Matérias Mais Lidas


Jethro Tull
Stamp

Ruins Of Elysium: mangás, trilhas sonoras e Symphonic Metal

Resenha - Seeds Of Chaos And Serenity - Ruins Of Elysium

Por Bruno Rocha
Postado em 29 de abril de 2017

Nota: 9 starstarstarstarstarstarstarstarstar

Cenários épicos, orquestrações, influências exóticas e vocais encantadores são alguns dos elementos que encontramos no álbum "Seeds Of Chaos And Serenity", da banda de Metal Sinfônico Ruins Of Elysium. O grupo é formado atualmente pelo tenor norueguês Drake Chrisdensen, pelo italiano Vincenzo Avallone (guitarra, baixo) e por Ícaro Ravelo (bateria, sintetizadores), oriundo de Campina Grande, Paraíba. A proposta deste grupo internacional é explorar tudo o que for possível da música clássica e aliar ao peso do Heavy Metal, em prol da criação de verdadeiras trilhas sonoras para os seus contos, que falam de Filmes/Games, esoterismo e também sobre luta contra a opressão de minorias.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 1

Impressiona o conhecimento musical de cada um dos componentes, retratada nas composições de "Seeds Of Chaos And Serenity". Cada música tem a sua identidade e seus traços particulares. "Kama Sutra", responsável pela abertura dos trabalhos, traz influências orientais em suas estruturas. "Shadow Of The Colossus", cuja letra faz referência ao game homônimo, tem muito das características das trilhas sonoras de jogos e filmes. Em seguida, temos o hit "Serpentarius", single, que nos leva por uma viagem encantadora pela Via Láctea em seu clima angelical e letras sobre o tema Astrologia. As belas orquestrações aliadas aos vocais cativantes de Drake são mesmo o grande diferencial do grupo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 2

Beyond The Witching Hour é a mais Heavy Metal do álbum, pois aqui as guitarras tomam seu lugar obrigatório de líder, deixando as orquestrações um pouco mais contidas. Encontramos nesta música de oito minutos referências ao Metal Extremo e vocais guturais, algo que faz lembrar Cradle Of Filth. Após o interlúdio "Iris", vem o Power Metal de "The Birth Of A Goddess", que é um manifesto pela causa LGBT.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 3

Por fim, chega o clímax do disco. A épica, ousada e pomposa faixa-título de quase 40 minutos, subdividida em cinco atos, inspirada no mangá Sailor Moon, que narra a história de garotas adolescentes que possuem super-poderes e que lutam contra diversas instâncias malignas que se abatem sobre a Terra. Dentre cada um dos atos, o de número 3, "Infinity", destaca-se por dar espaço às guitarras, solos e bases, mandarem no pedaço. No ato 5, "Stars", a interação entre guitarras, orquestrações e vocais não é menos que perfeita. Um grandioso final! É digno de nota também a interpretação passional de Drake Chrisdensen, de fato um vocalista do mais alto gabarito e talento.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 4

A ressalva ao álbum fica por conta do fato de as orquestrações frequentemente soterrarem as guitarras, e até mesmo o fabuloso trabalho de bateria de Ícaro Ravelo. Certo que estamos tratando com Metal Sinfônico, e a proposta musical em si é nobre, de muito arrojo, que exige demasiado conhecimento musical e que aqui foi executada com extrema perícia. Temos aqui um grandioso e belo trabalho musical, que chega a emocionar. Por outro lado, não deixa de ser Heavy Metal! Portanto, as guitarras precisam assumir seus papeis de liderança. Senão, somente os entusiastas do estilo aguentarão ouvir um trabalho de uma hora e quinze minutos do gênero sinfônico. Aumentar o volume das guitarras e do baixo só surtirá um efeito muito maior no que o Ruins Of Elysium se propõe a fazer. O Heavy Metal tem essa capacidade de se adaptar perfeitamente as intenções de quem o usa como projeto musical.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 5

Merece elogios o trabalho de produção e mixagem feitos pelo guitarrista Vincenzo Avallone, que já trabalhou também com o Hagbard, referência em se tratando de Metal orquestrado. E dá pra ouvir os 75 minutos de disco sem tirar os olhos da primorosa capa, arte de Wesley Sousa.

Metal Sinfônico é um terreno perigoso de se desbravar. Ou você é exímio, ou você será somente mais um a compor músicas maçantes. Felizmente, o Ruins Of Elyium faz parte do primeiro time, sendo muito mais que exímio. Apesar do detalhe das guitarras, encare sem receios esta viagem que é "Seeds Of Chaos And Serenity". Garanto que será uma experiência única, e que você nunca verá, nem ouvirá, nada semelhante.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 6

Seeds Of Chaos And Serenity – Ruins Of Elysium (independente, 2017)

Tracklist:
01. Kama Sutra
02. Shadow Of The Colossus
03. Serpentarius
04. Beyond The Witching Hour
05. Iris
06. The Birth Of A Goddess
07. Seeds Of Chaos And Serenity:
Act I: Crystal
Arc II: Black Moon
Arc III: Infinity
Arc IV: Dreams
Arc V: Stars

Line-up:
Drake Chrisdensen – vocais
Vincenzo Avallone – Guitarras, baixo
Ícaro Ravelo – Bateria, Sintetizadores

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - WHIP
Divulgue sua banda de Rock ou Heavy Metal
Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Siga e receba novidades do Whiplash.Net:

Novidades por WhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


Summer Breeze 2024
Bruce Dickinson

Grave Digger: Ceifando a vida dos incrédulos da Terra Santa

Resenha - Aurora do Triunfo Herétiko - Sevo

Resenha - Black Bible - Judas Iscariotes

Resenha - Master Executor - Warfield

Resenha - Ocean - Holdark

Resenha - SupremeInstinctNumb - Malice Garden

Varathron: A hegemonia do caos

Resenha do álbum "Eu Sou a Derrota", da banda Sangue de Bode

Resenha - Gates Of Metal Fried Chicken Of Death - Massacration

Guns N' Roses: Resenha de "Chinese Democracy" na Rolling Stone

Dream Theater: Falling Into Infinity é um álbum injustiçado?

Pink Floyd: The Wall, análise e curiosidades sobre o filme


publicidadeAdriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Luan Lima | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Bruno Rocha

Cearense de Caucaia, professor e estudante de Matemática, torcedor do Ferroviário e cafélotra. Entrou pelas veredas do Heavy Metal na adolescência e hoje é um aficionado e pesquisador de todos os gêneros mais tradicionais desta arte e de suas épocas. Tem como forte o Doom Metal, não obstante o sol de sua terra-natal.
Mais matérias de Bruno Rocha.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIAR NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS