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Aerosmith: Os 35 anos de "Live! Bootleg"

Resenha - Live! Bootleg - Aerosmith

Por Paulo Giovanni G. Melo
Fonte: Ultimate Classic Rock
Postado em 28 de setembro de 2013

Existe uma máxima que diz que o ano de 1978 foi "o ano dos álbuns ao vivo" por causa de uma série de lançamentos, agora lendários, incluindo "If You Want Blood (You’ve Got it)" do AC/DC, "Some Enchanted Evening" do BLUE OYSTER CULT, "Stage" de David Bowie, "Two fo the Show" do KANSAS, "Double Live Gonzo" de Ted Nugent, "All Night Long" de Sammy Hagar, "Bursting Out" do JETHRO TULL, "Bring It Back Alive" do THE OUTLAWS, "Live and Dangerous" do THIN LIZZY, "Tokyo Tapes" do SCORPIONS, "At Budokan" de Bob Dylan e "Live in New York" de Frank Zappa.

Aerosmith - Mais Novidades

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Entre todos estes álbuns, o "Live! Bootleg" do AEROSMITH (lançado em outubro de 1978) foi único, de todas as maneiras. Enquanto a maioria dos discos listados acima foram beneficiados com correções certeiras em estúdio, muitas vezes sendo remixados e com overdubs adicionados antes de chegarem às prateleiras das lojas, "Live! Bootleg" fez jus ao seu nome, com uma inclassificável arte de capa, áudio fiel ao executado, sequenciamentos de canções descuidados e, às vezes, performances zoadas da própria banda. Agora, se esta apresentação surpreendentemente honesta do AEROSMITH foi intencional ou se foi o melhor que puderam obter da banda no auge de seu envolvimento com substâncias ilícitas, isso é até passível de discussão, entretanto é inegável o entusiasmo sobre o resultado final.

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Para começar, ao contrário dos outros álbuns mencionados anteriormente que foram alterados em estúdio, "Live! Bootleg" fez questão de ser uma apresentação ao vivo real e não parecer uma experiência de um concerto perfeito. A qualidade do áudio e o barulho do público variam de música para música, gravações feitas em galpões enormes, pequenos clubes e até uma sessão de rádio é sequenciada de forma indiscriminada. Performances de clássicos do AEROSMITH como "Back in the Saddle", "Sweet Emotion", "Lord of the Thighs, "Walk This Way" e "Dream On" executadas espontâneamente sempre à beira da genialidade da banda.

"Live! Bootleg" inclui, decididamente, interpretações sujas de "Back in the Saddle", "Toys in the Attic" e "Last Child", sem prejuízo, e você ainda encontra, sem aviso prévio, uma versão de "Draw the Line" no final da canção "Mother Popcorn"... e ainda pode ouvir fogos de artifícios em "Mama Kin".

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Em suma, "Live! Bootleg" é uma bagunça espetacular, que retrata bem o que o AEROSMITH era no final dos anos 1970 e, portanto, não é só uma reprodução de um show fantasticamente divertido. É talvez o mais autêntico disco ao vivo daquele período. Vamos deixar isso para debate no fórum abaixo, mas, seja qual for sua decisão pessoal, todos temos que concordar que é um grande álbum que continua entretendo, confundindo e maravilhando gerações, tantos anos depois.

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Sobre Paulo Giovanni G. Melo

Mineiro de Belo Horizonte. Fã de Hard Rock e Heavy Metal, especialmente a partir dos anos 80, não dispensa um disco ao vivo destes estilos. Entre várias de suas bandas preferidas estão Ratt, Aerosmith, Buckcherry, The Cult, Whitesnake, Whitecross, Guns N' Roses e Motley Crue.
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