Iron Maiden: álbum Fear Of The Dark vai muito além de um hit
Resenha - Fear Of The Dark - Iron Maiden
Por Mateus Ribeiro
Postado em 31 de julho de 2019
Nota: 10
Lançado em maio de 1992, "Fear Of The Dark" foi o último disco a contar com Bruce Dickinson nos vocais. O trabalho ficou conhecido por muita gente por conta da faixa título, que se popularizou e acabou se tornando ao lado da clássica "The Number Of The Beast" o maior sucesso da banda. Porém, se você acha que "Fear Of The Dark" se resume na ótima, porém batida música homônima, é bom ouvir o play com atenção.
Logo de início, "Be Quick Or Be Dead" chega enfiando o pé na porta. Uma canção rápida, pesada e curta, cumprindo muito bem o papel de abrir o disco da forma mais hostil possível.
A rockeira "From Here To Eternity" também é um ótimo tema, abrindo caminho para a triste, porém bela "Afraid To Shoot Strangers". As três primeiras faixas são completamente diferentes, mas garantem bons momentos e mostram que mesmo com todas as crises internas, o Maiden ainda conseguia ser versátil e criativo.
"Fear Is The Key" mistura um clima misterioso com rock and roll e precede uma das músicas mais legais e tocantes do disco, "Childhood´s End".
Falando em músicas tocantes, na posição número 6, fechando a primeira parte do disco, a reflexiva "Wasting Love", outra grandiosa carne de vaca noventista.
A segunda parte do play tem ótimas músicas literalmente "Lado b" que deveriam ser mais reconhecidas. A pesada "The Fugitive", a bela "Chains Of Misery", e "The Apparition" (a música mais Ac Dc do Maiden) antecedem aquela que é de longe a música mais subestimada de toda a carreira da banda, a estupenda "Judas Be My Guide", que tem um refrão simples mas grudento.
Por fim, "Weekend Warrior" é mais uma a ter uma veia mais rock and roll. Fala sobre os imbecis que saem de casa para assistir um jogo de futebol, mas se comportam feito gladiadores. Vale ressaltar que naquela época, a Inglaterra passava por mudanças no futebol, por conta da violência de alguns marginais disfarçados de torcedores.
A faixa título fecha o disco com chave de ouro, coroando um grande trabalho, que passeia entre a simplicidade do rock, baladas e músicas reflexivas.
Um ótimo trabalho, que durante muito tempo, foi encarado com uma certa dose de amargor, por marcar o fim da era Bruce. Com a volta do eterno vocalista do Maiden anos depois, o disco perdeu essa marca negativa e passou a ser encarado com mais carinho.
Seja como for, certamente está entre os melhores discos da banda, apesar de alguns olharem com o olho torto.
Lançamento: 1992
Faixas:
"Be Quick Or Be Dead"
"From Here To Eternity"
"Afraid To Shoot Strangers"
"Fear Is The Key"
"Childhood's End"
"Wasting Love"
"The Fugitive"
"Chains Of Misery"
"The Apparition"
"Judas Be My Guide"
"Weekend Warrior"
"Fear Of The Dark"
Formação:
Bruce Dickinson: vocal
Steve Harris: baixo
Dave Murray: guitarra
Janick Gers: guitarra
Nicko McBrain: bateria
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