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Jean-Pierre Louveton: mais um grande trabalho do músico francês

Resenha - Livre Blanc - Jean-Pierre Louveton

Por Tiago Meneses
Postado em 31 de agosto de 2017

Nemo é sem dúvida o maior nome do rock progressivo francês da atualidade, sendo assim, quem conhece a banda um pouco mais a fundo já ouviu falar do nome JEAN-PIERRE LOUVETON, pois trata-se do seu guitarrista e vocalista. Em sua carreira solo o músico consegue fazer um som agradável com ecos de Nemo, mas ao mesmo tempo bastante original. Apesar de não está sozinho, a verdade é que LOUVETON lida com a maior parte da instrumentação, ou seja, todas as guitarras, baixos, vocais, teclados, programação e percussão costumam ser ideia dele. Sem dúvida é um músico fora de série, tanto no domínio acústico como elétrico, conquistando uma grande reputação na cena progressiva mundial onde seu mais novo registro, Le Livre Blanc, apenas comprova isso.

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"Un Livre Ouvert" abre o disco com uma atmosfera aveludada criada pela guitarra acústica antes de entrar em um movimento em que juro mesmo que por um segundo ter ouvido "Sweet Home Alabama" e que motoriza a trilha junto do ótimo vocal de LOUVETON relatando uma história de ceticismo interminável sobre a vida e a estrada firme para algum tipo de salvação. O trabalho de guitarra leva a música a algumas direções sensacionais, influenciadas por manobras sintetizadas. JEAN ITIER, baterista da Nemo e um dos convidados neste álbum se encaixa perfeitamente na música, como de costume, inovador e detalhista.

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"L'ermite" sem dúvida alguma é um dos pontos alto do álbum. Com mais de nove minutos é uma variação entre momentos mais pesados e outros leves em camadas de riffs melancólicos, o piano de GUILLAUME FOINTAINE, o outro companheiro da Nemo participante do álbum, é um sólido fundamento rítmico, maravilhosas guitarras, um vocal órfão, solitário, pungente e com medo. Uma faixa de extrema classe que merece ser ouvida seguidamente e apreciada de forma diferente em cada uma delas, ficando cada vez mais agradável. Os contrastes encontrados são incrivelmente eficazes e induz o ouvinte a um profundo senso do além.

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"Joker" é uma faixa com mudanças de ritmo em uma trilha delirante, guitarras pesadas em coquetéis de riffs penetrantes e licks lisos que mantêm a pressão sempre influenciados pela velha escola. Os vocais em inglês cantados de maneira selvagem por Steph Honde são claramente diferentes em tom e estilo do entregue de maneira usual e distintivo por LOUVETON. Carrega um ritmo pulsante e exuberante em uma manifestação musical bastante enérgica.

"Trompe la Mort" é uma balada acústica e com bela linha de baixo. Sombria de vocal emotivo, atmosfera suave e que acalma a alma. O trabalho de violão acústico tem bastante groove e delicadeza. A percussão tropical também dá um brilho a música fazendo com que o conjunto da obra fique algo delicioso de se ouvir.

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"L'étoile du Nord" é uma música edificante de coro uivante que amplia sua característica sinfônica. Uma mistura de suave fragilidade acústica com uma forte raiva melancólica em uma faixa sobre amor, fé e coragem. Novamente o músico mostra limpo e bonito riffs de guitarra sobre uma cama melódica soberba.

"Convoléances" é mais um passo na viagem musical do álbum. Triste e de vocal de tirar o fôlego, tem como paralelo uma sublime melodia de guitarra e uma bateria sincopada que deixa a sensação de agonia na faixa mais evidente. LOUVETON entra com um solo de guitarra como quem tira o som do instrumento da obscuridade e o coloca sob a luz, subindo lentamente, sempre com uma profundidade musical encantadora. Belíssima canção.

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"La Peste et le Choléra" já começa cheia de energia com um riff pesado acompanhado sobre melodia enérgica dos demais instrumentos. A bateria é nervosa e LOUVETON consegue desencadear uma tempestade de notas comprovando que está muito acima da média de apenas bons músicos. A música possui uma segunda seção falada em inglês ficando maravilhosa, um solo de baixo também é destaque.

Não posso dizer ao certo, mas "Jehanne" parece ser uma música dedicada ou inspirada em Joana d’Arc, a virgem de Orléans. Com temas assim nessas horas percebemos o quanto o progressivo pode brilhar, relatar eventos históricos vívidos e revesti-los com armaduras musicais contemporâneas. São mais de dez minutos de uma música variada, dramática, épica, de guitarras emocionantes, arranjos sinfônicos onde o final é apoteótico. Um dos momentos maios brilhantes de todo o disco.

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Depois de tantas passagens belíssimas, a faixa título e instrumental, "Le Livre Blanc", aparece como quem coloca pra dormir esse disco emocionante. Contem um excelente exercício sinfônico e uma plataforma perfeita para as habilidades deslumbrantes de LOUVETON. As notas flexíveis e limpas, riffs de clipping, excelente trabalho de baixo e bateria segura fazendo dessa uma peça de puro progressivo.

Sinto-me em casa e acolhido ao ouvir esse álbum tamanho o poder e paixão que ele despertou em mim. Continuo a ouvi-lo algumas vezes e sempre percebendo algo novo pra desfrutar em cada audição, como se eu o estivesse desembrulhando em camadas e me surpreendendo com cada uma delas. Mais um excelente trabalho de JEAN-PIERRE LOUVETON.

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Sobre Tiago Meneses

Um amante do rock em todas as suas vertentes, mas que desde que conheceu o disco Selling England by the Pound do Genesis, teve no gênero progressivo uma paixão diferente.
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