Bellini: revisitando um lado esquecido do rock nacional oitentista
Resenha - Bellini Rock - Bellini
Por Victor de Andrade Lopes
Postado em 23 de outubro de 2018
Nota: 7 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Após passar todo o século XXI atuando em discos diversos de bandas variadas do estado de São Paulo, o músico são-carlense Bellini decidiu em 2017 fazer seu primeiro lançamento solo.
Com formação enxuta, Bellini Rock vê o artista focando na voz e na bateria, suas atuações costumeiras, enquanto que E.Damm comanda quase todo o resto e alguns convidados dão contribuições pontuais.
Em sua estreia solo, Bellini resgata um lado do rock oitentista brasileiro que tem sido esquecido pelos grupos nacionais em atividade hoje: um som mais descompromissado e inocente, com uma levada urbana, cheia de letras sobre amor e sentimentos, só que escritas de modo a não ficarem apenas uma sequência de melosidades entediantes.
Em outras palavras, podemos dizer que Bellini faz praticamente uma grande homenagem sonora ao Ira!, o principal nome deste tipo específico de rock no Brasil, embora o Barão Vermelho e a Legião Urbana não fiquem muito atrás. E isso não acontece por acaso, uma vez que o músico costuma ser contratado para shows cujo repertório presta homenagem justamente às bandas daquela época.
Mas o som não é desprovido de identidade. Nem deixa de ter seus momentos mais agressivos, como "Meu Bem" e "Queria Bem Mais" (esta última com leves temperos de Brian May); baladas mais monótonas, como "Como Ser Sincero"; e faixas mais aceleradas, como "Sonho", um dos destaques, especialmente pela participação de Fred Nascimento na gaita e no violão.
Ainda que Bellini Rock não traga o tal do "fator 'uau!'", o disco carrega qualidade suficiente para colocar o músico paulista num patamar que nos permite esperar por algo ainda melhor no futuro, numa era em que um número significativo de artistas se mostra disposta a revisitar o rock de trinta anos atrás.
Abaixo, o clipe de "Quase Sempre Disfarço":
Track-list:
1. "O Que Aconteceu Aqui"
2. "A Rua e a Lua"
3. "Não"
4. "Quase Sempre Disfarço"
5. "Meu Bem"
6. "Seguir"
7. "Como Ser Sincero"
8. "Musica!"
9. "Sonho"
10. "Queria Bem Mais"
Fonte: Sinfonia de Ideias
http://bit.ly/bellinirock
Outras resenhas de Bellini Rock - Bellini
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A música lançada há 25 anos que previu nossa relação doentia com a tecnologia
O melhor baterista de todos os tempos, segundo o lendário Jeff Beck
Jon busca inspiração no Metallica para shows de reunião do Bon Jovi
A banda com quem Ronnie James Dio jamais tocaria de novo; "não fazia mais sentido pra mim"
Tuomas Holopainen explica o real (e sombrio) significado de "Nemo", clássico do Nightwish
A única música do Pink Floyd com os cinco integrantes da formação clássica
Os álbuns esquecidos dos anos 90 que soam melhores agora
Ingressos do AC/DC em São Paulo variam de R$675 a R$1.590; confira os preços
A melhor música que Bruce Dickinson já escreveu, segundo o próprio
As músicas que o AC/DC deve tocar no Brasil, segundo histórico dos shows recentes
Show do AC/DC no Brasil não terá Pista Premium; confira possíveis preços
O solo que Jimmy Page chamou de "nota 12", pois era "mais que perfeito"
O hino do metal moderno cuja introdução nasceu de forma "telepática"
Gus G explica por que Ozzy ignorava fase com Jake E. Lee na guitarra
Quando Lemmy destruiu uma mesa de som de 2 milhões de dólares com um cheeseburguer
Os 5 melhores guitarristas da história, segundo Regis Tadeu
Top 5 Metallica: About.com elege os cinco melhores álbuns
Regis Tadeu e o cantor que é "antítese do popstar" e fez mais sucesso solo que em banda


Svnth - Uma viagem diametral por extremos musicais e seus intermédios
Em "Chosen", Glenn Hughes anota outro bom disco no currículo e dá aula de hard rock
Ànv (Eluveitie) - Entre a tradição celta e o metal moderno
Scorpions - A humanidade em contagem regressiva
Soulfly: a chama ainda queima
Quando o Megadeth deixou o thrash metal de lado e assumiu um risco muito alto



