Matérias Mais Lidas


Summer Breeze 2024
Bruce Dickinson

Cracked Skull: Falando de luta de classes e não do capeta

Resenha - Social Disruption - Cracked Skull

Por Willba Dissidente
Postado em 09 de maio de 2018

Nota: 8 starstarstarstarstarstarstarstar

Um grupo jovem formado por ex-membros do CALVARY DEATH e do DEADLINESS, o CRACKED SKULL é uma banda que começou e em pouco tempo, sem demo ou ep, já lançou debut "Social Disruption". A nova empreitada de velhos guerreiros do metal em Itaúna em Minas Gerais, esse power trio faz um death metal inovador que não foge da tradição e traz letras de críticas sociais tão contundentes que fazem "Que país é esse" soar tão inocente quanto "Ilariê". Que tal rachar seu crânio no jazz metal bruto de contestação social?

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 1

Um velho fantasma assombra a comunidade do heavy metal. O socialismo? Não! E assim aquela caótica pergunta se ainda seria possível criar algo de novo no som pesado sem soar apelativo, comercial e tão descartável quanto o "hit do verão". Juntando influências no Thrash do NUCLEAR ASSAULT, no peso bruto de KRISIUM e na inventividade do DEATH (o dos anos oitenta, nesse caso), o CRACKED SKULL faz Death Metal com mudanças de tempo e andamento junto à convenções inusitadas na seção rítmica. Inusitadas para o Metal, mas que seriam comuns à big bands de jazz. Em termos práticos é seguro de dizer que esses três rapazes de Itaúna por vezes soam como se estivessem sendo declaradas poesias sobre as injustiças sociais em bases pesadas com vocal gutural e, essas partes, não repetindo muito.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 2

São muitas possibilidades que o som assim permite e o CRACKED SKULL está disposto à explorá-las. Logo após a intro "Forge the Fury", canção "Dark 1964" já abre estapeando os ouvidos do bangers que estavam se interessando pelo desenvolvimento da introdução. Aqui já vemos nas letras que abordam o Golpe de Estado sofrido pelo Brasil em 1964 como obra do imperialismo yankee uma marca distintiva do trio. "Rise Up Revolution", um dos destaques do disco só reforça o quanto é o conjunto e também que além dos crânios, os tempos estão todos quebrados.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 3

O CRACKED SKULL é para ouvintes que querem ter de ouvir muito o disco para assimilar as músicas. Quem quer ouvir uma vez e já sair cantarolando sairá mal com o grupo. Mesmo "A Flame in The Dark Ages", que tem o refrão mais massa da bolachinha, mas tem o tempo mais "convencional", não escapa à regra. Tema com a maior duração do disco "Misery of Mind", não tem pobreza de espírito criativo, começando numa balada que vai mudando constantemente de tempo. Uma outra característica da banda é que os solos de guitarra, normalmente, são curtos, mas a guitarra sola o tempo todo em leads curtos nos espacinhos, enchendo fissuras, durante as convenções de baixo e bateria. Numa passeata de bons riffs, a pesada "Fascism" inicia bem metal e parte para o peso do groove. Uma dúvida que surge durante a audição do disco é porque tanto ódio às serpentes? Elas são associadas ao capitalismo, ao povo sendo ludibriado pela burguesia, ao fascismo emergindo em períodos revolucionários durante as letras da banda. E vale lembrar que no belíssimo encarte de doze páginas é todo desenhado à mão, não por computador e cada pagina a arte criada reflete a letra da música como o "Victim of Yourself" do NERVOSA. E na página dedicada a "Fascim", quem está ilustrada? A serpente!

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 4

Dando prosseguimento, "Selfish Gene" é a música mais caótica no pandemonim de riffs, viradas e fraseados que é o CRACKED SKULL. "Time of Ignorance" já é mais repetitiva na letra e o instrumental também é menos fracionado soando mais como um prog-metal mais vitaminado e bombado do que como um Death Metal, mas sem chegar a destoar do contexto. O encerramento é com "Terrorism", que crítica a paranoia que governos, como os do EUA, usam para justificar a guerra imperialista por lucro. É uma outra visão sobre o tema que aparece tanto nos jornais e revistas burgueses só que com sinais invertidos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 5

Encerrando o disco é digna de nota a foto do trio com diversos crânios estranhos. Além de um estranhamente rachado, há supostamente o ET de Varginha e também o mostro tricórnio do episódio 34 do SPECTREMAN.

Finalizando, nas palavras do baixista e vocalista Clênio "teria sido muito mais fácil fazer, mais simples e também falar de coisas que não existem e contos do capeta, mas história da humanidade, que não é outra senão a história da luta de classes é mais brutal e sangrenta e assustadora" que qualquer conto satânico". É seguro dizer, tanto como a quase toda riqueza se faz por herança, que o CRACKED SKULL rachará os crânios dos headbangers pelo som bruto e destrutivo como também por apresentas nova ideias violentas contra a opressão e dominação que existe desde que a bonança gerada pela produção foi apartada daqueles que à produzem.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 6

Quem quiser adquirir "Social Disruption", debut do CRACKED SKULL deverá contatar o conjunto nos sites oficial e pelo facebook (link no final).

CRACKED SKULL:
Clênio de Souza Faria (ex - DEADLINESS) - Vocal e baixo.
Tarciso Guimarães (ex- CALVARY DEATH) - guitarra.
Marco Túlio (ex- CALVARY DEATH, ex- TUMÚLO DE FERRO, ex- HEADHUNTER D.C.) - bateria

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - WHIP
Divulgue sua banda de Rock ou Heavy Metal

Discografia:
Social Disruption (Full Length, 2017, cd).

Social Disruption - 41'18'' - 2017 - Nacional - Independente.

01 . Intro - Forge the Fury (01:01)
02 . Dark 1964 (04:23)
03 . Rise Up Revolution (05:38)
04 . A Flame in the Dark Ages (04:44)
05 . Misery of Mind (07:02)
06 . Fascism (05:22)
07 . Selfish Gene (06:50)
08 . Time of Ignorance (02:54)
09 . Terrorism (03:22)

Site:
http://crackedskull.com.br/

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - WHIP
publicidadeAdriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Luan Lima | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |

Outras resenhas de Social Disruption - Cracked Skull

Cracked Skull: Levante contra a besta fascista e porradaria

Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Siga e receba novidades do Whiplash.Net:

Novidades por WhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


Jethro Tull
Stamp

Grave Digger: Ceifando a vida dos incrédulos da Terra Santa

Resenha - Aurora do Triunfo Herétiko - Sevo

Resenha - Black Bible - Judas Iscariotes

Resenha - Master Executor - Warfield

Resenha - Ocean - Holdark

Resenha - SupremeInstinctNumb - Malice Garden

Varathron: A hegemonia do caos

Resenha do álbum "Eu Sou a Derrota", da banda Sangue de Bode

Resenha - Gates Of Metal Fried Chicken Of Death - Massacration

Guns N' Roses: Resenha de "Chinese Democracy" na Rolling Stone

Dream Theater: Falling Into Infinity é um álbum injustiçado?

Pink Floyd: The Wall, análise e curiosidades sobre o filme


publicidadeAdriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Luan Lima | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Willba Dissidente

Willba Dissidente é fã das bandas de hard rock dos anos 70 e 80 e de metal oitentista dos mais variados países. Quem quiser saber mais deve acessar seu canal no youtube. Obrigado! Stay Hard (True As Steel)!
Mais matérias de Willba Dissidente.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIAR NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS