Motley Crue: os 30 anos de "Shout at the Devil"
Resenha - Shout at the Devil - Motley Crue
Por Paulo Giovanni G. Melo
Fonte: Ultimate Classic Rock
Postado em 27 de setembro de 2013
Quando o MOTLEY CRUE lançou seu segundo disco, "Shout at the Devil", em 26 de setembro do longíquo ano de 1983, eles já queriam dominar o mundo. Mas eles tiveram um árduo caminho rumo ao estrelato fora de Hollywood, às vezes ganhando dinheiro suficiente apenas para comprar sanduíches.
É claro, apenas uma audição de "Shout at the Devil foi o suficiente para convencer qualquer pessoa de que aquele álbum se tornaria clássico. Mas o quarteto fez muito mais do que isso. Sem querer, eles capturaram muito da iminente revolução comercial do Heavy Metal com aquele último álbum da cena Glam Metal de Los Angeles.
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Ao lado de bandas como QUIET RIOT, RATT e DOKKEN, o MOTLEY CRUE foi a banda definitiva de Hair Metal dos anos 80 - eles deixaram o trono só no final daquela década (precisamente em 1988), quando o GUNS N'ROSES chegou com uma proposta diferente. Durante a jornada, o CRUE milagrosamente superou inúmeros desastres (várias overdoses do baixista Nikki Sixx, o acidente de carro de Vince Neil que matou o baterista do HANOI ROCKS, Razzle, e por aí vai...) enquanto lançava vários álbuns multi-platinados - mas tudo começou com o modelo de "Shout at the Devil".
Gravado imediatamente após a banda assinar com a gravadora Elektra, seguindo o impressionante e independente "Too Fast For Love" de 1981, "Shout at the Devil" literalmente melhorou todos os aspectos de qualidade da banda: composição, imagem, produção. A arte da capa preta com o pentagrama, a faixa-título, o cover de "Helter Skelter" e a faixa instrumental do guitarrista Mick Mars, "God Bless the Children of the Beast", tudo isso gerou polêmica com grupos conservadores.
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Sim, eles foram provocativos ("Too Young to Fall in Love", "Ten Seconds to Love"), perigosos ("Bastard", "Knock 'em Dead Kid", "Danger") e pesados ("Red Hot", "Looks That Kill"). Mas eles foram sucesso: misturas irresistíveis de Heavy Metal, atitude Punk Rock e ganchos enormes criados para prender a atenção do ouvinte.
Deixando de lado todas as questões comerciais, "Shout at the Devil" continua sendo um disco espetacular no sentido puramente musical - principalmente no que diz respeito às canções cada vez mais decepcionantes de alguns álbuns posteriores, quando o principal compositor da banda - Nikki Sixx - canalizou suas energias sobre o consumo de drogas e outros vícios, em vez de focar em produzir boa música. Felizmente, ele e seus companheiros de banda conseguiram sobreviver a todas essas coisas e continuam prosperando ao longo de décadas. Mas quando tudo estiver dito e feito, "Shout at the Devil" sem dúvida ficará como um grande trabalho da carreira do MOTLEY CRUE.
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