muito dinheiro no fim dos anos 1990?
A música que ficou guardada por uma década e acabou virando um grande clássico de Steve Vai
Site aponta 3 desconhecidos supergrupos dos anos 1970 com membros famosos
A melhor banda de rock nacional da história, segundo Ricardo Feghali (Roupa Nova)
O guitarrista que Mick Jagger elogiou, e depois se arrependeu
Trio punk feminino Agravo estreia muito bem em seu EP "Persona Non Grata"
Svnth - Uma viagem diametral por extremos musicais e seus intermédios
Em "Chosen", Glenn Hughes anota outro bom disco no currículo e dá aula de hard rock
Ànv (Eluveitie) - Entre a tradição celta e o metal moderno
Scorpions - A humanidade em contagem regressiva
Soulfly: a chama ainda queima
Os 50 anos de "Journey To The Centre of The Earth", de Rick Wakeman


