Acyl: Banda evolui em ótimo álbum de metal exótico
Resenha - Aftermath - Acyl
Por Victor de Andrade Lopes
Fonte: Sinfonia de Ideias
Postado em 12 de junho de 2016
Nota: 9 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Após um surpreendente mas pouco repercutido álbum de estreia, o quinteto argelino-francês de metal oriental Acyl surpreendeu a seus ainda poucos fãs com um segundo trabalho lançado sem muito alarde e sem muita divulgação prévia. Independente, o disco não foi acompanhado de comunicados para a imprensa, nem entrevistas e resenhas nos principais veículos especializados, nem sequer um vídeo promocional. Mas tem aquilo que mais interessa: música de alto nível.
A capa, que traz parte do rosto de um argelino qualquer coberto por uma máscara, simboliza, segundo a banda, "o peso das eras de história, tradição, valores, medos, conquistas, dúvidas e certezas. Uma máscara que o protege e o confina ao mesmo tempo". As letras contam a história da Argélia a partir do ponto de vista de nove personagens históricos. Assim, a proposta de Aftermath é ser um grito de autoafirmação para uma nação que se viu inserida recentemente no contexto da Primavera Árabe, ainda que não tenha sofrido desdobramentos equivalentes aos da Líbia ou do Egito, por exemplo.
Musicalmente falando, Aftermath entrega uma lista de dez faixas que, em sua maioria, começam com passagens de música árabe e tribal em língua nativa e desembocam em death metal progressivo cantado em inglês, com riffs martelantes beirando o djent e guturais rasgados.
As exceções mais marcantes ficam por conta das duas últimas: "Equanimity", lenta, sem percussão, sem elementos de metal, praticamente constituída somente de sopros e voz; e "Pride", também acústica, mas mais acelerada e rica em densidade.
A banda poderia ter investido em uma variação estrutural maior, isto é, não fazer com que todas as faixas comecem acústicas e virem metal. Aplicar um pouco da ordem inversa não faria mal algum. Mas isto não compromete a qualidade geral do disco. Se você gosta de metal exótico, mergulhe sem medo no mundo do Acyl.
Uma clara evolução quanto ao seu álbum anterior, Aftermath vale uma ouvida por headbangers em geral, independentemente da vertente favorita. A mistura bem definida de elementos árabes e africanos com heavy metal coloca o Acyl no mesmo patamar do Myrath, do Amaseffer e de outros nomes fortes do gênero.
Abaixo, a faixa "Gibraltar":
Track-list:
1. "Numidia"
2. "Mercurial"
3. "Gibraltar"
4. "Finga"
5. "Son of Muhieddine"
6. "The Battle of Constantine"
7. "Tin Hinan"
8. "Gaetuli"
9. "Equanimity"
10. "Pride"
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O fenômeno do rock nacional dos anos 1970 que cometeu erros nos anos 1980
A música que surgiu da frustração e se tornou um dos maiores clássicos do power metal
A farsa da falta de público: por que a indústria musical insiste em abandonar o Nordeste
A canção emocionante do Alice in Chains que Jerry Cantrell ainda tem dificuldade de ouvir
9 bandas de rock e heavy metal que tiraram suas músicas do Spotify em 2025
A lenda do rock nacional que não gosta de Iron Maiden; "fazem música para criança!"
Nick Cave descreve show do Radiohead como uma "atividade espiritual"
Adrian Smith fala sobre teste que fez para entrar no Def Leppard
A canção que Sandy & Junior recusaram e acabou virando hino do rock nacional nos anos 2000
A dificuldade de Canisso no estúdio que acabou virando música dos Raimundos
A banda fenômeno do rock americano que fez história e depois todos passaram a se odiar
Os cinco maiores bateristas de todos os tempos, segundo Brian May do Queen
David Ellefson explica porque perdeu o interesse em Kiss e AC/DC; "Foda-se, estou fora"
A cantora que fez Jimmy Page e Robert Plant falarem a mesma língua
Os 15 melhores álbuns de metal de 2025 segundo a Rolling Stone
As letras do Ghost falam sobre Deus ou o Diabo? Tobias Forge responde
O motivo que leva o Maiden a não combater camisetas piratas, de acordo com Regis Tadeu
Rodolfo deu entrevistas e falou sobre planos do Raimundos no mesmo dia que deixou o grupo

Edguy - O Retorno de "Rocket Ride" e a "The Singles" questionam - fim da linha ou fim da pausa?
Com muito peso e groove, Malevolence estreia no Brasil com seu novo disco
"Opus Mortis", do Outlaw, é um dos melhores discos de black metal lançados este ano
Antrvm: reivindicando sua posição de destaque no cenário nacional
"Fuck The System", último disco de inéditas do Exploited relançado no Brasil
Giant - A reafirmação grandiosa de um nome histórico do melodic rock
"Live And Electric", do veterano Diamond Head, é um discaço ao vivo
Slaves of Time - Um estoque de ideias insaturáveis.
Com seu segundo disco, The Damnnation vira nome referência do metal feminino nacional



