Metallica: Depois de três pisadas na bola, chamaram Rubin
Resenha - Death Magnetic - Metallica
Por Rodrigo Noé de Souza
Postado em 11 de maio de 2012
Nota: 8 ![]()
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Depois de três pisadas na bola, e uma ajuda de um psicanalista, James Hetfield (v/g), Lars Ulrich (bt), Kirk Hammet (g) e Rob Trujillo (bx) chutaram o produtor Bob Rock e recrutaram Rick Rubin (leia-se: Slayer, AC/DC, System Of A Down, Slipknot, Johnny Cash, Red Hot Chili Peppers, Beastie Boys, Linkin Park, Audioslave, Rage Against The Machine) para produzir Death Magnetic.
Comentar o apagão do bom e velho Metallica duraria uma eternidade. Desde o "Black Album" que a banda não grava nada que lembre os bons tempos. Nos últimos anos Lars Ulrich declarou guerra contra a internet, para a proibição de download ilegal de suas músicas. Hetfield se internou numa clínica para parar de beber. Jason Newsted saiu do Metallica por não ter espaço para se dedicar a outros projetos.
Fora isso, todas as turbulências que rondaram a cabeça dos integrantes foram passadas para trás. E Death Magnetic é, sem sombra de dúvida, o melhor álbum gravado em anos. Diferentemente do St. Anger (com a colaboração do Bob Rock tocando baixo antes de Trujillo), todos colaboraram na composição das músicas. Hetfield explorou a morte para criar as letras. Como o próprio nome diz, todos somos atraídos para a morte como por um imã.
Até a capa segue à risca o conceito, mostrando um caixão com as ondas magnéticas. E as músicas? Uma paulada atrás da outra.
That Was Just Your Life abre com as batidas do coração e a banda mostra que está detonando tudo com seus riffs e batidas certeiras. Aliás, Lars voltou a TOCAR BATERIA, no melhor sentido literal da coisa. Hetfield explode tudo com seu vocal. O mesmo vale para The End Of The Line. Sensacional o trabalho de guitarras.
Já a minha predileta é Broken, Beat & Scarred. É riff, é batida, é refrão de levantar os punhos. Du caralho essa música. Tem ecos de Kill Em' All (nada de comparar essa música com o primeiro álbum!). Já o lado melancólico ficou para The Day That Never Comes. Assim como Fade To Black, Sanitarium e One, essa música entra com um clima sombrio para, a seguir, enfiar o peso e prolongá-la até o final. Destaque para o solo de Kirk, que está inspirado nesse CD.
Outros destaques ficam para All Nightmare Long, Cyanide e The Judas Kiss. Todas bem compostas. Mas a primeira é o destaque desse disco. Dá vontade de quebrar tudo e pogar como louco. The Unforgivem III é a continuação da música, iniciada no Black Album. Começa com um piano e toques orquestrados. Boa faixa. Parece tema de filme de cowboy.
Suicide & Redemption é o retorno do Metallica a compor faixas instrumentais. Excelente. My Apocalypse termina a pedrada no melhor estilo Thrash Metal.
Não é um disco clássico como Master Of Puppets, mas tá valendo.
Track list:
1-That Way Just Your Life
2-The End Of The Line
3-Broken, Beat and Scarred
4-The Day That Never Comes
5-All Nightmare Long
6-Cyanide
7-The Unforgiven III
8-The Judas Kiss
9-Suicide and Redemption
10-My Apocalypse
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