Mushroomhead: A estreia do vocalista Waylon Reaves em 2006
Resenha - Savior Sorrow - Mushroomhead
Por Marcio Machado
Postado em 05 de junho de 2019
Nota: 6 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Três anos após seu último lançamento, algumas atribulações e incertezas, o Mushroomhead lançava finalmente seu novo álbum em 2006, o intitulado "Savior Sorrow", que trazia algumas pequenas mudanças na linha musical e principalmente, se trata da estreia do vocalista Waylon Reaves, que substituiu J-Mann que deixou a banda em 2004 por algumas desavenças e principalmente pela questão da grave situação de saúde do pai, com o qual queria estar presente nesses dias.
O álbum começou a ser composto em 2005 e um ano após, ele finalmente chegou aos ouvintes com sua nova formação e agora vamos ao que interessa de fato, suas músicas.
A abertura fica por conta de "12 Hundred", uma faixa um tanto pesada e rápida, e traz de cara uma mudança, Waylon abre a canção com vocais limpos, e seu companheiro de empreitada Jeffrey Nothing é quem faz as honrarias nos "berros", e somente no segundo verso é que o novato mostra o que sabe fazer, e faz muito bem. Seu vocal é bastante forte e cheio de presença, se assemelha em vários momentos a de seu antecessor, mas com particularidades. A faixa tem andamento cadenciado e uma ponte em sua metade bastante harmônica e rápida. Muito bom começo.
Continuando, a segunda é a faixa título, "Savior Sorrow" começa com uma sonoridade bastante branda e pode causar algum estranhamento. Quem abre as vozes de novo é Waylon e o faz num vocal bem limpo e voz mansa. Logo ela ganha andamento e as coisas se normalizam com berros e o groove. Vale ressaltar aqui a levada do baterista Skinny, que apesar de nada mirabolantes, fazem um bom papel em levar tudo a frente.
"Damage Done" já abre pesada e com alguns elementos eletrônicos característicos da banda. Seu estilo em loop acaba por tornar as coisas um tanto repetitiva e a faixa não apresenta muita coisa, apesar de ainda boa e de uma piração sem tamanho e aqui Waylon mostra que realmente sabe gritar.
Pra tentar abrandar um pouco o tema caótico da anterior, "Save Us" leva um bom tempo até de fato engrenar. Seu começo é lento, arrastado e tem refrão grudento não muito inspirado, só em sua segunda metade as coisas parecem andar, mas as coisas acabam por saírem meio tarde e acaba sem apresentar muito ao ouvinte.
"Tattoo" coloca as coisas em ordem de vez, começa direta e sem tempo pra respirar. Pesada, groovada e cheia de fúria nos vocais. É o que de fato se espera de uma faixa do Mushroomhead, o bate cabeça aqui é certo. E de novo vale o destaque das dobras de pedais que Skinny usa em sua metade na parte mais pesada da canção. Uma das melhores aqui.
"Erase the Doubt" também é uma boa canção que dá as caras, tem algumas partes paradas que cansam de certo modo, mas ainda assim vale demais sua conferida. Só se torna meio cansativa devido a sua repetição, parece que não saímos do lugar desde o começo até o final.
De volta a bagunça típica da banda e que todos esperam, está "Burn" que é cheia de berros de Waylon, e acompanhada de um vocal mais pegajoso entoado por Jeffrey, é a velha dobra que se fez famosa no Mushroomhead, carregada por um sintetizador no talo que dá o clima da canção. Também entra na fila das melhores.
"Just Pretending" começa acanhada para depois cair num verso que é bastante melódico, e assim se segue alternando entre vozes mais brandas e horas gritadas. Ainda assim com a fórmula de outras, essa é uma boa faixa que se usa desses artifícios.
Continuando o lado morno das coisas, "The Need" tem umas passagens legais de baixo aqui e acolá, alguns arranjos de vozes bacanas e uns grooves bem feitos, mas não chega a espantar ou impactar durante seus minutos. Meio que entra e sai sem sair do lugar.
Já próximo de seu fim, as coisas parecem ficarem mais agua com açúcar daqui por diante. "Cut Me" é um vai e vem de notas e tempos e não mostra muito direcionamento em seu andamento. "The Fallen" apesar de passagens um tanto pesadas e bem embaladas, sofre do mesmo mal, se repete e repete até acabar.
"Embrace the Ending" encerra o disco com um breve interlúdio que não acrescenta muita coisa no que foi ouvido até aqui. Entra mudo e sai calado e assim acaba "Savior Sorrow".
No mexer dos ovos, o disco apresentar além de seu novo vocalista uma ou outra coisa nova por aqui e por ali, mas nada que mude de fato a audição de quem não esteja familiarizado com a banda (e talvez até de quem esteja). As coisas parecem ainda sofrerem de uma breve falta de criatividade e com o agravante de muitas vezes, "abrandarem" seu som ou apelarem para efeitos. Bom, porém falta simpatia.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O primeiro tecladista estrela do rock nacional: "A Gloria Pires ficou encantada"
Axl Rose ouviu pedido de faixa "esquecida" no show de Floripa e contou história no microfone
A melhor música dos Beatles, segundo o Ultimate Classic Rock
A banda desconhecida que influenciou o metal moderno e só lançou dois discos
Nicko McBrain revela se vai tocar bateria no próximo álbum do Iron Maiden
Documentário de Paul McCartney, "Man on the Run" estreia no streaming em breve
Slash quebra silêncio sobre surto de Axl Rose em Buenos Aires e defende baterista
O convite era só para Slash e Duff, mas virou uma homenagem do Guns N' Roses ao Sabbath e Ozzy
"Um cantor muito bom"; o vocalista grunge que James Hetfield queria emular
Regis Tadeu explica por que não vai ao show do AC/DC no Brasil: "Eu estou fora"
Organização confirma data do Monsters of Rock Brasil 2026
Janela de transferências do metal: A epopeia do Trivium em busca de um novo baterista
Os 11 melhores discos de rock progressivo dos anos 1970, segundo a Loudwire
O que realmente fez Bill Ward sair do Black Sabbath após "Heaven & Hell", segundo Dio
"Suas calças fediam"; Linda Ronstadt diz que The Doors foi destruída por Jim Morrison
Wacken nunca acontecerá no Brasil por causa de condição bizarra imposta por donos
"Sou um depressivo crônico desde 2010", diz Marko Hietala, ex-baixista do Nightwish
A crítica de Raul Seixas ao rock brasileiro anos 80: "Pegam baixo e ficam dando uma nota só"

Quando o Megadeth deixou o thrash metal de lado e assumiu um risco muito alto
"Hollywood Vampires", o clássico esquecido, mas indispensável, do L.A. Guns
"Hall Of Gods" celebra os deuses da música em um álbum épico e inovador
Nirvana - 32 anos de "In Utero"
Perfect Plan - "Heart Of a Lion" é a força do AOR em sua melhor forma
Pink Floyd: O álbum que revolucionou a música ocidental



