Wendy O. Williams: O trabalho definitivo de uma artista autêntica
Resenha - Kommander of Kaos - Wendy O. Williams
Por Ricardo Cunha
Postado em 30 de abril de 2018
Brasil, 1990 - situação histórica: transição do Regime Militar para a chamada "democracia", que - para a classe artística - representava entre outras coisas o fim da censura e o retorno do direito à livre expressão. Já, para o povo, representava esperança em dias melhores, visto que, naquela época a inflação acumulada era de inacreditáveis 1.476,56%, o que tornava o custo de vida absurdo e havia escassez de produtos no mercado.
Como essa transição começou a ser "negociada" aproximadamente na primeira metade dos anos 80, O Rock 'N' Rio I, ocorrido em 1985 (festival nos moldes dos grandes festivais europeus e americanos), surgiu como a a possibilidade de um país novo, e ecoou pelos mil cantos do Brasil. Naquela época, um amigo cabeludo, ironicamente apelidado de "Careca" presenteou-me com o disco Kommander of Kaos, de Wendy O. Williams. O Careca, assim como eu, não curtia rock. No entanto, eu (aos 15 anos) começava a adquirir todo aquele "smell like teen Spirit" (odor rebelde juvenil)" próprio da de idade.
Com Kommander of Kaos (1986) tomei conhecimento oficialmente do caos que reinava no mundo - e aquilo não era bom! Wendy O. Williams foi uma das primeiras artistas no mundo a fundir o sentimento punk com a fúria do metal. Após o encerramento das atividades do seu grupo, o Plasmatics, ela decidiu seguir seu próprio caminho e Kommander of Kaos é seu segundo álbum solo. O álbum foi gravado em 1984, mas só foi lançado dois anos depois. [...] O fato é que, por curiosidade, ouvi o disco muitas vezes e ele começou a fazer sentido pra mim. Então, depois de compreender o que havia por trás daquela raiva toda, fui definitivamente adicionado ao caos. Hoje afirmo que este disco é o trabalho definitivo desta, que é uma artista autêntica. Considero que todas as canções sejam ótimas, não há uma música que não seja digna desta obra! Mesmo assim, me imponho eleger alguns destaques com vistas a fornecer parâmetros ao leitor. Assim senbdo, aqui estão eles: 1) Hoy Hey (Live to Rock), 2) a versão ao vivo de "Ain't None of Your Business", de Gene Simmons, 3) Party e 4) Bad Girl.
Por fim, a formação que gravou o disco contou com Wendy O. Williams (vocal), Michael Ray (guitarra, backing vocal), Greg Smith (baixo, backing vocal), T.C. Tolliver (bateria) e Wes Beech (guitarra). As gravações ocorreram no "Airplane Hangar" e "Broccoli Rabe Studios" (em Fairfield, Nova Jérsei) e "L'amour" (no Brooklyn, Nova York).
TRACKLIST
01-Hoy Hey (Live to Rock) (3:46)
02-Pedal to the Metal (3:29)
03-Goin' Wild (4:13)
04-Ain't None of Your Business (live) (5:36)
05-Party (3:37)
06-Jailbait (3:25)
07-Bad Girl (3:36)
08-Fight for the Right (3:11)
09-Fuck That Booty (Work That Muscle) (3:31)
Referências: Unofficial: Wendy O. Williams, Wikipedia, Folha On Line
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A única banda de rock brasileira dos anos 80 que Raul Seixas gostava
3 gigantes do rock figuram entre os mais ouvidos pelos brasileiros no Spotify
O fenômeno do rock nacional dos anos 1970 que cometeu erros nos anos 1980
Graham Bonnet lembra de quando Cozy Powell deu uma surra em Michael Schenker
Regis Tadeu elege os melhores discos internacionais lançados em 2025
O álbum dos Rolling Stones que é melhor do que o "Sgt. Peppers", segundo Frank Zappa
Ritchie Blackmore aponta os piores músicos para trabalhar; "sempre alto demais"
Fabio Lione anuncia turnê pelo Brasil com 25 shows
Shows não pagam as contas? "Vendemos camisetas para sobreviver", conta Gary Holt
Os 50 melhores álbuns de 2025 segundo a Metal Hammer
Turnê atual do Dream Theater será encerrada no Brasil, de acordo com Jordan Rudess
A primeira e a última grande banda de rock da história, segundo Bob Dylan
O músico que Ritchie Blackmore considera "entediante e muito difícil de tocar"
Os "pais do rock" segundo Chuck Berry - e onde ele entra na história
O baterista que ameaçou encher Ronnie James Dio de porrada caso ele lhe dirigisse a palavra
A lenda do Rock que se arrepende de nunca ter dormido com Jimi Hendrix
Cinema + Rock: Uma dupla dinâmica
O hit da Legião Urbana sem refrão que chamou atenção das rádios e com verso misterioso

Edguy - O Retorno de "Rocket Ride" e a "The Singles" questionam - fim da linha ou fim da pausa?
Com muito peso e groove, Malevolence estreia no Brasil com seu novo disco
"Opus Mortis", do Outlaw, é um dos melhores discos de black metal lançados este ano
Antrvm: reivindicando sua posição de destaque no cenário nacional
"Fuck The System", último disco de inéditas do Exploited relançado no Brasil
Giant - A reafirmação grandiosa de um nome histórico do melodic rock
"Live And Electric", do veterano Diamond Head, é um discaço ao vivo
Slaves of Time - Um estoque de ideias insaturáveis.
Com seu segundo disco, The Damnnation vira nome referência do metal feminino nacional



