Wilco: Álbum mediano mas superior ao que se produz por aí
Resenha - Whole Love - Wilco
Por Ricardo Seelig
Fonte: Collectors Room
Postado em 04 de outubro de 2011
Nota: 8 ![]()
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O Wilco acostumou mal os seus fãs. Após tocar o céu com as obras-primas "Yankee Hotel Foxtrot" (2002) e "Sky Blue Sky" (2007), a banda do guitarrista e vocalista Jeff Tweedy faz com que, a cada anúncio de um novo lançamento, a expectativa vá às alturas. Com "The Whole Love", seu novo disco, não foi diferente.
Com lançamento no próximo dia 27/09, o oitavo álbum do grupo causou comoção entre os mais fanáticos ao ser liberado para streaming durante os dias 3 e 4 de setembro últimos. Produzido por Tweedy ao lado do parceiro Pat Sansone e de Tom Schick, "The Whole Love" diferere do trabalho anterior, "Wilco (The Album)" (2009) por trazer novamente para o jogo a experimentação, ingrediente em falta no último disco.
Isso já fica claro na bela "Art of Almost", uma pérola com pouco mais de sete minutos onde a ousadia – amigável para os habituados com o universo do grupo, um tanto impenetrável para os virgens nesse aspecto – é o prato principal e faz toda a diferença, tanto pelo andamento inusitado quanto pelos sons e timbres incomuns, cujo ponto alto é o solo puramente Neil Young do excepcional guitarrista Nels Cline.
O disco alterna canções em que a banda claramente olha para o seu passado – como na alt-country "I Might", na ótima "Dawned on Me" (aquele pop perfeito sempre presente) e no single "Born Alone" - com outros mais densos, onde aproxima-se da velha conhecida e sempre bem-vinda melancolia - "Sunloathe", a linda "Black Moon", "Open Mind" e "Rising Red Lung".
No meio disso tudo, a valsinha "Capitol City" reluz com um brilho solar poucas vezes presente em um álbum do conjunto, levando o ouvinte a tiracolo por suas melodias e linhas vocais que, como não poderia deixar de ser, transbordam emoções. Algo similar ocorre na faixa-título, com Tweedy brincando com o seu falsete em uma composição deliciosa.
No final das contas, "The Whole Love" é um bom trabalho, no mesmo nível do seu antecessor, mas claramente inferior ao que a banda já fez em discos excelentes como "Being There" (1996), "Summerteeth" (1999), "Yankee Hotel Foxtrot" (2002), "A Ghost is Born" (2004) e "Sky Blue Sky" (2007), trabalhos que fazem com que sempre se espere algo genial, inovador e único vindo do grupo. Mesmo assim, o uso do clichê aqui é inevitável: um álbum mediano do Wilco é superior à maioria do que se produz por aí.
Ouça e comprove.
Faixas:
Art of Almost
I Might
Sunloathe
Dawned on Me
Black Moon
Born Alone
Open Mind
Capitol City
Standing O
Rising Red Lung
Whole Love
One Sunday Morning (Song for Jane Smiley's Boyfriend)
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