Reite: Sonoridade Pop Rock diversificada
Resenha - Ciclo - Reite
Por Leonardo Daniel Tavares da Silva
Postado em 07 de setembro de 2014
Nem só de metal vive o rock. E bandas como a REITE são a prova de que, sim, o rock, pode ser leve e ainda ser contagiante, pode falar de amor sem ser piegas, pode ser pra cima sem parecer forçação de barra. O quinteto formado por Daniel Magalhães (g), Iuri Meneses (b), Renato Mesquita (v), Ênio Bastos (d) e João Paulo Taleires (g/k), já abriu shows de grandes nomes do Rock Nacional, como BARÃO VERMELHO e BIQUINI CAVADÃO, investindo em seu trabalho autoral, consegue ter a agenda cheia. Esses nomes influenciam claramente o som da REITE, mas não lhes tiram a personalidade própria.
O álbum começa com "Chance", com introdução bem trabalhada e, assim como em outras faixas seguintes, um belo (mas curto) solo de guitarra. A próxima é a melhor do disco, a que representaria melhor a assinatura da banda. "Recomeço" deveria estar nas metas e planos de toda banda de pop rock que queira mostrar que tem conteúdo suficiente para durar mais que uma baladinha. Se você fosse ouvir apenas uma faixa do disco agora, e nenhuma outra, seria ela. "Eu Sei" também é outra boa faixa e candidata a hit. O teclado do também guitarrista João Paulo Taleires pontua a leve "As Minhas Verdades". "Aprendiz" é o momento reggae do álbum. Não destoa do conjunto. A ótima "Cadê Você" antecede a fraquinha e (preciso dizer?) ensolarada "Dia de Sol".
Com força para levar a REITE a um patamar além, a trinca "Lembranças", "Vício" e a empolgante "Ciclo" dividem a mesma característica, encerram-se com solos, bases e efeitos que poderiam muito bem ser alongados. Especialmente os pouco mais de três minutos da quase hard rock "Ciclo", até por ser a faixa de encerramento, mereciam ser prolongados até próximo dos cinco. Não se preocupem demais em levar a faixa para o rádio, REITE, a maioria dos locutores nunca respeita as músicas e vão falar alguma besteira ou chamar o comercial, cortando o finalzinho, dure os 20 segundos do belo encerramento de "Lembranças" ou dois minutos inteiros.
Os músicos mostram uma habilidade para criar e mesclar elementos que diversificam seu pop rock, impedindo de soar caricato. Quem curte solos de guitarra prolongados não vai encontrar o que procura nos solos do CD da REITE, mas eles estão do tamanho ideal para o caminho que a REITE escolheu trilhar. Os demais músicos estão muito bem nas suas funções, especialmente Renato Mesquita, extremamente cuidadoso na voz e com um timbre que às vezes se assemelha ao de Samuel Rosa (se isto ainda não era evidente, "Aprendiz" escancara). O teor lírico foge do lugar comum. É um som adulto, baladeiro "até de manhã", mas de pés no chão. Sem ser alienado, mas sem muito tempo para tristeza. Até há amores não correspondidos, amores que ainda não aconteceram, mas a vida é vista de forma esperançosa. Faz bem ouvir música assim de vez em quando. E a cada audição, o som da REITE conquista mais o ouvinte.
Uma curiosidade: As faixas, 1 (Chance), 5 (Aprendiz) e 6 (Cadê Você), são composições dos pais do baixista Iuri e do guitarrista João Paulo. Eles tinham uma banda e tocavam essas músicas, resgatadas agora pelos filhos.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Welcome to Rockville 2026 divulga line-up oficial
Pink Floyd disponibiliza versão integral de "Shine On You Crazy Diamond"
Os quatro maiores solos de guitarra de todos os tempos, segundo Carlos Santana
A banda norueguesa que alugou triplex na cabeça de Jessica Falchi: "Chorei muito"
Bangers Open Air confirma Twisted Sister e mais 40 bandas para 2026
Site americano lista os 11 melhores álbuns de rock progressivo dos anos 1990
Cavaleras no último show do Sepultura? Andreas diz que chance é "50% sim, 50% não"
As 3 melhores músicas do Aerosmith de todos os tempos, segundo Regis Tadeu
Blackmore's Night cancela shows devido a questões de saúde
A pior faixa de abertura gravada pelo Metallica, segundo a Metal Hammer
Bono cita dois artistas que o U2 jamais vai alcançar; "Estamos na parte de baixo da escada"
Com Tesla e Extreme, Mötley Crüe anuncia turnê celebrando 45 anos de carreira
O que Chorão canta no final do refrão de "Proibida Pra Mim"? (Não é "Guerra")
Os 11 melhores álbuns de progressivo psicodélico da história, segundo a Loudwire
A banda que Lars Ulrich chamou de "o Black Sabbath dos anos 90"
"Tínhamos limitações nas músicas que poderíamos colocar em nosso set", afirma Mustaine
Raimundos: O verdadeiro motivo para a saída de Rodolfo da banda
Momentos bizarros: histórias de Ozzy, Stones, Who e outros
Trio punk feminino Agravo estreia muito bem em seu EP "Persona Non Grata"
Svnth - Uma viagem diametral por extremos musicais e seus intermédios
Em "Chosen", Glenn Hughes anota outro bom disco no currículo e dá aula de hard rock
Ànv (Eluveitie) - Entre a tradição celta e o metal moderno
Scorpions - A humanidade em contagem regressiva
Soulfly: a chama ainda queima
O disco que "furou a bolha" do heavy metal e vendeu dezenas de milhões de cópias



