RECEBA NOVIDADES ROCK E METAL DO WHIPLASH.NET NO WHATSAPP

Matérias Mais Lidas


Outras Matérias em Destaque

Quem é a verdadeira Sopa onde pousou a Mosca da canção de Raul Seixas

A marcante e triste última apresentação de Jason Newsted como integrante do Metallica

Ex-vocalista do Iced Earth fará turnê cantando "The Dark Saga" na íntegra

A mulher que inspirou Lennon e McCartney, e fez sucesso no Rock in Rio sem cantar uma nota

O álbum pré-Sabbath onde Tony Iommi ouviu Ronnie James Dio pela primeira vez

Setlist da próxima tour do Iron Maiden promete, de acordo com o vocalista Bruce Dickinson

Steve Souza diz que não se apresentará novamente com o Exodus; "Definitivamente não"

Iron Maiden pediu para não ser mais indicado ao Rock and Roll Hall of Fame

I Prevail cancela apresentação no Bangers Open Air; leia comunicado

Crypta revela guitarrista convidada que substituirá Jéssica Di Falchi

A banda que serviu de base para o rock nacional que Ritchie Blackmore odiava

O ex-jogador finlandês que fez Tarja Turunen passar a torcer pelo Liverpool Football Club

O disco dos Beatles que marcou a vida de Rex Brown, baixista do Pantera

Bruce Dickinson ficou "chocado" ao ver Simon Dawson tocando com o Iron Maiden

As próximas músicas do Metallica que devem ultrapassar 1 bilhão de plays no Spotify


Stamp

Trees Of Eternity: O canto do cisne de uma marcantes voz feminina

Resenha - Hour Of The Nightingale - Trees Of Eternity

Por Bruno Rocha
Postado em 04 de dezembro de 2016

Nota: 10 starstarstarstarstarstarstarstarstarstar

A vida imita a arte...

O álbum de estreia do TREES OF ETERNITY, projeto paralelo de Juha Raivio (guitarra, SWALLOW THE SUN), é, sem sombra de dúvidas, o melhor lançamento do gênero Gothic/Doom do ano. Um álbum cheio de introspecção, etéreo, que, sem exageros hiperbólicos, toca no fundo da alma do ouvinte. Ainda mais quando se faz a audição sabendo que a vocalista, Aleah Stanbridge, morreu pouco depois das gravações do álbum, vítima de câncer à tenra idade de número 38.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Dona de uma voz ao mesmo tempo doce e melancólica, Aleah é a grande destaque da gravação. Tudo começou em 2009, quando a cantora, que já trabalhava em um projeto solo de Folk/Gothic Rock, foi convidada por Juha para uma participação no álbum "New Moon", do SWALLOW THE SUN, mais precisamente na faixa 5, "Lights On The Lake (Horror, Part III)". Daí nasceu a parceria entre Aleah e Juha, que rendeu a fundação do TREES OF ETERNITY. Um projeto de Gothic/Doom, na linha de nomes conhecidos do gênero como THEATRE OF TRAGEDY, por exemplo. O que se nota no trabalho da banda é um foco no sentimento, na verdadeira intenção de excitar a mais escondida das reações internas do fã. Em 2013 a banda lança de forma independente a demo "Black Ocean", com quatro músicas, que seriam reaproveitadas no debut "Hour Of The Nightingale", que é o objeto de análise desta resenha.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

O play abre com "My Requiem", uma ótima amostra do que se descobrir no restante do álbum. Ritmo lento imprimido pelo baterista Kai Hahto (NIGHTWISH), guitarras densas, orquestrações que não passam do limite do necessário e a bela e triste voz de Aleah, que traz ao mesmo tempo melancolia e um sentimento de paz, tamanha a leveza de seu timbre. Segue-se a pesada "Eye Of Night" e depois "Condemned To Silence", esta com a participação do cantor Mick Moss (ANTIMATTER, SLEEPING PULSE).

O próximo destaque fica por conta de "A Million Tears", que força o ouvinte a entrar em total estado de introspecção ao longo de sua progressão em pouco mais de sete minutos. Passeios em meio a incursões acústicas surgem durante a audição do disco, além de melodias de guitarra que dão as mãos à voz de Aleah, tal qual Gregor Mackintosh faz no PARADISE LOST. Chega então a faixa-título com a força para derrubar por terra qualquer resquício de resistência emocional. Neste momento, não tem como não se entregar a atmosfera criada pelo canto suave de Aleah e pelas melodias tristes compostas por Juha, tal como navegante que não resiste aos chamados das sereias.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

O peso volta a dar as caras em "The Passage" e em "Broken Mirror", afinal, ainda estamos em território de Heavy Metal, não é mesmo? Mas quando você pensa que está se recuperando do baque emocional provocado pelas primeiras músicas, chega "Black Ocean", que com seus sete minutos esmaga seu orgulho e traz lágrimas aos seus olhos, tamanha a carga emocional imprimida por esta peça musical. Depois da faixa acústica "Sinking Ships", o álbum se encerra com os nove minutos de "Gallows Bird", um Doom marcante, com um pé no Funeral. Aqui ocorre a participação do vocalista Nick Holmes (PARADISE LOST), que, sob o título de criador do Metal Gótico, chega para atestar a qualidade do álbum com sua voz grave e melancólica.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Não ouça este álbum esperando aquele Gótico "Bela e a Fera". Não há vocais guturais aqui, nem fraseado de guitarra beirando o Death Metal. Aqui, o enfoque é passional, perseguindo o contraste da beleza com a tristeza. Um disco para ser apreciado do começo ao fim, pois não há uma música que se destaque muito sobre as outras.

A formação que gravou "Hour Of The Nightingale" é uma verdadeira seleção do Doom Metal. Fora a dupla já citada, o álbum conta com os irmãos Fredrik e Mattias Norrman, respectivamente na guitarra e no baixo e ambos membros do OCTOBER TIDE. Na bateria, temos o já conhecido Kai Hahto (NIGHTWISH, SWALLOW THE SUN, WINTERSUN). Para não deixar o peso de lado, o álbum foi produzido, mixado e masterizado por ninguém menos que Jens Bogren (AMON AMARTH, PARADISE LOST, KREATOR, ANGRA, dentre outros), o homem que arranca de qualquer banda todo o peso que é possível ser arrancado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Parece até que o álbum foi composto prevendo o que aconteceria depois. O disco foi gravado em 2014 e ficou engavetado por um tempo. Em 18 de abril de 2016, um câncer leva Aleah Liane Stanbridge, 38, para além dos horizontes da vida. O álbum "Hour Of The Nightingale" representa então um epitáfio e uma perfeita ornamentação de sua partida, que nos faz ter a certeza de que o pouco que ela gravou em vida será sempre presente nas mentes de qualquer um que ouse ouvir sua voz, mesmo após sua morte. Como ela mesma previra na letra da música "My Requiem": "À noite, as cortinas descem / Dentro da escuridão eu vagueio / Perdendo tudo que encontrei / Para o meu próprio desânimo / Meu tempo chegou a um fim." ("Requiem" significa "descanso" em latim).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

A vida imita a arte...

Hour Of the Nightingale – Trees Of Eternity (Svart Records, 2016)

01 – My Requiem (06:02)
02 – Eye Of Night (06:05)
03 – Condemned To Silence (05:23)
04 – A Million Tears (07:13)
05 – Hour Of The Nightingale (05:36)
06 – The Passage (06:11)
07 – Broken Mirror (05:58)
08 – Black Ocean (07:02)
09 – Sinking Ships (03:36)
10 – Gallows Bird (09:38)

Line-up:
Aleah Stanbridge - vocais
Juha Raivio – guitarras
Fredrik Normann – guitarras
Mattias Norrman – baixo
Kai Hahto – bateria

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Participações:
Jon Phipps – orquestrações e teclados
Mick Moss – vocais (faixa 3)
Nick Holmes – vocais (faixa 10)

Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


Bangers Open Air


publicidadeMarcelo Matos Medeiros | Glasir Machado Lima Neto | Felipe Pablo Lescura | Efrem Maranhao Filho | Geraldo Fonseca | Gustavo Anunciação Lenza | Richard Malheiros | Vinicius Maciel | Adriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacher | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jorge Alexandre Nogueira Santos | Jose Patrick de Souza | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Leonardo Felipe Amorim | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcos Donizeti Dos Santos | Marcus Vieira | Mauricio Nuno Santos | Maurício Gioachini | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Bruno Rocha

Cearense de Caucaia, professor e estudante de Matemática, torcedor do Ferroviário e cafélotra. Entrou pelas veredas do Heavy Metal na adolescência e hoje é um aficionado e pesquisador de todos os gêneros mais tradicionais desta arte e de suas épocas. Tem como forte o Doom Metal, não obstante o sol de sua terra-natal.
Mais matérias de Bruno Rocha.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIE NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS