Valhalla: Power trio feminino em um de seus melhores trabalhos
Resenha - Evil Fills Me - Valhalla
Por Vitor Franceschini
Postado em 28 de dezembro de 2014
Nota: 8
Mesmo tendo dois full-lengths, o clássico "...in the Darkness of Limb" (1994) e o magnífico "Petrean Self" (2002), "Evil Fills Me" (sexto petardo no geral) talvez seja o trabalho mais intenso da banda. E olha que a Valhalla sempre primou por fazer trabalhos extremos e agressivos.
Desde o riff apocalíptico de Internal War que abre o EP, o peso e a brutalidade ficam evidentes, sendo que a banda mantém a sua essência de sempre. Aliás, as guitarras merecem menção imediata, pois a fábrica de riffs mórbidos executados por Adriana Tavares (com ajuda da baixista/guitarrista, sua irmã Alessandra Tavares) chama atenção e parece anunciar uma devastação.
A cozinha não fica atrás com linhas de baixo bem estruturadas e que dão ênfase ao peso, mérito de Alessandra, membro fundadora da banda que está na ativa na ativa desde 1990. Ariadne Souza além de descer a mão e mostrar técnica em seu kit de bateria, vocifera guturais cavernosos que estremecem o underground e deixam o ouvinte atônito.
Impressiona a energia que emana das composições e a mescla de influências ‘old school’ com a aura que só as bandas de Metal extremo nacional possuem, o que irá agradar em cheio o verdadeiro apreciador de Death Metal. A variação de andamento também é um ponto positivo, assim como a objetividade, o que deixa as músicas ainda mais interessantes.
Para quem não sabe, a Valhalla é uma banda pioneira com mulheres na formação que fazem Death Metal no Brasil e se não fossem alguns problemas de formação, com certeza teria galgado um status ainda maior na cena. Não tenha dúvidas que "Evil Fills Me" mostra que vôos mais altos ainda é uma finalidade, pois trata-se de um ótimo trabalho.
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https://myspace.com/valhalladeathmetal
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