Older Jack: Apesar de brasileira, banda tem essência alemã
Resenha - Metal Über Alles - Older Jack
Por Gabriele Moura
Postado em 18 de novembro de 2016
Nota: 9
Eu sou aquela que ama uma banda alemã, desde as mais calmas como Accept e Scorpions até as pesadas Sodom, Kreator e Rammstein. Mesmo brasileira, a Older Jack tem na veia aquela essência alemã que mescla o Heavy Metal tradicional com uma pegada Rock N’ Roll que dá um ar gostoso ao som, além disso, há momentos em que um groove todo envolvente toma a música e a torna grudenta, no bom sentido.
"Öl Und Blut" é a faixa de abertura do álbum, é uma das minhas favoritas, o vocal e seus agudos remetem bem o heavy metal, e em alguns momentos é possível sentir um peso thrash, mas tal peso não se sobressai tanto, o que acaba tornando a canção muito envolvente. A segunda faixa é a que dá nome ao álbum, "Metal Über Alles" tem uma introdução toda thrash, cheia de agudos e riffs muito bem executados.
Elejo como melhor música do álbum a "In Namen Das Geldes", quem conhece meu gosto sabe exatamente o por que disso, que linha de baixo maravilhosa que esta música tem, sem falar da bateria cadenciada e groovada, um pouquinho stoner mas é metal, um fucking heavy metal! Gosto bastante da faixa "Wahnsinn" também, ela inicia de um modo pesado com muitos elementos thrash,, a faixa é bastante propicia para fazer roda punk (hehe).
Não podemos esquecer da instrumental "Luft", contendo menos de dois minutos ela é leve, uma balada instrumental muito bem colocada em meio ao álbum, servindo, assim, para acalmar os ouvidos e os preparar para mais pancadaria. E por fim, a faixa "Das Ende", que encerra com o disco com a mesma categoria que iniciou, nela também há uma rica linha de baixo com uma bateria pesada e novamente um show de riffs e de vocal.
O que mais me agradou na banda como um todo foi a irreverência de cantar em alemão, e fazer isso com muita qualidade, apresentando um vocal agudo nos momentos certos e pesados ao mesmo tempo, riffs muito bons em todas as canções, bateria no ponto e linhas de baixo inteligentes. Acho que a mixagem em alguns pontos deixou o som meio "quebrado", e a banda deveria procurar um diferencial a mais, o som já está bastante maduro, mas falta aquela coisa que te faz ouvir e saber quem é, algo que traga identidade à banda.
Line Up
Carlos Klitzke – vocal
Deivid Wachholz – guitarra
Hermann Wammser – guitarra
Cesar Rahn – baixo
Bruno Mass – bateria
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