Slasher: Superando o debut com maestria
Resenha - Katharsis - Slasher
Por Vitor Franceschini
Postado em 28 de março de 2014
Nota: 9
Três anos após seu álbum de estreia, o bom "Pray For The Dead", os paulistas de Itapira retornam com "Katharsis". Álbum este, que mesmo com o ano apenas começando, já é sério candidato a entrar na lista de melhores de 2014. Não, não é exagero nenhum afirmar isso, basta ouvi-lo.
Mudanças e o tempo foram fundamentais na evolução da banda e uma delas foi a entrada do vocalista Skeeter. O cara urra como poucos e possui uma técnica invejável que casa perfeitamente com a sonoridade da banda. O som mais direto e menos ‘grooviado’ também ganha pontos, já que as composições estão ainda mais agressivas e com um ar mais sério.
O trabalho de guitarras, a cargo de Lucas Aldi e Lúcio Nunes está soberbo, com riffs matadores e solos cheios de melodias bem equilibradas, sem contar a versatilidade. Wellington Clemente dá ‘sustância’ com seu baixo monstruoso e mostra grande evolução no instrumento.
Não podemos deixar de mencionar de forma alguma a força das baquetas de Taddei Roberto. Variação, exploração sem limites do bumbo duplo, quebradas de dar gosto e até ‘blast beats’ se fazem presentes nas linhas de bateria, o que dá um diferencial e tanto para as músicas da banda.
Isso sem contar a ótima produção, a cargo de Tue Madsen, (Rob Halford, Dark Tranquility, Vader, Behemoth, Kataklysm), no Antfarm Studio, na Dinamarca. E tudo isso vem embalado em uma arte de capa sensacional feita pelo francês Stan W Decker.
Destaque para a bela intro Katharsis (sim, a intro é sensacional), Disposable God, Face The Facts, a cantada em português Jamais Me Entregar e All Covered In Blood. Ainda há um cover para Suffocated dos brasileiros do Mosh que ficou sensacional. Baita álbum!
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