The Cranberries: novo álbum transborda lirismo
Resenha - Something Else - Cranberries
Por Roberto Rillo Bíscaro
Postado em 05 de maio de 2017
Nota: 7 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Em 1994, o Brasil se encantou com uma canção bem etérea da trilha internacional da novela A Viagem: Linger. A profusão de cordas e o vocal feminino conquistaram parte do mundo. Durante uns três, quatro anos, o planeta paparicou o The Cranberries com seu pop-rock filhote de Smiths com o dream pop psicodélico das bandas de nome curtinho da virada para os 90’s, tipo Ride e Lush. Dreams, Ode To My Family, Zombie; foram vários singles de sucesso, que começou a minguar conforme os irlandeses ficavam mais ásperos e políticos.
Eis que a 28 de abril, as frutinhas vermelhas Dolores O'Riordan (voz), Noel Hogan (guitarra), Mike Hogan (baixo) e Fergal Lawler (bateria) amadureceram novamente, com o lançamento de Something Else. É uma coletânea dos maiores sucessos regravados acusticamente e com a participação da Orquestra de Câmara Irlandesa, cujo estúdio na Universidade de Limerick (terra-natal dos Cranberries) foi usado para gravar a trezena de faixas: dez regravações; três inéditas.
O resultado é bastante bom, com canções como Linger ficando ainda mais delicadas e lindas. Confira a balada cinquentista When You’re Gone, que ganha até banjo. A longo prazo, porém, a sobreposição dos violões acústicos dos Cranberries com as cordas da orquestra torna-se uma massa sonora – ainda que lírica e harmoniosa – indistinguível. Faixas cujos originais eram mais agressivos, como Zombie e Ridiculous Thoughts, adquirem nuances novas, mas será que algum fã troca o vigor dos singles noventistas?
A voz distintiva de Dolores O’Riordan sempre foi um dos pontos fortes dos Cranberries. Sucesso pop não vem necessariamente para quem tem a voz mais certinha à conservatório musical, mas para os que têm gogó marcante de algum modo. Aos 45 anos, seu vocal não apenas encontra-se no topo, mas está mais rico e sua pronúncia mais clara (ou sou eu que entendo melhor inglês agora?).
Essa expertise vocal salta aos ouvidos na mais linda dentre as inéditas, The Glory, onde ela consegue fazer canto de fadinha twee pop, sobre melodia de partir o coração. O single promocional de Something Else foi a faixa de encerramento, Why, emocionante balada sobre a perda do pai de O’Riordan. Rupture, a terceira inédita, não faz falta.
Tracklist
Linger
The Glory
Dreams
When You’re Gone
Zombie
Ridiculous Thoughts
Rupture
Ode To My Family
Free To Decide
Just My Imagination
Animal Instinct
You & Me
Why
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Welcome to Rockville 2026 divulga line-up oficial
Os quatro maiores solos de guitarra de todos os tempos, segundo Carlos Santana
A banda norueguesa que alugou triplex na cabeça de Jessica Falchi: "Chorei muito"
Pink Floyd disponibiliza versão integral de "Shine On You Crazy Diamond"
Cavaleras no último show do Sepultura? Andreas diz que chance é "50% sim, 50% não"
Bangers Open Air confirma Twisted Sister e mais 40 bandas para 2026
Site americano lista os 11 melhores álbuns de rock progressivo dos anos 1990
Extreme é confirmado no Monsters of Rock 2026 no Allianz Parque
Com Tesla e Extreme, Mötley Crüe anuncia turnê celebrando 45 anos de carreira
As reações divergentes dos fãs ao anúncio do line-up do Bangers Open Air 2026
Blackmore's Night cancela shows devido a questões de saúde
A pior faixa de abertura gravada pelo Metallica, segundo a Metal Hammer
As 3 melhores músicas do Aerosmith de todos os tempos, segundo Regis Tadeu
A banda que Lars Ulrich chamou de "o Black Sabbath dos anos 90"
O profundo significado do refrão de "Metamorfose Ambulante", clássico de Raul Seixas
A sensação desconfortável que Renan Zonta sentiu ao gravar com Boça (Hermes & Renato)
Geddy Lee fugiu do óbvio ao listar os seus quatro álbuns favoritos do Rush
A estrela dos anos 90 que não cantava por dinheiro e não ligava para a indústria musical
O disco que "furou a bolha" do heavy metal e vendeu dezenas de milhões de cópias



