RECEBA NOVIDADES ROCK E METAL DO WHIPLASH.NET NO WHATSAPP

Matérias Mais Lidas


Outras Matérias em Destaque

Charlie Benante teve que esconder camisa "encapetada" quando era jovem

Os detalhes do acidente de carro que quase matou Jon Oliva do Savatage, segundo o próprio

A história turnê do Pink Floyd em que David Gilmour achou "entediante" tocar

Jake E. Lee aponta último álbum que presta de Ozzy Osbourne: "Ele ficou mole e preguiçoso"

Filme do Scorpions contará história "de um ponto de vista diferente", diz Klaus Meine

Como está saúde de Glenn Tipton - e quais as chances do Judas Priest lançar mais um disco

O fenomenal baixista que revolucionou o rock sem saber tocar nem compor

A linha de baixo que Geddy Lee tentou tocar aos 16 e até hoje considera a mais difícil

Brian May aparece de surpresa em festival e fãs da geração Tik Tok não o reconhecem

Simone Simons, do Epica, relembra como foi abrir shows do Metallica; "uma bela surpresa"

Judas Priest se manifesta sobre morte de baterista Les Binks

Guilherme Isnard compartilha lembranças boas e ruins sobre Renato Russo

Anos 80: o brilho e a queda de muitos colegas por conta das drogas, segundo Guilherme Isnard

Vocalista do Avenged Sevenfold não está nem aí para sua opinião sobre a banda

Timo Kotipelto abre jogo sobre traumática saída de Timo Tolkki do Stratovarius


Linkin Park
Stamp

Iron Maiden: Fear of the Dark é um álbum forte e único

Resenha - Fear Of The Dark - Iron Maiden

Por Daniel de Paiva Cazzoli
Postado em 27 de fevereiro de 2014

Nota: 9 starstarstarstarstarstarstarstarstar

Em 11 de maio próximo, o álbum que marcou o fim da primeira passagem de BRUCE DICKINSON pela Donzela de Ferro completará 22 anos. Não é uma data simbólica, concordo. Mas sempre é tempo de dissertar um pouco sobre este trabalho que veio cercado de contratempos: a começar por suceder "No Prayer for the Dying", primeiro com Janick Gers, o guitarrista que gravou o primeiro álbum solo de Bruce, mas que não foi bem "digerido" por ter substituído a referência Adrian Smith; a arte gráfica, à época criticada pela pouca inspiração, já sem Derek Riggs; a produção derradeira do lendário Martin Birch; e a já citada saída de Bruce.

Iron Maiden - Mais Novidades

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

O formato vinil duplo veio em bom momento. Com 3 faixas em cada um dos 4 lados do LP, "Fear of the Dark" chegou no limiar da despedida do velho formato e a consagração do CD. As letras impressas com letra clara no fundo escuro do encarte encerraram o período romântico da era fonográfica da banda, já que no trabalho seguinte de estúdio, "The X Factor", os fãs iriam definitivamente aderir à era digital.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Mas vamos ao que interessa: um mês antes do lançamento do LP (como é bom chamá-lo assim), mais precisamente em 13 de abril de 1992, "Be Quick or Be Dead" surgiu como primeiro single. Composta pela dupla Dickinson e Gers, essa música rápida e quase thrash metal abre o trabalho de forma agressiva, com a bateria explosiva de Nicko. Com uma abordagem lírica voltada para a corrupção e o jogo sujo de quem detém o poder, o desempenho de Bruce é um dos mais rasgados de sua carreira e é impossível ficar imune ao ataque sonoro perpetrado por essa faixa, que manteve o ritmo alucinante também no videoclipe exaustivamente exibido à época.

Também presenteada com um videoclipe, "From Here to Eternity", o 2º single, chega com uma veia bem rock’n’roll, trazendo um pouco da linha mais despojada que a banda lançou mão no álbum anterior. Composta pelo eterno líder Steve Harris, sua letra aborda uma visão irônica e até otimista do inferno, fazendo inclusive uma alusão à Charlotte, a prostituta imortalizada no primeiro álbum.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Na sequência, a primeira obra-prima, novamente concebida por Harris. "Afraid to Shoot Strangers", com seus quase 7 minutos, chega suave, com uma bela melodia de guitarras e a sempre firme sustentação do baixo. Já antecipando o esquema "início lento / peso e rapidez / fim lento" que configura a faixa-título, esta belíssima canção traz uma reflexão de alguém que está à espreita de cometer um crime, supostamente por esconder um ato justiceiro. Com letras de fácil assimilação, ela permanece poderosa até o fim. Não é à toa que na recente turnê que celebra o saudoso "Maiden England", a banda optou por incluí-la no repertório, mesmo soando um pouco deslocada. Seu apelo ao vivo é inquestionável.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

"Fear is the Key" retoma a parceria de Dickinson e Gers. À primeira audição, há 22 anos, não assimilei tão bem a proposta inovadora da canção. Seu formato pouco usual e suas mudanças de ritmo servem de base para uma letra um pouco confusa, com o medo e a incerteza dos tempos atuais como tema, mas que agrada pelo solo de guitarra bem sacado. A próxima é "Childhood’s End", de Harris, que volta à duração abaixo de 5 minutos. Com seu ritmo marcante de baixo, é a primeira faixa menos inspirada do álbum, com refrão abaixo da média. Acaba se salvando pela letra, que faz uma análise bem interessante sobre o fim do período da inocência do ser humano e a situação caótica do meio ambiente.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

O terceiro single, lançado em 16 de setembro e composto por Bruce e Janick, é "Wasting Love". Uma autêntica balada e com apelo bastante comercial. Servindo como aperitivo da futura "Tears of the Dragon", de seu primeiro álbum solo pós-Maiden, a canção traz uma interpretação bastante emocional de Bruce, embora apresente uma letra fraca e hoje seja uma tarefa um tanto cansativa ouvi-la até o acorde final. Valeu para mostrar à banda que eles nunca precisaram desse tipo de faixa de fácil aceitação radiofônica. Coincidência ou não, a banda resolveu gravá-la um ano após o METALLICA, em seu multiplatinado álbum autointitulado, ter conquistado o mundo com "The Unforgiven" e "Nothing Else Matters". Mas no caso da banda inglesa, nem o videoclipe agradou.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Steve Harris compôs "The Fugitive". Musicalmente, é um trabalho menor do líder, com estrofes de poucas variações. Liricamente, é bem envolvente e certamente daria um ótimo roteiro de filme. A quase hard rock "Chains of Misery" vem logo depois, com Bruce dividindo a autoria com Dave Murray. Seu ritmo é contagiante e conta com uma performance irrepreensível de Dickinson, tanto nas estrofes propositalmente "largadas", quanto no refrão bem alegre. A letra não agrada, mas tampouco desmerece o bom trabalho da música.

"The Apparition" é de longe a mais fraca do álbum. Mesmo no interlúdio, com a breve mudança de andamento, a canção se perde em uma repetição de notas. A letra também não a salva. Ainda bem que, na sequência, vem a música que, na humilde opinião deste redator, é uma das mais injustiçadas de toda a carreira da banda. Novamente contando com Dickinson e Murray como autores, "Judas Be My Guide" é simplesmente espetacular. Desde o seu começo, com um tema crescente que desemboca em um solo maravilhoso, passando pelos versos cantados à perfeição, essa pérola ainda conta com um refrão de arrepiar. O solo do meio é inspiradíssimo. Pena que a banda nunca a tocou em shows.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

A penúltima música é novamente uma peça de rock’n’roll, ainda trazendo resquícios do álbum anterior. Harris, em parceria com Gers, novamente brinda o ouvinte com uma faixa bem descontraída e com letra deliciosamente irônica. O primeiro verso "O rebelde de ontem, tolo de amanhã" (The rebel of yesterday, tomorrow’s fool) já mostra a irreverência lírica.

Por fim, a faixa-título, que merece uma análise cuidadosa. O sucesso foi tão estrondoso que, quase um ano após o lançamento do álbum, uma versão ao vivo extraída de "A Real Live Dead One" foi lançada como single, chegando ao 5º lugar no Reino Unido. É a típica canção que nasceu para ser executada em grandes arenas. Ela traz todos os elementos típicos da Donzela: a introdução épica e pomposa, feita para cantar junto; o início sombrio e lento, invocando a clássica "Hallowed Be Thy Name"; as estrofes magistralmente interpretadas por Bruce; o refrão que a fez definitivamente se tornar atemporal e presença obrigatória desde que foi composta; e a duração longa, tipicamente Harris. Além dos atributos listados, ainda narra um típico roteiro de história em quadrinhos – o que efetivamente viria a se tornar algum tempo depois. Não haveria outra para fechar o LP, CD, ou seja lá qual for o formato. Foi a última canção composta pela banda que mereceu receber o rótulo de "clássica". Ótimas músicas viriam a ser compostas nos seis álbuns futuros, mesmo com Blaze Bayley, mas é notório que nenhuma se tornou obrigatória nas turnês vindouras.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

"Fear of the Dark" é um álbum forte e único, que mostra uma banda entrosada. A ordem das faixas é um grande trunfo, pois não tem como ser fraco um disco que abre com uma paulada certeira e encerra com uma obra-prima que rivaliza com os maiores momentos da história da banda e deste gênero musical.

Faixas:
1. "Be Quick or Be Dead" (3:24)
2. "From Here to Eternity" (3:38)
3. "Afraid to Shoot Strangers" (6:56)
4. "Fear Is the Key" (5:35)
5. "Childhood's End" (4:40)
6. "Wasting Love" (5:50)
7. "The Fugitive" (4:54)
8. "Chains of Misery" (3:37)
9. "The Apparition" (3:54)
10. "Judas Be My Guide" (3:08)
11. "Weekend Warrior" (5:39)
12. "Fear of the Dark" (7:16)

Formação:
Bruce Dickinson - vocal
Janick Gers - guitarra
Dave Murray - guitarra
Steve Harris - baixo
Nicko McBrain - bateria

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal
Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


Bangers Open Air


publicidadeMarcelo Matos Medeiros | Glasir Machado Lima Neto | Felipe Pablo Lescura | Efrem Maranhao Filho | Geraldo Fonseca | Gustavo Anunciação Lenza | Richard Malheiros | Vinicius Maciel | Adriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacher | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jorge Alexandre Nogueira Santos | Jose Patrick de Souza | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Leonardo Felipe Amorim | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcos Donizeti Dos Santos | Marcus Vieira | Mauricio Nuno Santos | Maurício Gioachini | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Daniel de Paiva Cazzoli

Daniel é bancário, professor de Inglês e Português, fanático por Rock'n'Roll em quase todas as suas vertentes, tendo como início de tudo o quarteto fabuloso de Liverpool.
Mais matérias de Daniel de Paiva Cazzoli.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIE NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS