Krisiun: Nadando firmemente contra a correnteza
Resenha - Apocalyptic Revelation - Krisiun
Por Ricardo Cunha
Postado em 16 de outubro de 2019
Nota: 9
Krisiun foi fundado no ano de 1990 na cidade de Ijuí /RS. O nome da banda, como informamos na resenha sobre o álbum Scourge Of The Enthroned, se deve a um mar descoberto na lua, ao qual chamaram de Mare Crisium. Então, os Reis da Matança adaptaram para nomear sua banda. O grupo aparece como um dos precursores do brutal death metal mundial, sendo também, um dos maiores expoentes da música extrema do Brasil para o mundo.
Apocalyptic Revelation é o segundo álbum de estúdio dos gaúchos, é, para este que vos escreve um dos discos de death metal tradicional mais intensos de todos os tempos. O trampo não trás inovação para a música extrema. Ao contrário, aqui o termo é rechaçado! O que os caras oferecem é brutalidade e técnica elevadas à enésima potência. E eles extrapolam! Tanto que justamente por esse motivo não levam o 10 que o álbum certamente atingiria. Mas, dentro da sua proposta musical, este ponto torna-se irrelevante. Tal como seu antecessor, Black Force Domain, parece improvável que este decepcione qualquer fã do gênero, para quem o Krisiun é uma banda do mais alto escalão.
Os artistas sempre nadaram firmemente contra a correnteza e, provavelmente por isso, nenhuma outra banda no mundo parece capaz de superá-los em relação à velocidade e à fúria com as quais executam suas músicas. Por falar em executar, não há termo melhor para definir o que os músicos fazem neste disco. Fato: os irmãos Max, Alex e Moyses são tecnicamente bons demais para serem ignorados e mesmo que você não seja fã do estilo, se ouvir atentamente verá que, apesar de toda a brutalidade, fazem um trabalho extremamente competente. Os destaques do disco para mim são: 1) March of the Black Hordes (instrumental), 2) Kings Of Killing,3) Vengeance's Revelation e 4) Rises From Black.
O álbum foi originalmente gravado na Alemanha em 1998 e produzido por Harrys Johns, que já trabalhou com bandas como Kreator, Sodom e Tankard. A arte da capa foi concebida por F. Sasaki e Rajnaik. Posteriormente, em 2013, o disco foi relançado com os covers de Silent Screan (Slayer) e Unholy Blasphemies (Morbid Angel) e outros bônus.
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