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Purpura Ink: Mais uma resenha do debut álbum Breakin' Chains

Resenha - Breakin' Chains - Purpura Ink

Por Fábio Xavier
Postado em 03 de junho de 2015

Rock n’ Roll do bom, puro, renovado e feito aqui no Brasil de forma única! Pouquíssimas bandas conseguem atingir tal patamar musical, ainda mais em um álbum de estréia! Insisto!

Poucas bandas conseguem fazer um trabalho de estréia inteiro excelente e irrepreensível de tal modo que, além de não deverem nada à muitas bandas de fora, se equiparem à algumas delas e superem muitas outras em talento e qualidade sonora!

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Esse é o caso do quinteto Maranhense "PÚRPURA INK" e o seu maravilhoso debut "BREAKIN’ CHAINS" que já pode ser considerado, além de "futuro clássico", uma verdadeira aula do bom e velho Rock n’ Roll, com boas doses de Hard Rock e Heavy Metal.

E. J. nos vocais, Márcio Glam (guitarra e teclados), Chris Wiesen (guitarra), o baixista Seth Bass e o baterista Derick estão literalmente "quebrando" não só as correntes mas também todos os paradigmas e contrariando quem diz que o Rock n’ Roll morreu e que não há bandas boas da nova geração no Brasil.

Bons exemplos do que estou falando são as grandes bandas como DR. SIN e ANGRA que em pleno início da década de 90 apostaram suas fichas fazendo um som originalíssimo, acrescentando boas influências vindas do Power Metal e do Speed Metal e hoje são o que são!

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Como a banda é talentosa! Nesse álbum Breakin’ Chains, os caras estão super entrosados, estando cada instrumento em seu devido lugar, sem ataque de estrelismo! Na audição se percebe que além de saberem dividir a lição de casa, criaram composições de forma natural e espontânea, sem forçar a barra, sem querer mostrar algo a mais (desnecessário) pelo simples fato de o Púrpura Ink ser uma banda nova e com status sonoro de Rockstar de primeira linha.

Durante a audição, pude perceber as ótimas referências e influências roqueiras, notavelmente presentes na voz do E. J., que canta muito bem e possui vocais agudos e super afinados no mesmo estilo do Klaus Meine (Scorpions) em momentos como a faixa título e na faixa "Lifestyle", que é bem legal, bem agitada e bem "pra cima", muito legal pra bangear e bater cabeça com os amigos (e poderia muito bem ter sido a faixa de abertura do álbum).

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Em "Higher Ground" ele canta acompanhado de belíssimos backing vocals e é como se fosse um encontro entre Vince Neil (Mötley Crüe), Bret Michaels (Poison) e Sebastian Bach (ex Skid Row), tamanha técnica e potência vocal. Já em "Let Me Stay", ele canta de forma semelhante ao Joey Tempest da banda Europe e na faixa "Flying Away", ele canta como o Jeff Scott Soto (ex Malmsteen’s Rising Force). A voz e a forma de cantar desse cara são únicos!

A excelente dupla de guitarristas Márcio Glam & Chris Wiesen tocam de uma forma bem singular e deduzo que os caras tenham bebido das melhores fontes roqueiras, com belos riffs e solos, tendo como base verdadeiros monstros da guitarra como Michael Schenker (Michael Schenker Group, ex Scorpions), Steve Vai (ex Whitesnake), Marty Friedman (ex Megadeth) e o melhor guitarrista brasileiro de Rock & Metal (na minha opinião) dos anos 90 e da atualidade, que é o Edu Erdanuy da banda DR. SIN. E como deve ser difícil tocar guitarra como esses caras tocam! Dá aquela impressão de que os dedos deles passeiam pelas cordas, além de usarem e abusarem de forma certeira de vários riffs alavancados.

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O baixista Seth Bass nos mostra que é possível fazer com que o som de seu instrumento seja ouvido e bem notado, tanto que o cara dá uma verdadeira aula de baixo em "Higher Ground". Na faixa "Kate", inicia com uma bela e ousada introdução fazendo bom uso dos "slaps" e depois executando um belo e breve solo. Excelente baixista!

O batera Derick destrói os pratos e bumbos em "Let Me Stay", por exemplo, onde o cara toca com a mesma fúria e coordenação motora do Sr. Tommy Aldridge do Whitesnake! Durante todo o álbum é fácil perceber aquela pegada bem anos 80 de grandes feras como o batera Tommy Lee do Mötley Crüe, Randy Castillo (Ozzy Osbourne) e também um dos melhores bateristas da atualidade (que eu tive a honra de ver tocar) que é o ex-Dream Theater (atualmente no The Winery Dogs), o genial Mike Portnoy.

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Até mesmo os teclados à la Jon Lord (ex Deep Purple) estão incluídos nesse debut muito bem gravado e super bem produzido, soando limpo, sem chiados, sem ecos, e em bom som, tanto que a audição é uma das coisas mais prazerosas a qual já experimentei, pois faixas como "Higher Ground", "Let Me Stay" e "Flying Away" são do tipo que não se cansa de ouvir e cada vez que as mesmas são ouvidas, proporcionam uma nova e diferente experiência aos nosso ouvidos e sentidos que estavam esperando ansiosos pra ouvir algo assim, já faz tempo!

Com certeza, já posso dizer que desta nova safra de bandas brasileiras, o Púrpura Ink está entre as melhores do estilo! Hard Rock do bom, cantado em inglês, com letras autorais compostas e executadas com perfeição. Uma verdadeira obra-prima do nosso Rock n’ Roll que mereceria ser registrada também em DVD, no futuro (quem sabe), pois seria ótimo ver estas faixas ao vivo, sendo cantadas em uníssono pela galera, já que as letras são ótimas e bem acessíveis, sem apelo comercial e não soando nada "piegas", mas ao mesmo tempo são excelentes faixas no estilo AOR (Adult Oriented Rock) para serem tocadas em rádios e web rádios de Rock & Metal.

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Esses caras parecem estar juntos na estrada há anos, tamanho entrosamento entre eles e tamanha maturidade sonora! Eles tocam bem melhor do que muitas bandas gringas que completaram dez, vinte ou até trinta anos de carreira no mainstream. E esse é o tipo de banda que qualquer músico gostaria de fazer parte, com certeza! Eu mesmo já me tornei fã do Púrpura Ink desde o primeiro contato com o som da banda!

Breakin’ Chains é um prato cheio para os amantes do Hard Rock, um álbum marcante, pois todas as faixas são excepcionais! Uma obra prima da nova safra do Rock brasileiro! Para ouvir e curtir sempre em alto e bom som!

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